sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

"Homo Sapiens Ou Homo Empresárius"



... Na Grécia antiga, quando Sócrates perambulava entre a juventude, atuando como verdadeiro instrutor e visionário, iniciava ali os primeiros passos concretos para o surgimento de uma nova forma de entendimento quanto ao que mais a frente chamaríamos de SOCIALISMO. Se entendermos que as sociedades evoluíram no campo moral e intelectual, partindo do princípio que tal estrutura brota no íntimo do ser, para, aí sim, formar a sociedade que sempre é consequência das ações daqueles que a compõem. Nós! Seria, ou melhor, é a tão debatida lei de causa e efeito que está começando a ser entendida pelos que determinam os desígnios da vida comum, ao contrário dos que imaginam vir do povo a voz maior que, em princípio, seria para a libertação do capitalismo que corrói e mata mais que qualquer câncer ou AIDS.
Passados os tempos, desde a era de Sócrates, grande visionário e precursor de um socialismo que jamais existiu na íntegra, podemos notar que até mesmo o que é, para muitos divino, como a Bíblia, por exemplo, teve a sua conceituação deturpada e modificada nos tempos áureos da "santa inquisição" para dar continuidade aos desmandos e interesse políticos dos cleros e assim manterem sob a casta da ignorância, aqueles a quem ele, o clero, deveria defender e orientar. O CICUTA que matou Sócrates agora está sendo distribuído de maneira "cavalar" e "intra-venosa", ainda que as seringas da tecnologia estivessem a ser inventadas, porém, diante de tamanha maldade e desfaçatez, continuávamos ali, diante de tantas vidas ceifadas pela ganância e de um "cristianismo" deturpado e inexistente, as tentativas de um poder social inexistente e pueril. O capitalismo não estava mais brotando e sim jorrando das veias dos assassinos vorazes que tinham em suas mentes poderosas, diante de uma cognição até mesmo adiantada para época, devido a causa que para eles era "nobre". Achatar o povo com a falácia do religiosismo "salvador", salvação essa que somente ocorria na mente dos falsários e íngremes quanto a moral.
Chegados os tempos da ditadura, que teve como base as religiões ditatoriais e cleros enfadonhos nas ações terroristas, para justamente coibir a essa tentativa de surgimento de um socialismo que jamais existiu de maneira total, até porque totalidade somente no achatamento que visa enriquecer os quintais dos que detém, ainda que de maneira feudal, o verdadeiro poder de convencer e obrigar aos menos favorecidos que, por vezes, são acostumados a serem submissos e se acomodam na política do "pão e circo". Mas, o que fazer para entendermos esse processo tão duradouro? Só haveria um caminho para que os povos achatados chegassem a uma conscientização do que realmente é socialismo: Não, não é a tão comentada e por vezes desorientada "FÉ", refiro-me aos cuidados com os seus quintais e aceitarmos viver com o que temos e não abusarmos das falsas promessas de consumo oferecidas pelos "homo empresários", lembremo-nos que somos "homo sapiens" e, a exemplo do homo empresário moderno, poderíamos citar Teresa de Calcutá e Chico Xavier, por exemplo.
Na tentativa de construirmos um verdadeiro socialismo devemos entender que ser INTELECTUAL não é estudar em Harvard, comer salmão e tomar champanhe pela manhã, viajar o mundo e esquiar em Aspem, mas sim ter a consciência e ação construtiva de construção de um empreendedorismo do bem, que venha dividir oportunidades e fazer com que os que estão em baixa na escala social, tenham a oportunidade de crescer e serem donos das suas vontades.
Mas então, você é um "homo sapiens ou um homo empresario"?

"Diretamente do Coliseu", me despeço deixando um abraço fraternal;

Iran Damasceno.

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