Tudo que é antigo e funciona, ainda assim, precisa de reciclagem. Toda técnica, método, metodologia... requer reajustes pelo simples fato de as sociedades estarem em plena ebulição e em constante mudança, portanto, quem não tiver a capacidade de ver e rever sua forma de caminhar, certamente que ficará no meio do caminho.
IRAN.
Olá, leitor!
Não há dúvidas que a roda foi a invenção e a revolução da vida humana na terra e isso contribuiu para o nosso desenvolvimento cognitivo, inclusive, todavia devemos entender que tudo que a invenção das invenções nos trouxe, passou por diversas e incontáveis mudanças para que pudéssemos chegar até aqui. Fato! Mas, diante dessas incontáveis mudanças e aperfeiçoamentos, se nos referirmos aos "postulados" profissionais, teremos que voltar no tempo e avaliar as nossas condutas quanto aos valores mais éticos e morais para que possamos retomar o desenvolvimento que ficou, de maneira geral, no passado. O capitalismo é, sem sombra de dúvida, um dos piores males que a humanidade enfrenta, porém devemos entender que o mesmo é filho da ambição e egoísmos humanos e que o mesmo é resultado das ações destruidoras da vida de relação.
O que uma empresa moderna, diante da globalização (que ainda não chegou a certos países), investe para ser considerada globalizada? Os investimentos são diversos mas nem sempre nos referimos a dinheiro e tecnologia, estamos falando de concepções sociais, ética, comprometimento... aspectos que propiciam crescimento e desenvolvimento, o que as vezes, ou quase sempre, pelo menos em países subdesenvolvidos como o Brasil, está escondido atrás de ações escravizantes dos seus funcionários com cargas horárias absurdas, salários baixíssimos, impossibilidade de crescimento na mesma empresa, falta de um bom ambiente de trabalho e tantas outras relevantes observações. Um dos grandes entraves é quando o empreendedor precisa escolher entre algum mercado conhecido, onde a concorrência já está estabelecida e aí lhe sobra a "guerra" dos preços, oferecendo um certo conforto por já ser conhecido e disseminado entre o consumidor, ou se arrisca novos rumos, explorando tendências de mercado (inovação) e descobrindo, como se diz em administração, seu BLUE OCEAN. Vamos ver se inovação é algo tão comum assim em nosso meio, diante de exemplos simples. Por exemplo: Para quem escolhe seguir os rumos já conhecidos basta reduzir os custos e ajustar as margens para permanecer na atual guerra da concorrência, todavia para quem prefere descobrir mercados, criar novos hábitos de consumo e de comportamento, os resultados vem a longo prazo mas são certos e possivelmente maiores. Mas, tem uma questão: Como descobrir novos "nichos" e perceber o que está por vir? Aí entra um componente que vai de encontro ao que já discutimos no início do texto, quando entendemos que a concepção "provinciana" brasileira, por exemplo, nos leva a sermos "iguaizinhos". Poderíamos rever as ações e concepções mais simples e assim criarmos ideias e ideais novos objetivando o crescimento coletivo, pois não adianta darmos internet para o povo e não propiciarmos campo de atuação. Uma experiência própria que tive durante anos: Quando se cria uma "escola de futebol" a primeira questão que vem a mente do empreendedor é arranjar o espaço, comprar bolas, cones, mandar fazer o uniforme, distribuir panfletos pelas ruas e estipular o valor da mensalidade. Pronto, está em condições de iniciar os "trabalhos"? Errado. Onde está o diferencial? Se imaginarmos que em um bairro exista, pelo menos duas ou três escolas com gramado ou piso melhor que o seu, por exemplo, o que você fará para ser o escolhido? Eu explico, até porque foram somente 20 anos atuando na área: Se levarmos em consideração que estamos discutindo inovação e busca de novos nichos de mercado, partindo do princípio que devemos sempre rever nossos conceitos e acompanharmos as necessidades de evolução das pessoas, obviamente que devemos partir para o campo das ações humanas. É provado que metade da população mundial está acima do peso e entre essas pessoas mais da metade são crianças e adolescentes, poderíamos então fazer avaliação funcional, testes físicos, palestras periódicas com profissionais do ramo, passeios turísticos em locais abertos... para que assim se possa tomar novos rumos e atender as necessidades do seu público mas, aí entra outro componente marcante: Isso da trabalho! As relações humanas estão cada vez mais distantes por causa do tempo (?) que se precisa para ganhar dinheiro, e assim o ser humano fica relegado a segundo plano. Moral da história: Minha escola de futebol era no centro de um município e eu possuía mais quatro concorrentes diretos e, para fechar, ainda assim, devido a concepção humana, tínhamos mais alunos que qualquer uma das concorrentes ao ponto de alunos dos mesmos saírem e virem para a nossa por causa do diferencial.
Aprendi uma coisa com a vida e não nos bancos escolares: "BOAS IDEIAS NASCEM DE BOAS CABEÇAS, AINDA QUE AS MESMAS NÃO OBTENHAM O SUCESSO ESPERADO".
É, para chegarmos a esse conceito temos que arriscar com talento, visão e lembrarmos sempre que o ser humano deve estar em primeiro lugar, que ele é o nosso ALVO e entendermos que o dinheiro é consequência de trabalho e não de facilidades.
Iran Damasceno.