Queridos Amigos!
Gostaria de não vir a público postar assuntos como a violência, entretanto, fica impossível "dar as costas" ao que está acontecendo no querido e belo Estado do Rio de Janeiro. Mas o que está acontecendo realmente?
Voltando a um passado não muito distante, observamos que a habitação no Estado ficou totalmente desordenada ao ponto de a população buscar os morros e construírem suas casas nas encostas. Vejamos como isso se deu para que possamos entender melhor:
A origem do nome Favela
Morro do São Carlos na década de 30.
Morro do São Carlos no ano de 2010.
As favelas mais conhecidas do Brasil estão localizadas na cidade do Rio de Janeiro e surgiram por volta de 1900, no período da Guerra de Canudos. A cidadela de Canudos foi construída próxima a alguns morros, entre eles o Morro da Favela, que recebeu este nome devido à vegetação predominante no local, que era a Favela, uma planta típica da caatinga, extremamente resistente a seca. Os soldados ao retornarem ao Rio de Janeiro, deixaram de receber seu soldo e instalaram-se provisoriamente em alguns morros da cidade, juntamente a outros desabrigados. A partir deste episódio, os morros recém-habitados ficaram conhecidos como favelas, em referência à “favela original”.
A preocupação do poder público com a nova forma de moradia instalada informalmente no Rio de Janeiro só aconteceu em 1927, através do Plano Agache, um plano urbanístico que previa, simplesmente, o “embelezamento” do local e não a integração social e a qualidade de vida dos moradores. Em 1948 foi realizado o primeiro Censo nas favelas cariocas e neste contexto a Prefeitura do Rio de Janeiro, afirma, surpreendentemente, num documento oficial, precedente às estatísticas, que: “Os pretos e pardos prevaleciam nas favelas por serem hereditariamente atrasados, desprovidos de ambição e mal ajustados às exigências sociais modernas”. Esta afirmação recuperada no livro Um Século de Favela, exemplifica como o preconceito em torno das favelas e seus moradores se fixou tristemente na sociedade brasileira.
No entanto, antes mesmo da popularização do nome favela, estes locais já existiam, segundo Maurício Libânio, sociólogo com mais de 20 anos de experiência na questão fundiária e habitacional. “É uma condição de moradia expressa pelas camadas mais necessitadas da população, por falta de política habitacional. Desde a época do Brasil colonial as populações escravas moravam em senzalas ou mocambos, o nome foi evoluindo até os dias de hoje”, explica o especialista.
Diante de tais fatos, podemos entender um pouco sobre as causas da violência nos morros e da mesma que vem deles para os grandes centros. Calma aí, quando falamos em violência se faz IMPERIOSO saber e entender que as causas são diversas e seria como dar volta em torno de si mesmo achar que ela tem apenas uma origem, devemos chegar ao lugar comum e aceitarmos que estamos em um país que não investe em educação nem 50% do que deveria, basta observarmos e compararmos os seguintes fatos: Alguém tem notícia de alguma falha grave nas ELEIÇÕES? O ENEM, o que dizer? Tiremos nossas próprias conclusões através de uma analise comparativa e veremos se os fatos não falam por si? Eleição interessa a classe dominante, já a Educação fica relegada devido a possibilidade de ampliação dos conhecimentos de uma sociedade e, consequentemente, daria "poder", pelo menos de discernir as coisas.
Os fatos são isolados? Vejamos:
Carros queimados em vários pontos do Rio de Janeiro poderiam ser considerados fatos isolados?
Alguém entenderia essa frase ? "A facilidade gera a dificuldade". Explico: Se o policiamento fosse mais ativo e participativo, inclusive nos finais de semana, a bandidagem não teria tanta facilidade para agir. Qualquer um pode sair de casa armado, render alguma pessoa e atear fogo em seu automóvel, porém, se a segurança fosse algo constante, essa pessoa pensaria duas vezes e, mesmo que o fizesse, ao invez de vários casos, teríamos pouquíssimos pelo fato de o policiamento estar atuante. Paralelamente a isso, deveríamos ter Esporte público em comunidades carentes, o Estado poderia formar parceria com diversas, eu disse diversas, empresas multinacionais para que as mesmas investissem em áreas carentes até o dia em que nós nos REFORMÁSSEMOS interiormente e passássemos a ver e agir de forma mais concreta e não paliativa quando o assunto é EDUCAÇÃO, SEGURANÇA E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA.
Alguém se lembra o que vem por aí, em termos de eventos mundiais em nosso lindo pais? É, copa do mundo e olimpíada. Será que estamos prontos? Se não, em quatro anos conseguiremos o que não se fez a vida inteira? Se alguém achar que estou sendo pessimista é só observar os seguintes aspectos e respondam a si mesmos:
1) No bairro em que mora, quantas áreas de lazer existem disponíveis para os cidadãos?
2) Em quantas Escolas publicas o Esporte é difundido de forma duradoura?
3) Quanto ganha um professor da rede estadual?
4) Como anda a merenda escolar?
5) Como está a coleta de lixo em seu bairro?
6) Você já viu alguém jogar lixo nas ruas?
7) Você, que gosta de Carnaval, consegue ter conforto para ver o desfile?
8) Quando você vai ao Maracanã, consegue estacionar seu carro com facilidade?
9) Se você não tem plano de saúde e precisou da rede publica, como foi atendido? já conseguiu, em tempo hábil, realizar uma cirurgia?
Bem, se eu continuar ficaremos aqui até altas horas, entretanto, não se tratando de pessimismo, vejo que a "limpeza" esta acontecendo e as coisas se encaixarão num futuro um tanto distante. Independentemente de qualquer coisa, tenho que "tirar o chapéu" para o secretário de segurança do Rio Mariano Beltrame
Paz a todos!
Iran Damasceno.