sábado, 29 de janeiro de 2011

" O Céu Te Espera "





Queridos Amigos!

Mais uma baixa no cenário artístico Brasileiro. Faleceu a grande atriz Geórgia Gomide!Sua historia é simplesmente fantástica quanto a arte de interpretar. Vejamos:

A atriz paulistana Geórgia Gomide, que atuou em mais de sessenta novelas, começando em 1963 na TV Tupi, e protagonizou o primeiro beijo gay da história da TV brasileira, no teleteatro Calúnia, no mesmo ano, morreu neste sábado (29), aos 73 anos, de infecção generalizada, em São Paulo. O velório será no hospital Beneficência Portuguesa, na Bela Vista (região central de São Paulo), e ela deve ser enterrada no cemitério da Consolação.
Nascida em 1937 no elegante bairro dos Jardins, de uma tradicional família de artistas, intelectuais e diplomatas, Elfriede Helene Gomide Witecy começou a se destacar pela beleza ainda na adolescência, nos bailes do Clube Pinheiros, onde foi eleita "a mais bela esportista". A beleza chamou atenção do produtor da TV Tupi Fernando Severino. Atuou em dezenas de teleteatros, formato tradicional dos primórdios da TV brasileira, como Tereza, onde, no papel de vilã, chegou a apanhar na rua. Em Calúnia, ela escandalizou a sociedade ao protagonizar uma professora lésbica.
A primeira novela foi Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec, em 1963. Os personagens mais marcantes foram Ana Terra em O Tempo e o Vento, na TV Excelsior, Clara em As Pupilas do Senhor Reitor, na Record e Clotilde em Éramos Seis, na Tupi. Mais recentemente atuou na Globo, em Vereda Tropical, Quatro por Quatro, Anos Rebeldes, Kubanacan e Malhação, onde viveu a Mamma Francesca. No SBT, participou do remake de Direito de Nascer. No cinema, atuou em filmes dos Trapalhões e de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, como Exorcismo Negro, de 1974. 

Para "matar" a saudade, vamos ver algumas das passagens dessa, também, linda mulher.









 Que Deus a receba assim como recebe a todos os grandes artistas que tanto nos enobrecem com a arte, não de interpretar, mas de criar um "novo mundo" para nós telespectadores.


Iran Damasceno.

" Condenar É Mais Fácil Que Cuidar "





Queridos Amigos!

Esta semana voltou a ser notícia o caso da professora Cristiane Teixeira Maciel Barreiras que se envolveu com uma adolescente de 13 anos de idade, fato ocorrido em Outubro de 2010, no Rio de Janeiro. Voltei ao assunto devido a indignação que me causa certos acontecimentos sociais que, por vezes, o desfecho é simplesmente RIDÍCULO E CONTRADITÓRIO.
Quando aconteceu o fato no ano passado, postei um texto, como faço agora, para falar sobre a condenação da professora que me causou verdadeiro assombro quanto a possível pena. Informaram que ela poderia pegar até 30 anos de prisão. Agora está em 12 anos. Você aí, leitor, já se colocou no lugar das "personagens"? Vamos lá. No caso da mãe da adolescente: Vi a mesma dar entrevista a um programa de TV e fiquei estarrecido com a sua aparência, me parecia um homem, só fui perceber que se tratava da mãe quando vi o desenrolar da história. Seria eu preconceituoso? Estaria descriminando a aparência da pessoa? Obviamente que as pessoas que não me conhecem podem pensar assim, porém, quem sabe do meu caráter jamais verá dessa forma, apenas reparei em sua postura algo um tanto quanto masculinizado que, diante de uma sociedade que é capaz de condenar a 30 anos de prisão uma pessoa por gostar de outra do mesmo sexo, ainda que ela seja uma adolescente, sem perceber que se trata de uma questão de Educação, onde a mesma poderia ser TRATADA e não condenada, não vejo preconceito mas sim indignação, até porque a menina de 13 anos de idade gostava e não fazia nada por obrigação ou coação. lembro que tenho uma filha ainda criança e, se acontecesse comigo, certamente buscaria a justiça mas não para condenar uma pessoa a 30 anos de prisão. Para fins de conscientização: Como é a Educação que dou a minha filha? Quais são os exemplos e valores que eu passo a ela? Se isso acontecer, ainda que ela tenha uma boa Educação, afirmo que é EXCLUSIVAMENTE vontade e gosto dela! Sou seu pai e a amo, todavia, ela é outra pessoa! Quanto a professora: Quando me refiro a tratamento não quero dizer, em hipótese alguma, se tratar de uma pessoa doente, até porque não profissional de nenhuma área das neurociências, mas sim de atenção para tentar saber o que a levou a tomar tal atitude, mesmo sendo casada. Se ela fosse minha mãe, gostaria que ela  fosse condenada a 12 anos de prisão por esse fato? É pra pensar! Onde estão os religiosos que são contra a camisinha, por exemplo, e não se posicionam em relação a esse fato através de uma visão ampla e aberta, procurando discutir diante da sociedade, sem condenar, e procurando COBRAR dos parlamentares (aqueles mesmos que, em todas as eleições, vão pedir votos as igrejas), soluções e, por exemplo, colocar a Psicologia em hospitais públicos? 




A menina: Quem é essa pessoa? Qual a sua visão em relação a vida? Quais as suas orientações? Quer dizer que ao se beijar com uma pessoa adulta, por livre vontade, ela é vítima? E os jovens de 13 anos de idade que assassinam professoras e chefes de famílias nos sinais de trânsito ou nas bocas de fumo, ficam quanto tempo na cadeia? Será que ela não é vítima de falta de Educação e atenção? Será que ela não facilitou a ocorrência do fato por gostar de se relacionar com pessoa do mesmo sexo? Será que isso tudo que relatei foi observado pelas autoridades? Creio que não, pois o ESTADO "foi feito para condenar" a partir do momento em que não cuida das suas responsabilidades quanto a uma boa Educação, por exemplo.
Assim é com os deslizamentos que mataram centenas de pessoas (a quem diga que são milhares) na região serrana do Estado, todo ano acontecem fatos dessa natureza e o que fazem? O morro do Alemão só foi observado e cuidado, até certo ponto, pelas autoridades, a partir do momento em que o Brasil e o Rio foram aceitos a sediarem a Copa do mundo de Futebol e Olimpíada, respectivamente. Se isso não é observado, é uma pena porque as autoridades continuarão virando as costas para os problemas sociais se não houver clamor social.

Paz a todos!

Iran Damasceno.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

" A Arte Pede Passagem Para O mundo Maior "



Queridos Amigos!

                          Mais uma baixa em nosso cenário artístico, faleceu ontem o grande ator John Herbert,
aos 81 anos. Herbert sofria de enfisema pulmonar e estava internado desde 5 de Janeiro no Hospital do Coração, em São Paulo. Ele participou de mais de 70 filmes, 30 novelas e tinha 29 peças no currículo. O velório acontece nesta quarta no Museu da Imagem e do Som de São Paulo.

Entre os anos 1950 e 70, Herbert foi casado com Eva Wilma, com quem protagonizou a série "Alô Doçura", grande sucesso na época, em que viviam um casal às voltas com problemas conjugais e amorosos. Eles tiveram dois filhos, Vivian Buckup e John Herbert Júnior. Depois, o ator casou-se com Cláudia Librach, com quem teve mais dois filhos.

Seu último trabalho na TV foi em "Três Irmãs", de 2008, na qual fez o vilão Excelência. Também esteve na trama "Sete Pecados", como Schmidt. Um de seus personagens mais conhecidos da televisão foi o do nobre Bidet em "Que rei sou eu", de 1989.

Em 1995, Herbert participou da primeira temporada da novela "Malhação". Ele vivia Nabucodonosor, um senhor que cuidava da academia de Paula (Sílvia Pfeifer) e dos filhos da empresária, Luiza (Fernanda Rodrigues) e Fabinho (Bruno De Luca). Dez anos depois, o ator voltou à novelinha como Horácio, um arquiteto aposentado e boa-praça, avô do protagonista Bernardo (Thiago Rodrigues).

No cinema, atuou em filmes como "Floradas na Serra" (1954), "Grande vedete" (1957), "Toda donzela tem um pai que é uma fera" (1966), "Assim era a Atlântida" (1975), "O Bem Dotado, o Homem de Itu" (1978) e "As sete vampiras" (1986). Herbert também fez carreira atrás das câmeras, como diretor de longas como "Ariella" (1980) e "Os bons tempos voltaram: Vamos gozar outra vez" (1985).

John Herbert Buckup nasceu em São Paulo no dia 17 de maio de 1929, de uma família de origem alemã. Cursou direito na Faculdade São Francisco, onde começou a se envolver com cinema. Em seguida, passou a trabalhar no Teatro de Arena, tendo sido um de seus fundadores.
Algumas passagens de Herbert no Cinema, Teatro e na TV:


Na peça monumental "Jogo da velha", com a atriz Márcia Real.


Com Bruna Lombardi, na novela Aritana.


Com sua ex-esposa Eva Wilma em "Alô Doçura"!


Na época da Jovem Guarda.

Mais uma vez eu tenho a tristeza de informar a morte de um grande artista, porém honra em dizer que tive o prazer de assistir seu trabalho na TV e no Cinema. Vai, vai Herbert, vai encontrar-se com seus colegas de profissão que já estão te aguardando para fazerem uma festa na cidade dos artistas.

Paz a todos!

Iran Damasceno.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

" O Que É Modernidade " ?


 
 Queridos Amigos!


Em um mundo onde a cada instante surge uma nova regra, tendências, movimentos sociais, tecnologias de ponta... Eu me pergunto: Será que eu sou moderno? Para responder a mim mesmo eu entendo que necessito pensar e comparar, através de fatos, para chegar a uma conclusão.
A frase abaixo, dita pelo historiador T.J.Clark, ilustra um pouco do que penso em relação ao que vem a ser modernidade, de acordo com minha personalidade. 

Ele diz que: "A tendência à homogeinização, à uniformização, é um perigo enorme. Ao final, teremos robôs em vez de pessoas".

 A Dra  Zuleika Salles C. Halpern afirma que se não tomarmos cuidado com certos conceitos e formas de ver e viver a vida, corremos o risco de nos tornarmos "robôs", como afirma Clark. Penso e afirmo que já estamos, muitos de nós, verdadeiros robôs e viciados em erros ou falta de personalidade, aviltando a nós mesmos e aos outros.
Para justificar o que digo, lembro de fatos que ocorrem em nossa sociedade, a qual  é criada e modificada por todos nós, os quais estão nos levando ao caos social e, o pior, ao caos íntimo. Vamos aos fatos:
A Educação formal no Brasil, como anda? Me recordo que a 38 anos atrás, mais ou menos, eu estudava em Escola publica e ao entrar e sair tinha que formar (fazer filas como no quartel), cantar o Hino Nacional, quando criava problemas era colocado de costas para a turma e de cara para a parede, copiava o hino nacional umas cem vezes, estudar a matéria era decorar e não aprender, e por aí vai...


Quanto a forma de nos vestirmos, o que é moda? Segundo os profissionais da área são as tendências e costumes de uma sociedade, adaptados aos tempos, porém, se eu não seguir essas tendências sou considerado "cafona".


Seguindo essa linha de raciocínio, os "apetrechos" (acessórios) são também de tendências e de uma pseudo-modernidade onde temos que usar o que o mercado diz que é "bonito". Celular é um exemplo do que digo.

... E os automóveis, se não forem os que estão em evidencia, você é "careta" e tem mau gosto.


Ainda temos as questões de ordem "moral", se não estivermos em comum acordo com as religiões mais frequentadas e tradicionais, não somos considerados cristãos.


Bem, se me alongar mais poderei chegar a índices desagradáveis de incorformação pelo fato de não estar de acordo com a visão das sociedades tidas como "modernas", sendo assim, não me importo se as tendências e costumes das pessoas diferem dos meus, penso que estamos em uma era de inteligência, entretanto, carentes de moral verdadeira. A Educação em nosso pais está de mal a pior, Escolas sem estrutura, professores mal pagos, leis esdrúxulas que garantam a jovens com posturas marginais até matarem professores.


 Quanto as roupas, não me interessa nem um pouco o que a "moda" me diz, me visto como eu quero, desde que não atinja a ninguém com imoralidades.



Celular é outra "doença" para muitos, após comprarem um modelo novo, certas pessoas entendem que necessitam de um mais novo ainda, mesmo que para isso tenham que comprar em 24 prestações.



Hoje em dia nem carro tenho mais, porém, não deixo de fazer o que gosto por causa disso, não me torno um dependente da preguiça me impondo condições para me deslocar, pois conheço pessoas que somente vão a padaria, a 200 metros de suas casas, se estiverem motorizadas. Tmbém, para ter carro velho e com problemas, prefiro andar de metrô ou ônibus.



Quanto as religiões, não me permito ser visto de bom "ângulo" somente se eu estiver na religião aceita pelas massas, por exemplo, todavia, sem querer e não ofendendo a ninguém, sou adepto da frase do grande Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra"! Sendo assim, para que eu não corra o risco de me tornar um CEGO religioso, mantenho-me fora dessas discussões e posicionamentos, sem me omitir.






Para finalizar, me posiciono também contrário ao que no Brasil chamam de INTELECTUAL, geralmente são considerados como tal aqueles que passaram por várias universidades, que estudaram no exterior ou possuem certa posição social, no meu entender intelectual é aquele que utiliza seus conhecimentos e bondade em beneficio do próximo.




Segundo minha humilde forma de ver e viver a vida, modernidade é: "Respeitar o outro em sua forma de ser e doar-se sempre que possível".


Paz a todos!


Iran Damasceno.