quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Corrupção Pode, Sexo Na Praia Não"



Estarrecido que estou, eu digo: Olá, leitor!

Desde quando alguém teve a célebre ideia de atribuir a Deus a IMBECILIDADE  de ter criado o homem e da sua costela ter surgido a mulher, começava aí a derrocada quanto as interpretações, preconceitos e injusta sacanagem com aquele ser que nos gera e guarda durante nove meses, que é a MULHER. Os tempos foram passando e as aberrações sendo desenvolvidas nas mentes doentias das sociedades que já surgiram fracassadas e contraditórias, ainda mais quando imputam a ela todas as mazelas das impurezas da mente deturpadora em relação ao ato divino, que é o sexo.
Bem, após fazer um "passeio" rápido no tempo para lembrar as agruras dos hipócritas, chamou-me a atenção não a cena do CASAL fazendo sexo na praia mas a repercussão do caso e, o que é pior, a maneira como certas mentes adoecidas pela desinformação e "carnavalização" das situações cotidianas que ocorrem em nossa sociedade, quando lá, em Rio das Ostras, o comércio aumentou até a venda dos chamados "afrodisíacos" (amendoim, ovo de codorna, catuaba...). Quanta imbecilidade! A mulher está sendo censurada pelos vizinhos e atribuíram a ela todas as culpas possíveis e impossíveis como se a mesma fosse uma "pecadora", ora, vão a merda "puritanos da última hora", vocês mesmos que a estão desprezando e julgando devem ser aquelas pessoas que durante o carnaval transam dentro dos carros, na areia da praia, pulam o muro pra transar com a mulher do vizinho ou com o marido, que assistem ao BBB e acham normalíssimo, que admiram as mulheres que se vendem para os homens famosos para terem dinheiro e fama, que defendem homens e mulheres que durante o carnaval saem pelados nas escolas de samba... O mais curioso é que chegam a se posicionar como verdadeiros senhores da verdade, como se isso não acontecesse dentro das religiões, nas câmaras dos vereadores (falo com conhecimento de causa), em escolas (quando professores transam com alunos), nas clinicas e hospitais públicos... a única diferença é que esses casos quase não são falados e são abafados, porém, se eu fosse essa mulher (notem que quanto ao homem ninguém se posiciona, ou ela estava se masturbando?) eu levantaria a cabeça, criaria um apelo de mídia e iria pra TV fazer alarde e ainda criaria, também, uma personagem para ridicularizar esse preconceito e começaria, inclusive, a ganhar dinheiro como a maioria das mulheres oportunistas que  fazem dos seus corpos verdadeiras "esculturas masculinas" mas que na verdade estão por aí transando com empresários famosos, políticos, jogadores de futebol, diretores de TV... para obterem sucesso financeiro e midiático. Ela até pode estar errada (?) por transar em local público, porém isso é algo de ordem moral particular ou já esquecemos que o presidente do Senado (Renan Calheiros) é corrupto, que o José Genoino (deputado) é condenado e assumiu a "pasta"? Ah, mas isso pode?  Eu gostaria de ver algumas dessas pessoas que a estão julgando saírem em combate contra a corrupção, contra os pastores vendedores da fé e que vendem "tijolinhos" a R$ 100.00 reais, contra os abusos nas vendas de materiais escolares... e por aí vai.
Bem, terminando o desabafo e em defesa da mulher que fez o que muita gente faz ou gostaria de fazer, recordo que as igrejas estão cheias de padres pedófilos, que as boates que estão pegando fogo e matando centenas de pessoas estão cheias de pessoas influentes transando a "3 x 4" mas, assim pode porque estão entre quatro paredes, sem deixarem que a infame sociedade saiba, juntamente com seus cônjuges.

Após termos voltado a era "inquisitiva", me despeço pedindo desculpas por escrever sobre algo tão nojento por parte dos "puritanos da última hora".

Iran Damasceno.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"Subcultura, Combustível Da Falência Brasileira"



Tenho que ser médico, advogado, engenheiro... pra dar orgulho aos meus pais. Tenho que viajar pra Europa e conhecer outras culturas pra voltar com as fotos e bagagem curricular. Tenho que blá, blá, blá...

É sempre a mesma coisa, histórias das décadas de 1940, 50, 60... e, na realidade, as perspectivas são sempre as mesmas em relação ao desenvolvimento do que deveria ser o mais belo e aprazível pais do mundo. O combalido e quase falido, Brasil. Disfarçadamente, gritamos: "Salve a monarquia"! "Salve o feudalismo"! "Salve a ditadura"! "Hei, Hei, Hei, Sarney é nosso rei" (gritam os pernambucanos) e por aí vamos...
Nas esferas da constituição percebe-se uma embrulhada de leis embrutecidas e, o que é pior, não devem ser mexidas. Porque? Há poucos meses o Brasil "parou" para observarmos as quase trezentas mortes dentro de uma boate por falta de segurança e o que se viu foi uma enxurrada de vistorias em quase todo o país para darem uma satisfação a opinião pública, ora, pra que investirmos em prevenção se não temos leis a serem cumpridas? Basta deixarmos acontecer as desgraças e chamarmos os bombeiros, a polícia, os políticos de plantão... Não é melhor? Basta termos vassouras e água que tudo fica bem, no ano que vem. Quem é que está falando em acidentes em boates agora? Os crimes cometidos por assassinos doentios em relação a cobiça, como no caso Bruno, os irmãos Cravinhos e Susana Richthofen, o Gil Rugai... "sofrem penas" extensamente longas e altamente coerentes com os crimes, não? Claro que não! As UPPs estão aí disfarçando uma realidade mortal que é o tráfico onde pessoas morrem e ainda dizem pra população que as coisas irão melhorar, é, esperemos acabar toda essa "parafernalha" de eventos (copa das confederações, copa do mundo, olimpíada)  pra observarmos a bagunça que ficará, ou achamos que os governos futuros continuarão gastando tanta grana com manutenção dessa quantidade excessiva de policiais, de conforto no Maracanã para os torcedores brasileiros, nos hospitais ao redor... É ser muito idiota achar que uma cultura infeliz implantada e enraizada a tanto tempo iria mudar por causa de alguns eventos, as soluções para tanta atrocidade seria, hoje, acabar com tudo e dar um tempo para os Suíços ou alemães virem aqui e transformarem tudo, porém, se retornássemos logo em seguida, acabaríamos com tudo novamente. Não vejo saída não, viu?
Sem ser pessimista e sim realista, pergunto: A partir do momento em que o primeiro ser jogou uma sacola e lixo na rua, o dinheiro da seguridade social do povo é roubado e nada acontece, um hospital rejeita um doente e esse falece, e nada acontece, o político aprova lei que ele mesmo elabora para beneficia-lo, como o 14º e 15º salários,  o que esperar de uma sociedade que já nasce falida? O indivíduo assassina covardemente os seus próprios pais, fica somente 4 anos na cadeia e sai para gozar do dinheiro que os mesmos, assassinados por ele, deixaram e a vida segue para o deleite dos "magistrados" e promulgadores das "leis", que certamente "lavam as suas mãos" para as atrocidades da vida cotidiana e dita como "moderna". Guilhotina, carrasco, pena de morte... claro que nada disso seria a solução mas, já sonhamos em ver atrás das grades o Sarney, Collor, Senadores, Deputados, Juízes .., por exemplo? Seria a solução direta? Claro que sim e estaríamos começando a dar rumo as coisas, obviamente que paralelamente aos investimentos em educação global.

Será que algum dia as subculturas brasileiras morrerão? Acho difícil e, no caso do Brasil, elas até podem morrer mas voltariam reencarnadas com um teor ainda maior de maldade "Hitliana".

Iran Damasceno.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

"Castelos Construídos Com Barro, Desabam"

  X  

"Os séculos são chegados e os cleros religiosos da corrupção sobrevivem, ainda que com o risco de desabarem"

"Ele" entendia que "ela" havia sido criada por Jesus Cristo, já os antagônicos acreditavam que ela teria surgido através do desenvolvimento da civilização ocidental. Deu nisso! Deixaram que as encrustadas e enfadonhas personalidades desumanas, por vezes, crescessem e tomassem corpo ao ponto de manterem vivo o que seria, séculos após, um dos maiores males da humanidade: Os dogmas religiosos!
Obviamente que surgindo o cristianismo em um circulo tão vicioso e pernicioso, que foi no império  romano, diante de um quadro politico-social extremamente deturpado, somente poderia dar no que deu: Confusão comportamental arrastada pelos dogmas religiosos sobreviventes, ou melhor, vivíssimos e fortíssimos  que ditam, ainda hoje, os rumos sociais, psíquicos  culturais, econômicos  religiosos... de todo o mundo. O Papa Bento XVI desistiu da sua "missão" em relação ao prosseguimento desses mesmos dogmas diante das atrocidades sociais e politicas, principalmente, e "saiu pela tangente" de forma inesperada (pelo menos para os de fora do clero), abrindo mão de um "cargo" que qualquer católico gostaria de assumir, que é ser o "líder" de mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. O "castelo ruiu"?
Essas construções rudimentares que atravessam os tempos estão em plena ebulição pelo fato de não possuírem  em sua estrutura, as verdades atuais e descortinadas pela ciência e a credulidade de um povo (seja ocidental ou oriental) que jã não está mais tão afim de escutar inverdades sobre o que nunca foi provado e nem muito menos abrir mão dos seus devaneios culturais e carnais, porque não dizer, que tanto alimentam as vaginas e pênis pelo mundo a fora. Toda construção para ser duradoura precisa estar alicerçada com os "componentes" certos e oportunos, ainda que em épocas distantes e "preteritamente" observáveis e, o que talvez não tenha sido observado pelo catolicismo, são as questões da evolução mental e social dos povos do ocidente e do oriente, mesmo diante de um quadro ainda tão caótico, religiosamente falando.

Teria sido "distração" de um clero tão antigo e alicerçado nas construções mentais e sociais? Começam os rumores de que alguns segmentos, dentro da própria instituição, afirmariam que já há uma "insustentação" secundária das estruturas que a séculos sustentaram os posicionamentos papais, por exemplo, e que a partir das décadas de 1970 e 1980, começaram a ruir de maneira vertiginosa quanto a dissidência de fieis que migraram para outras denominações religiosas e, o que é pior, sem serem "ressarcidos" quanto aos danos que foram causados a eles. Isso da uma "dor" insuportável pelo fato de estarem, os fieis, sendo constrangidos não somente na sua credulidade em relação aos poderes religiosos mentais e comportamentais, mas pelos prejuízos causados aos seus maiores tesouros internos: As suas construções de fé que jamais poderiam ser ruídas pelo simples fato de essa condição humana ser extremamente dependente de uma "certa habitação".
Vamos ver o que vem por aí, aos mais fervorosos e atentos cabe pensar que estamos entrando em uma nova era de recuperação e avanço moral, objetivando que as construções internas e externas não venham a ruir dessa forma desatenta e perigosa.

Que o Sérgio Naya seja abençoado pelo Papa.

Iran Damasceno.   

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

"Sofrimento Providencial"



Olá, leitor!

Talvez agora algumas personalidades mais aguçadas no saber possam ter a oportunidade de se aprofundarem ainda mais nos conceitos tidos, por mim, como a visão do "advogado do diabo". Sempre me refiro assim a algum fato quando quero mostrar o outro lado desse mesmo fato, por isso entendo que o texto abaixo (extenso por sinal) está para minhas explicações assim como para suas dúvidas quanto ao que eu falo.
Desde os tempos mais remotos da humanidade (agora a discordância do convívio entre Neandertais com modernos... ?) sabemos que a dor e a paz caminham lado a lado devido a infinidade de conhecimentos que a mente humana ainda não alcançou, portanto devemos atentar, pelo menos os mais famintos por conhecimentos, aos informativos peculiares e providencias desse texto maravilhosamente escrito por Maurício Horta e enviado pela psicoterapeuta Maísa Intelisano.

Ótimo, viu?

Iran Damasceno.

O lado bom das coisas ruins
Depressão, timidez, pessimismo... Tudo isso tem mais do que um lado bom: podem ser peças fundamentais para uma vida melhor e mais feliz.
A mulher mais rica do Reino Unido ganhou sua fortuna escrevendo um livro juvenil durante uma crise de depressão, enquanto sustentava sua filha com ajuda do governo. Tinha acabado de perder o emprego e de se divorciar. O maior filósofo do século 20 não passou no vestibulinho do colegial e sofreu bullying na escola por escrever errado, ter péssima memória e não fazer amizades - não se interessava em conviver com pessoas. Humanos também não eram os seres prediletos do mais conhecido intérprete de J. S. Bach, que não tocava para plateias nem deixava que pessoas encostassem nele. E o inventor da lâmpada era tão avoado que foi expulso da escola aos 8 anos e precisou estudar em casa.

J. K. Rowling, Ludwig Wittgenstein, Glenn Gould e Thomas Edison. Essas pessoas atingiram o sucesso não apesar de suas falhas, mas por causa delas. Certos padrões de personalidade e de ânimo considerados até mesmo transtornos mentais foram selecionados ao longo da evolução. Talvez essas adaptações não sejam tão vantajosas hoje quanto na época em que vivíamos fugindo de predadores, lutando com rivais e caçando presas. Mas tais peculiaridades preenchem os buracos criados pela normalidade da maioria das pessoas.

Desatentos conseguem captar ao mesmo tempo vários estímulos do ambiente e, com isso, fazer associações inesperadas, criativas. Outras pessoas não conseguem se interessar pelo que há à sua volta, mas exatamente por isso concentram-se dias a fio num só raciocínio e chegam a conclusões geniais. Aansiedade nos protege de pagar para ver uma ameaça, e a tristeza e o pessimismo nos fazem desistir de ilusões.

Portanto, se você tem amigos esquisitos, sinta-se sortudo. Você se acha meio diferente? Saiba nas próximas páginas por que isso pode ser bom.

Do ponto de vista clínico, não há nada de bom na depressão. Ela aprisiona no sofrimento pessoas que, paralisadas, não conseguem tomar atitudes que melhorariam sua vida. Isolam-se socialmente e tendem a remoer um problema. Às vezes, até a morte. Mas não. Até ela tem seu lado positivo. Para começar a entender qual é esse lado, temos que responder a uma pergunta: por quê, afinal, a depressão existe? Uma hipótese é a de que, conforme a civilização se desenvolveu, o homem alterou seu ambiente numa velocidade maior do que sua capacidade de adaptar-se a ele. Evoluímos para viver em grupos de 50 a 70 membros seguindo o ciclo do Sol, com a preocupação de obter alimento e procriar. Agora as coisas mudaram um pouco: temos de nos preocupar com contas, imagem, carreira... E muitos planos acabam frustrados - talvez mais do que a cabeça foi feita para aguentar. Pior: temos hábitos sedentários e, graças à luz artificial, fazemos nosso corpo funcionar no tempo do relógio, e não no do Sol. Tudo isso explicaria por que a prevalência da depressão tem aumentado. "É o mesmo que ocorre com nosso sistema cardiovascular, que não evoluiu para dar conta de alimentos gordurosos e pouco exercício", afirma Paul Gilbert, da Universidade de Derby, no Reino Unido.

Mas não é só isso. Outra corrente defende que a depressão existe porque foi talhada pela seleção natural, ou seja: porque oferece vantagens a seus portadores. Segundo o médico Randolph Nesse, da Universidade de Michigan, ela teria a mesma função da dor: garantir nossa sobrevivência diante de um risco. Quando um tecido está prestes a ser lesionado durante alguma atividade física, nossos neurônios transmitem um estímulo que nos impede de seguir além de nossos limites. A depressão funciona da mesma forma - mas, em vez de impedir fisicamente que você assuma um risco, ela atua no ânimo. A euforia e a depressão serviriam para regular nossas ações na busca por um objetivo. Um dos primeiros cientistas a pensar isso como uma adaptação foi o psicólogo americano Eric Klinger. Num artigo de 1975, ele analisou como o humor melhora conforme o progresso na busca de um objetivo. Isso motiva a pessoa a continuar a se esforçar e assumir riscos cada vez maiores. Quando esses esforços começam a falhar, uma piora no ânimo a faz voltar atrás, preservar suas reservas e reconsiderar opções. Essa piora, essa depressão leve, abre espaço para a introspecção e o autoexame necessários para tomar decisões difíceis, como desistir de objetivos inalcançáveis e buscar novas metas. Foi justamente o que observaram pesquisadores da Univerdidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Por 19 meses, eles acompanharam 97 adolescentes, analisando sua capacidade de deixar de lado objetivos muito difíceis (ou inalcançáveis), como virar um músico famoso, e abraçar outras metas, como dar duro para entrar numa boa faculdade. Enquanto isso, os pesquisadores também observaram sintomas de depressão nos voluntários. Conclusão: as pessoas com sintomas de depressão leve conseguiam abrir mão com mais facilidade de objetivos irrealistas. Elas davam menos murro em ponta de faca. E tendiam a sair da adolescência menos machucados, mais felizes, do que os esmurradores de lâminas.

Você está perdido no meio do nada. E ouve um ruído longínquo de animal. O bicho pode ser um tatu ou uma onça. Se você ficar apavorado e sair correndo até um lugar seguro antes que uma possível onça se aproxime, vai ter gasto 200 calorias em 10 minutos. Se não correr e depois for surpreendido por um leão, perderá seu corpinho inteiro - isto é, 200 mil calorias. Por esse raciocínio frio e puramente matemático, valeria a pena ter um ataque de pânico se a probabilidade de o ruído ser de um leão for maior que 1 em 1 000, conclui Randolph Nesse em sua empreitada em busca das causas evolutivas de transtornos mentais. Isso justifica por que é bom sentir medo mesmo quando a ameaça é pequena. E ansiedade é isto: medo de algo que não é necessariamente real. Mais: tal como o amor, ela é uma emoção. E uma emoção é um padrão de resposta diante de situações que podem trazer riscos ou oportunidades. A paixão ajuda a cortejar um parceiro, a raiva nos afasta de alguém quando desconfiamos que fomos traídos, e a ansiedade nos faz fugir ou lutar quando sentimos ameaçados. E isso acontece sem que pensemos. Quando bate a ansiedade, o fígado começa a liberar glicose, a frequência cardíaca aumenta, menos sangue circula pela pele e mais vai para os músculos. Assim, o corpo fica preparado para reagir - a animais, à altura, a trovões, à escuridão ou ao escrutínio público. E também a coisas mais sutis, como um trabalho insuportável ou um relacionamento falido. Ou seja: a ansiedade também pode funcionar como um alarme para que você mude de vida quando necessário. Um alarme que não temos como fingir não escutar.

Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o psicólogo americano Martin Seligman: "Os visionários, os planejadores, os desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um desastre", afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem a dura realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros, engenheiros de segurança...

Esse realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a causa de todo sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade - um sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma parte de um ciclo inescapável de desilusões: dela vamos ao sucesso, então à frustração - e a uma nova vontade.

Mas qual é o remédio, então? Se livrar das vontades e passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A filosofia do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de otimismo - propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade. É o que concluíram os psicólogos John Lee e Joane Wood, da Universidade de Waterloo, no Canadá. Um estudo deles mostrou que pacientes com autoestima baixa tendem a piorar mais ainda quando são obrigados a pensar positivamente.

Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto você está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor caminho é entender as razões do seu pessimismo e aí sim tomar providências. E que o pior é enterrar os pensamentos negativos sob uma camada de otimismo artificial. O filósofo britânico Roger Scruton vai além disso. Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples: o "otimismo inescrupuloso". Aquelas utopias que levam populações inteiras a aceitar falácias e resistir à razão. O maior exemplo disso foi a ascensão do nazismo - um regime terrível, mas essencialmente otimista, tanto que deu origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim, é antever o pior.

Escolas valorizam trabalho em grupo. Processos seletivos jogam candidatos em dinâmicas para identificar líderes natos. Empresas colocam seus funcionários em amplos escritórios sem divisórias e colhem ideias em brainstorms com uma dezena de pessoas - vale tudo, menos ter vergonha de falar besteira. Vivemos no mundo dos extrovertidos. Mas há pesquisadores que veem essa valorização do trabalho coletivo e da extroversão como um tiro no pé. "O mundo está desperdiçando o talento das pessoas tímidas", defende Susan Cain em seu livro Quiet (Quieto, sem versão brasileira), que compila estudos sobre o assunto.

Mas como a timidez pode ser positiva, afinal? Para responder a isso, precisamos esclarecer uma coisa - ser introvertido não significa ser fechado ao exterior. Muito pelo contrário. É ser sensível demais a ele. É o que tem demonstrado desde a década de 1960 o psicólogo Jerome Kagan. Em seu estudo mais importante, ele juntou 500 bebês de 4 meses em seu laboratório em Harvard para observar como reagiam quando estimulados com sons, imagens coloridas em movimento e cheiros. Então separou o grupo dos que reagiam muito - 20% deles - e o dos que reagiam pouco - 40%. Suas pesquisas anteriores lhe permitiram predizer o contrário do que a intuição sugere: os muito reativos se tornariam os futuros introvertidos. Aos 2, 4, 7 e 11 anos de idade, essas crianças voltaram ao laboratório de Kagan. As que haviam sido classificadas como muito reativas desenvolveram personalidades sérias, cuidadosas, enquanto as pouco reativas se tornaram mais relaxadas e autoconfiantes - a futura turma do fundão. Isso porque a amídala (estrutura do sistema límbico, responsável por reações instintivas, como apetite, libido e medo) é mais facilmente estimulada em crianças muito reativas. Ou seja, são mais alertas, mais sensíveis a estímulos novos. Suas pupilas se dilatam mais, suas cordas vocais ficam mais tensas, sua saliva tem mais cortisol - um hormônio do estresse - e seu batimento cardíaco se acelera mais. Um pouco de novidade já implica em vontade de se proteger. O lado negativo é que são mais vulneráveis àdepressão e à ansiedade. Mas, ao mesmo tempo, podem ser mais empáticas, cuidadosas e cooperativas, desde que se sintam em sua zona de conforto. "Crianças muito reativas podem ter maior probabilidade para se tornar artistas, escritores, cientistas e pensadores, pois sua aversão a estímulos novos as faz passar mais tempo no ambiente familiar - e intelectualmente fértil - de sua própria cabeça", diz Cain. Um introvertido concentra a mente numa só atividade, em vez de dissipar energia em assuntos não relacionados ao trabalho - estudos do programador americano Tom DeMarco com 600 colegas mostram que o que define a produtividade no setor de TI não é o salário nem a experiência, mas o quão isolado é o ambiente de trabalho. A solidão também permite focar-se nas próprias falhas e treinar até chegar à perfeição. É esse tipo de prática que cria grandes atletas e virtuoses musicais.

Ludwig Wittgeinstein, gênio da filosofia, começou a falar só aos 4 anos. Estudou com tutores particulares em sua casa, em Viena, até os 14 anos. Sem conseguir passar no vestibulinho do colegial, foi parar em 1903 na escola técnica de Linz (a mesma de Adolf Hitler, de quem não foi colega, pois o futuro ditador estava dois anos atrasado nos estudos). Mas ele simplesmente não se interessava pelos colegas. A solidão e a dislexia fizeram dele um perfeito alvo de bullying. "Nunca consegui expressar metade do que queria. Na verdade, não mais que um décimo", contou em suas memórias.

Assim foi o jovem Wittgenstein. Mas sua excentricidade e o fato de ter revolucionado a filosofia no século 20 não são uma contradição, segundo o professor Michael Fitzgerald, do Trinity College, em Dublin. O psiquiatra vê em sua biografia sintomas que caracterizam a síndrome de Asperger - um tipo deautismo que, aliado a um intelecto avantajado, pode ser a base da genialidade.

Todo autista se foca obsessivamente em interesses muito específicos, tem comportamentos repetitivos e não se interessa em interagir com outras pessoas. Mas, enquanto a imagem mais comum é a da criança ensimesmada balançando para a frente e para trás, o espectro do autismo vai desde o atraso mental até o desenvolvimento linguístico e cognitivo completo - caso da síndrome de Asperger. Quem tem essa síndrome não se interessa em dividir experiências e emoções, tem padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento e de interesses e não abre mão de sua rotina. Isso torna o convívio difícil - mas pode ter um efeito colateral inesperado.

"Muitas características da síndrome de Asperger aumentam a criatividade", escreve Fitzgerald em Autism and Creativity (Autismo e Criatividade). "Pessoas assim têm uma capacidade extraordinária para focar-se em um tópico por um longo período - dias, sem interrupção nem mesmo para as refeições. Não desistem diante de obstáculos." E não é apenas a concentração. A forma como entendem o mundo é diferente. Quando veem uma coisa, apreendem o detalhe para então sistematizar como funciona o geral - enquanto a maioria das pessoas apreende o geral para depois se afunilar em detalhes. Isso é um enorme ponto positivo para engenheiros, físicos, matemáticos, músicos.

Não que não haja um lado negativo. Portadores da síndrome de Asperger também têm dificuldade em aceitar e adotar regras sociais. Por isso, muitas vezes parecem ter personalidade infantil. Quando entrou para a faculdade de engenharia, Wittgenstein se fascinou pela obra Os Princípios da Matemática, de Bertrand Russell. Em 1911, mudou-se para a Universidade de Cambridge para estudar com Russell. Nos primeiros dias, chegava à sala do mestre à noite e seguia até a manhãzinha desdobrando suas ideias como que em um monólogo. Em 1926, quando terminou a defesa oral de sua tese de doutorado, deu um tapinha nos ombros dos examinadores. "Não se preocupem. Eu sei que vocês nunca conseguirão entender", disse. Wittgenstein começou então a dar aulas. Em seus seminários, era como se não houvesse uma audiência. Lutava com seus pensamentos e volta e meia caía em silêncios que nenhum estudante ousava interromper. Qualquer comentário que considerasse estúpido era retrucado brutalmente.

Para escrever Investigações Filosóficas, sua maior obra, ficou isolado numa cabana na Irlanda. Certa vez, o caseiro, que o havia visto conversando, perguntou-lhe se tivera uma boa companhia. A resposta foi: "Sim, falei muito com um ótimo amigo - eu mesmo". Numa carta a Bertrand Russell, escreveu: "Estar sozinho me faz um bem infinito, e não acho que agora poderia suportar a vida entre pessoas". O único grande prazer social do filósofo era discutir seus interesses - lógica, linguística e música. O mundo real pouco lhe importava.

O gene da engenharia
Todo engenheiro é um pouco autista. Essa é a conclusão, polêmica, do psiquiatra Simon Baron-Cohen, de Cambridge. Simon buscava identificar se estudantes com sintomas da síndrome de Asperger tinham predisposição a escolher alguma área específica de conhecimento. Fez um levantamento com graduandos de Cambridge e viu que alunos de exatas eram os mais propensos a ter os sintomas. O estudo fez barulho suficiente para que os pais de alunos de Eindhoven, na Holanda, entrassem em contato com ele depois de identificarem uma epidemia de autismo na cidade, conhecida pela concentração de empresas tecnológicas. Baron-Cohen comparou Eindhoven com Haarlem e Utrecht - que têm número semelhante de habitantes - e levantou a porcentagem de pessoas empregadas em tecnologia: 30, 16 e 17%, respectivamente. Depois, pesquisou a prevalência de autismo diagnosticado nas cidades: 229 por 10 mil crianças em Eindhoven, contra 84 e 57 nas outras. Para Baron-Cohen, isso é indício de que regiões onde pais têm empregos relacionados à "sistematização", como o da tecnologia da informação, terão uma taxa de autismo maior em suas crianças. É um resultado polêmico: indica que as pessoas naturalmente mais aptas para as ciências exatas carregam mais genes ligados ao autismo do que a média da população. E mais: é uma evidência de que essa aptidão seja, por si só, uma forma leve de autismo.

Einstein, o autista
O psiquiatra Michael Fitzgerald identificou traços da síndrome de Asperguer, uma forma moderada de autismo, em 42 personalidades históricas. Conheça algumas delas.

ALBERT EINSTEIN
"Meu senso de justiça e de responsabilidade social sempre se contrastou com minha falta de necessidade de contato direto com outras pessoas ou comunidades. Sou de fato um viajante solitário e nunca pertenci a meu país, à minha casa, aos meus amigos ou mesmo à minha família", escreveu o físico nos ensaios Como Vejo o Mundo.

GLENN GOULD
Um dos maiores pianistas do século 20 não deixava ninguém tocá-lo e, quando mais velho, só se comunicava com o resto do mundo por telefone ou por cartas. Aos 32 anos parou de tocar em público e se fechou no estúdio. Afinal, para ele tocar música era um ato tão íntimo que não dava para conciliá-lo com a audiência.

LEWIS CARROLL
O escritor americano Mark Twain chegou a dizer que Carroll, matemático autor de Alice no País das Maravilhas, era interessante "somente para olhar." Era o homem "mais estiloso e mais tímido" que já tinha visto. Não dava autógrafos nem deixava ser retratado - mesmo sendo ele mesmo um fotógrafo amador. "Minha aparência e minha escrita pertencem somente a mim", escreveu em uma carta.

FRACASSO
Quando destruímos um relacionamento, somos demitidos ou vivemos qualquer outra grande frustração nessa linha, não tem muito jeito: sentimos não só que um plano deu errado, mas que falhamos como pessoa.

Nossa mente, porém, evoluiu com uma defesa contra isso: ela ignora o que não quer saber. Uma área do cérebro chamada córtex cingulado anterior é ativada quando percebemos que alguma coisa deu errado. É como se fosse o mecanismo do "putz!". Com ele, excitamos mais uma região - o córtex pré-frontral dorso-lateral. Ele é o "censor" da mente, responsável por apagar determinado pensamento.

Esse mecanismo duplo - primeiro o "putz" e depois o "esquece" - permite editar nossa consciência conforme nossa vontade. Assim, conseguimos deixar para trás nossos fracassos.

Isso também acontece com cientistas. No início da década de 1990, Kevin Dunbar começou a observar os laboratórios de bioquímica da Universidade de Stanford. Descobriu que a metade dos dados obtidos nas pesquisas não batia com o que suas respectivas teorias previam. Os resultados às vezes simplesmente não faziam sentido. A reação então era típica: primeiro, os pesquisadores procuravam um bode espiatório - alguma enzima ou máquina devia não ter funcionado direito. Então repetia-se o experimento. Quando o resultado inesperado acontecia de novo, o experimento inteiro era considerado um fracasso e acabava arquivado. O que os pesquisadores não percebiam é que o mecanismo "putz, esquece" de sua mente os cegava. Dunbar então observou grupos de estudo com pesquisadores de diferentes áreas - biólogos, químicos e médicos. O fato de ter pessoas com um olhar de fora fez com que os bioquímicos, em vez de jogar fora o experimento, abrissem os olhos e repensassem suas teorias. Assim puderam reavaliar suas convicções e muitas vezes encontrar o caminho que funcionava. Moral da história: entender o porquê de um fracasso pode ser o melhor atalho para o sucesso.

É mais ou menos o que aconteceu com a britânica Joanne Rowling. Quando era adolescente, tudo o que seus pais esperavam dela era que não fosse pobre como eles. E tudo o que ela queria era ser escritora. Para arranjar um meio-termo entre seu desejo e o dos pais, fez faculdade de letras. Terminados os estudos, sua vida virou uma sucessão de fracassos. Tentou agradar os pais trabalhando num escritório, mas não suportava a chatice do dia a dia. Quando a mãe morreu, mudou-se para Portugal para dar aula de inglês. Em 3 anos, casou-se, teve uma filha e se divorciou. Desempregada e descasada, mudou-se para a Escócia, onde, deprimida, foi viver da ajuda financeira do Estado. Quando Joanne estava no ponto mais fundo de seu fracasso, começou a escrever um livro. Levou um "não" de 8 editoras - até conseguir uma que publicasse seu Harry Potter e a Pedra Filosofal. Adotou o nome artístico de J. K. Rowling e, em 3 anos, se tornaria a mulher mais rica do Reino Unido. E, para ela, o ingrediente de seu sucesso foi o fracasso. "O fracasso significa eliminar tudo o que não for essencial. Parei de fazer de conta para mim mesma que era uma pessoa diferente e comecei a direcionar toda minha energia em terminar o único trabalho que importava para mim", disse a uma plateia de graduandos de Harvard durante uma conferência do TED (instituição que organiza conferências sobre novas ideias). E arrematou: "Me senti liberta, porque meu maior medo já tinha acontecido. E ainda assim eu continuava viva".

DÉFICIT DE ATENÇÃO
De 3 a 5% das crianças em idade escolar são daquelas distraídas e agitadas, que perdem tudo, não conseguem fazer a lição, não esperam sua vez e agem sem pensar. Têm o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Quando crescem, os sintomas diminuem, mas os problemas, não. Podem até piorar - afinal, as responsabilidades são outras. O que se esquece não é mais a lição de casa, mas prazos e reuniões. Trabalhos são abandonados pela metade, ordens são ignoradas. A impulsividade pode custar o emprego ou o relacionamento. Por que isso é tão comum? A resposta é semelhante à daansiedade e da depressão - essa característica já foi uma vantagem adaptativa, até que a cultura e o ambiente mudaram. Em sociedades nômades, quem tem foco de atenção disperso é capaz de cuidar melhor de seu gado, explorar áreas desconhecidas e ficar alerta para ameaças. Dan Eisenberg, da Northwestern University, EUA, observou em tribos africanas nômades e sedentárias. Entre os nômades, os que tinham o alelo 7R (ligado ao TDAH) eram mais bem nutridos do que os sem. Já nas sedentárias, acontecia o contrário. Em outras palavras, conforme o homem se estabeleceu num só lugar e começou a viver de atividades que exigem mais foco, a atenção dispersa virou desvantagem. Mas não tanto. Os mesmos genes que hoje estão associados ao risco são responsáveis por revoluções nas artes, ciência e exploração, acredita o psiquiatra Michael Fitzgerald, do Trinity College. Michael, que já tinha procurado traços de autismo na biografia de personalidades, não demorou para fazer o mesmo com o TDAH. Segundo ele, sintomas de déficit de atenção estão presentes em Thomas Edison, Oscar Wilde, Kurt Cobain (que foi diagnosticado quando criança) e até em Che Guevara. Quem tem a cabeça na Lua pode encontrar lá em cima coisas que pessoas com o pé no chão não veem.
Superávit de criatividade
Quem tem TDAH é ótimo em brainstorms, pois não se sente inibido para dar ideias aparentemente estranhas. As psicólogas americanas Holly White e Priti Shah testaram um grupo de 90 universitários divididos entre os com e os sem TDAH. Elas pediram para que cada grupo propusesse usos para um tijolo e para um balde em 2 minutos. Resultado: os desatentos se deram melhor no número de usos, na diversidade dele e, principalmente, na originalidade. Entre as soluções do grupo com TDAH estavam usar o tijolo para escrever em superfícies como concreto ou o balde como guitarra - se você adicionar cordas e um pau ali. Só faltava verificar isso no mundo real. As pesquisadoras, então, fizeram isso num segundo estudo, de 2011. Deram a 60 universitários um questionário sobre quais seus êxitos em 10 áreas criativas: artes cênicas, humor, música... Os desatentos tiveram níveis mais altos em todas as categorias.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

"O Campeonato Carioca Existe"?



O charme que acabou a muito tempo!

Ih, que saudade do Altair, lateral esquerdo do Fluminense nas décadas de 1950 e 1960, e da seleção brasileira, com quem eu tive a alegria de ter trabalhado como seu jogador, em 1986. (primeiro da direita pra esquerda, na foto acima) Sou de uma época em que aos domingos, no subúrbio do Rio, só tínhamos praticamente uma ou duas coisas pra fazer: Ir a praia ou ao Maracanã! Mas, você que é muito mais jovem e não viveu em uma época em que o Maracanã suportava um público de mais de 150 mil pessoas, coisa comum nos jogos entre Vasco e Flamengo (abaixo, foto ilustrativa da final do Carioca de 1977, quando o Vasco venceu o Flamengo e o goleiro Mazzaropi pegou o pênalti de Zico), por exemplo, onde as pessoas preparavam-se para o final de semana como nos preparamos hoje em dia para uma viagem de um mês ao exterior. Era fantasticamente emocionante!


Diante disso era comum termos um campeonato Carioca bastante badalado e muito concorrido, até porque América e Bangu, ao jogarem contra qualquer um dos quatro grandes, era tido como clássico. É, mas tudo isso ficou no passado, apenas as tradições, falidas por sinal, é que ainda sobrevivem no imaginário das pessoas que insistem em dizer que o campeonato Carioca é "charmoso". Mas, eu pergunto: Charmoso porque? Só pra nos orientarmos e acompanharmos o raciocínio  desse "louco saudável" que vos fala, sem a pretensão de estarmos certos ou não, porém vale ressaltar que antigamente, como relatei, tínhamos pouquíssimas oportunidades de lazer e o futebol era uma das poucas coisas que nos davam prazer, sendo assim, diante de uma sociedade globalizada e recheada de eventos e situações facilitadoras, atualmente, entendemos que esse aspecto caiu por terra. O que faz um torcedor ir a um estádio, sem a menor estrutura para receber ao seu público, e torcer para seu clube do coração? Imaginemos sair de casa para assistir a Flamengo x Quissamã, por exemplo, numa quarta feira, as 22h00, num calor insuportável e sem craques em campo? Em casa, tomando uma "gelada", diante de uma TV de plasma, com TV por assinatura, tira gosto, ar condicionado... será que resistimos? É pra pensar!
O pior, pra fechar: Cadê os "Rivelinos", "Zicos", "Robertos Dinamites", "Mazaropis", "Paulo Cesar Cajús"?... Hoje vemos um bando de garotos correndo como uns loucos e dando as suas vidas pra serem logo transferidos para a Europa, entrando em campo com o objetivo de serem vistos e garantirem assim os seus futuros e, o futebol arte, fica dependente de uns poucos "Neymares".

É, o campeonato Carioca faliu e ninguém viu!

Iran Damasceno.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

"Rapidinhas"


AS RAPIDINHAS DOS ÚLTIMOS DIAS!


Tenho gostado bastante dos debates esportivos e principalmente sobre futebol, apresentados pelo programa "Mesa redonda", da ESPN. Percebo que o Trajano é muito criticado mas, particularmente falando, gosto dos seus comentários e das suas lembranças dos tempos saudosos do futebol Carioca. Ontem (04/01/2013 - segunda feira), achei muito salutar e informativo o debate entre ele e o também bom comentarista Paulo César Vinícius (PVC) quando os mesmos falavam sobre o Ganso (jogador do São paulo) e ambos discordaram um do outro em ALTÍSSIMO nível e, diferentemente dos outros tantos debates esportivos, houve pausa enquanto um se expressava e logo após o outro se manifestava. Bastante didático e informativo, valendo lembrar que as participações dos Jornalistas Márcio Guedes e Fernando Calazans são boas também. Aliás, não poderia deixar de fora aquele que também é muito criticado mas que eu gosto bastante, refiro-me ao Juca Kfouri. Está valendo mais a pena assistir a ESPN do que aos outros que são, por vezes, pré-programados até mesmo quanto a críticas e padronizados quanto as opiniões, o que é bastante comum no "Bem amigos", com Galvão Bueno, no SporTV.


Sinceramente eu não sei se o Ganso será o que dizem, por um simples motivo: Ainda não mostrou do que é capaz! Muito jovem pra se machucar com tanta frequência e é apático quando está em um jogo quente causando assim desconfiança porque não teve sequência em relação a grandes apresentações, sei que é inteligentíssimo (qualidade essa crucial pra se jogar futebol), habilidoso e bastante técnico, porém, tem que mostrar isso logo. Um dos grandes jogadores que vi jogar foi o Dr Sócrates, que nos deixou no ano passado, infelizmente, e que também era inteligente mas que deu duas "bolas fora na vida", em minha opinião: Uma foi ter se entregado a bebida e a outra em dizer que o Ganso JÁ é gênio. Será que já é pra dizer isso? Então, o Messi é o que? Deus? Neymar também se encaixa nessa classificação. Vamos com calma gente, já o Ganso, tem que ir mais depressa.


Adorei, aliás adoro, os comentários do ex-craque Tostão, na revista Piauí, em relação ao Felipão e ao Parreira. Sempre claro e crítico com paciência, Tostão descreve com maestria as novas esperanças da seleção para a copa do mundo no Brasil. Suas sacadas são bastante claras apesar de serem banhadas de Filosofia e, por vezes, metafóricas por ser ele dotado de uma inteligencia ímpar. Também, assim como ele, acredito no Felipão e no Parreira e acho que podemos sim vencer a copa, porém, vejo que agora o grande adversário da seleção é a própria CBF que está em plena confusão através das ações de um senhor que já deveria estar em casa "tomando seu chá e comendo suas torradas", que é o Sr José Maria Marins, e deixasse a responsabilidade com quem tem e sabe trabalhar. Se não tivéssemos uma classe tão individualizada quanto a dos treinadores de futebol, por exemplo, juntamente com os ex-jogadores de "peso" como Zico, Romário, Falcão, Ronaldo fenômeno, dentre tantos outros, já poderíamos ter "tomado" a CBF das mãos dos empresários e políticos de carreira que tanto se beneficiam das "tetas" frondosas dessa instituição. Valeu Tostão, você é 10.

Iran Damasceno.


sábado, 2 de fevereiro de 2013

"Lei Seca Para Corruptos, Você Aprova"?


Brasileiros e brasileiras!

Sendo o Brasil SINÔNIMO de contradição, não seria justo deixar passar um tema tão atual e comentado no momento, como a LEI SECA. Passei por aqui, sem tomar na alcoólico para deixar apenas alguns questionamentos a cerca de um assunto que me faz ficar até mesmo IRADO: Porque somente criam leis mais duras quando isso é direcionado ao cidadão? Obviamente que temos sim que criar leis duras devido a irresponsabilidade de muitos motoristas, entretanto, eu pergunto: Porque não criarem (os impunes parlamentares) leis tão duras, ou até mais, para coibirmos a CORRUPÇÃO? Você seria a favor de leis que mandassem políticos, policiais, servidores públicos em geral pra cadeia, pagando multas altíssimas, e ficassem presos por um longo tempo? Vale pensar e se posicionar nas redes sociais, se possível.
Para minha indignação o vereador Joel Rodrigues (presidente da câmara dos vereadores de São João), de quem eu gosto e conheço a bastante tempo, me decepcionou quando falou que a medida tomada para a aprovação do aumento (e que aumento) do salário dos vereadores do município era para COIBIR a corrupção. "PQP", eu ouvi isso no RJTV ou estou com paralisia cerebral? É, a impunidade nos amparou para não nos largar nunca mais, vejo que o descaramento e a sacanagem estão absurdamente amparados pela lei. Ok, pena pesada para quem dirige bêbado, porém, pena mais pesada ainda para quem corrompe e é corrompido, você concorda?

Iran Damasceno.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

"O lobo, O Porco E O Bucha. O Senado Está Em Votação"


Bom dia aos sobreviventes!

"Hoje é festa lá no meu "AP", pode aparecer, vai rolar "bundalêlê". Não fosse o quadro atual da situação política do Brasil, certamente que estaríamos rindo da música do "Latido", ou melhor, Latino. Claro que o brasileiro em si já possui uma dose cavalar de humor nas veias, até porque pra aturar o "feudalismo" e a "ditadura" do achatamento social, tem que ser humorista mesmo. Mas, o que irá acontecer no Senado após a "saída" do "velho lobo" do Senado", José Sarney? Claro que isso é algo a pensar até porque sabemos que a sua saída é algo apenas burocrático e os seus desmandos continuarão a pleno vapor, quanto a sua influência na casa e até mesmo nos desígnios dos rumos do país. O que me chama a atenção é o fato de estarmos diante do Renan Calheiros (PMDB - AL), todo sujo como "pau de galinheiro", e a mercê de um Pedro Taques (PDT - MT) que, em princípio, seria a oposição combatente dos crimes políticos de corrupção, entretanto, eu pergunto: Até quando ele estará de pé com essas ações que já o levaram ao cargo que tanto almejava? Obviamente que eu estaria sendo leviano se não levasse em consideração os seus feitos, como por exemplo a CPI do Cachoeira e no caso da SUDAM, todavia, me preocupa o fato dele estar sendo visto como a "salvação da casa" se nós, os mais desconfiados, não soubéssemos que existe no Senado, assim como em todas as casas da administração política, um "acerto entre amigos" (uns são criticados e outros críticos) e assim a "cadeira vai girando", como no caso do Sarney que, não se assustem, poderia voltar. Acho que ele será senador até no inferno!

Mas, deixemos isso pra depois porque semana que vem é carnaval, para nós, até porque eles (os miseráveis) estarão nas sombras votando coisas esdruxulas que certamente os enriquecerão ainda mais e a nós sobrarão apenas os impostos e achatamento.

Paz na terra, amém!

Iran Damasceno.