segunda-feira, 30 de março de 2015

"A Bíblia Incitando Ao Ódio" (Ou seriam os falsos pastores?)




"O ser humano é capaz de acreditar nos relatos bíblicos, sem se preocupar em sua veracidade, nos aspectos metafóricos, alegóricos... e assim vai negando ao que poderia construir uma sociedade melhor, ou seja, o entendimento". Iran.


Temos notado ao longo dos séculos a Bíblia se tornar cada vez mais polêmica, por dois motivos: A facilidade das suas colocações, por vezes metafóricas e alegóricas, e ainda assim envereda pelas mentes humanas e atinge o coração dos incrédulos mas que alegam terem fé (?), talvez para galgarem e garantirem um "lugarzinho no céu". A outra são as falácias enxertadas, principalmente, pelos cleros religiosos na "santa inquisição" e assim estamos vivendo, até hoje, num emaranhado de aceitações e inacreditáveis colocações em capítulos, versículos... para convencerem e manterem os DIZIMISTAS e adoradores do "deus antropomórfico", atuantes. É a realidade triste em nome de "deus", fazendo estragos nas sociedades, disseminando ódio, dividindo as pessoas e vendendo, também, o seu filho "jesus'. 
Podemos observar, ao longo dos tempos, que a violência em relação as religiões "adversárias" são ferrenhas e acabam travando uma verdadeira batalha de Marketing nas TVs (um verdadeiro quem dá mais entre pastores fanáticos e maledicentes) e, o que é pior, quando enveredam pelos caminhos dos pecados atribuídos aos que não atendam as "citações bíblicas", por vezes esdrúxulas e descabidas, quando incitam a violência contra àqueles que não fazem o que os ditos "homens santos" interpretam ao seu bel prazer, retirando assim da obra histórica de homens histéricos as suas verdades mentirosas.
Por exemplo, podemos observar as colocações sobre a HOMOSSEXUALIDADE, que são aviltantes ao raciocínio mais rasteiro e pueril possível e assim incitam, como disse, a violência. Vejamos: Em a Gênesis bíblica 19:1-13; Levítico 18:22; Romano 1:26-27; I Coríntios 6:9.
Bem, no tal Romanos diz que "ensina" (?) especificamente que a homossexualidade é resultado de "negar" (?) e "desobedecer" a Deus (?). E continua: "Quando a pessoa continua "em pecado" e "incredulidade" (?) a Bíblia diz que "Deus o abandona". Cruel esse "deus", viu? Vamos mais adiante e, talvez, nos depararmos com o pior dos "avisadores". Em I Coríntios 6:9, proclamam que os "transgressores homossexuais não herdarão o reino de Deus. ??? 
Por aqui eu paro para não entrar nesse mar de ódio incitado em certas igrejas, por pastores imbecis e que lucram com esses imbecilizantes enxertos e falta de humanidade com seus semelhantes, ao passo em que os que ROUBAM, de forma clara e nojenta, matando em vida as sociedades, esbanjam liberdade e se autointitulam proprietários de lugares no céu do 'deus" deles mesmos.

"QUE SOEM AS TROMBETAS PARA A DESCIDA DE JESUS, POIS ASSIM, NÓS, PECADORES E HOMOSSEXUAIS, SEREMOS BANIDOS PARA O INFERNO E DAREMOS ESPAÇO PARA OS "SANTOS HOMENS IGREJÍSTICOS" EMBARCAREM PARA O CÉU".

Iran Damasceno.

quinta-feira, 26 de março de 2015

"A Casa De Arthur"



QUANDO O ENTENDIMENTO É O MELHOR CAMINHO...


O ano era 1997, uma sexta feira à noite, no centro espírita Amor e Luz, Kleber e Amanda, recém casados, foram conhecer e participar da reunião do estudo sistematizado da doutrina espírita a convite de uma amiga, ao chegarem lá notaram que já conheciam algumas pessoas e se sentiram bastante a vontade. Kleber estava dando seus primeiros passos a caminho da luz redentora do espiritismo, já Amanda, não deu prosseguimento por não ter se interessado muito, apesar de gostar e procurar ler livros sobre assuntos espirituais.
O tempo passou, Kleber e Amanda se separaram, continuaram a ser amigos, porém sem ter mais contato freqüente, a partir daí ele seguiu estudando e se aperfeiçoando nos ensinamentos divinos, o que o ajudou a dar passos largos quanto a sua reforma íntima. Adquirindo mais conhecimentos passou a participar de varias reuniões e de estudos diversos como cursos em outras casas espíritas, até se tornar um orador. Falava com facilidade e possuía um conhecimento que vinha de outras passagens e também de suas estadias no plano espiritual, durante os períodos na erraticidade. Começou a notar que realmente os conhecimentos fluíam com naturalidade, inclusive a mediunidade. Certa vez, quando num domingo chuvoso, dia que Kleber não gostava de sair de casa para poder dormir e assistir a TV começou a sentir umas sensações estranhas e uma vontade irresistível de sair de casa, só não sabia para onde e nem com quem conversar, foi ai que resolveu sair e, ao chegar ao ponto de ônibus, pensou, pensou e resolveu ir ao bairro que havia nascido e se criado, a casa de um amigo de infância, todavia, como procurar alguém com um tempo daquele? Ao chegar à casa do amigo, recebido com estranheza, pelo fato de não ser esperado, começou a conversar e, para sua surpresa e tristeza, o amigo lhe informou que um amigo em comum havia desencarnado de forma trágica: Foi assassinado. Kleber não pensou duas vezes, pegou um táxi e partiu para a casa da família do amigo desencarnado para saber o que realmente havia acontecido, ao chegar lá consolou seus amigos e familiares do amigo desencarnado na tentativa de amenizar-lhes a dor. Soube dos fatos e, despedindo-se dos que sempre considerou, prometeu que levaria o nome do amigo a casa espírita que freqüentava e faria uma oração por ele, devido ao sentimento de amizade que nutria pelo desencarnado. Apenas para lembrar, era um domingo e a reunião de desobsessão era na próxima quarta, o que causou espanto foi o fato de certo mal estar não passar, parecia uma angustia que Kleber não sabia dizer o que era e nem o motivo, que perdurou até o dia da reunião. Ao chegar ao centro, cumprimentou aos amigos e pediu que fizessem uma prece para seu amigo desencarnado na hora do contato mediúnico, foi feito e, para espanto seu, durante a oração um espírito se manifestou e perguntou o que estava acontecendo com ele, porque estava em certo local sendo cobrado se seu algoz não estava ali para ser cobrado também, Kleber manteve-se em oração e ainda não achava se tratar do amigo desencarnado, porém ao final da conversa entre o amigo e um irmão que o estava orientando veio a certeza diante de tal comentário: “gostaria de perguntar se posso voltar aqui”? O irmão que o estava orientando disse que se fosse da vontade de Deus ele poderia voltar sempre que quisesse e, quem sabe, para trabalhar na casa. Veio então a surpresa: “gostaria de agradecer ao amigo “pezão” (como ele chamava o amigo encarnado) e deixar um abraço”. Kleber ficou emocionado e começou a chorar calmamente, permanecendo em oração. Terminada a reunião o irmão que havia orientado seu amigo desencarnado, perguntou-lhe: “E ai Kleber, será que era seu amigo”? Sem “pestanejar” Kleber respondeu que não tinha dúvida alguma, até porque nunca havia comentado sobre seu amigo ali na casa e muito menos ele teria, sequer, passado perto dali, e ainda falou seu apelido dado pelo amigo desencarnado. Kleber, ao ir embora, notou que o peso que sentia havia passado de forma total, não sentia mais nada e, a sensação que tinha, era de alivio e bem estar.
Passado isso sua Fé e suas certezas aumentaram ainda mais, até que um dia foi intuído por um irmão espiritual para que escrevesse sempre que possível. Ele, a principio, não entendeu muito bem e achou que se tratava somente de animismo, mas, começou a exercitar sua escrita em qualquer lugar sempre que sentia vontade sem se preocupar com organização, o que não era adequado por se tratar de um trabalho mediúnico ou até mesmo missão para a descoberta de um novo trabalho que se descortinava em sua vida. Cuidado é sempre bem vindo. O tempo passou e as coisas foram acontecendo naturalmente até que Kleber conheceu Arthur, jovem estudante do espiritismo, em uma casa espírita onde estava freqüentando a pouco e os dois fizeram uma amizade somente dentro do centro, pois moravam longe um do outro. Arthur contou-lhe fatos de sua vida que deixaram Kleber interessado em seus relatos, ao ponto de os dois marcarem um encontro para somente conversarem sobre tais fatos. Arthur então lhe contou que, certa vez em uma festa, ele estava bastante animado, tomando suas cervejinhas, dançando, contando piadas e brincando com pessoas quando uma das convidadas da festa sentiu-se mal e caiu no chão desacordada, todos a acudiram e, ao retomar a consciência, começou a falar com voz diferente e um estranho olhar tomou a direção de Arthur desferindo palavras de baixo calão e até mesmo de situações que ele havia vivido. Em principio Arthur ficou nervoso com a situação, pois era um momento de descontração e ele não tinha experiência em lidar com aquele fato que, por vezes, só vivenciara na teoria dos estudos dentro da casa espírita e através das leituras de livros edificantes. A menina continuou desferindo ofensas e não tirava o olhar de Arthur, o que lhe dava ainda mais a certeza de ser com ele aquela conversa desagradável, contudo, pediu que as pessoas se afastassem e levou-a para dentro da casa, com a ajuda dos donos do recinto, onde começaram um diálogo mais próximo e direto. Notava-se tratar de um Espírito desencarnado, porém para isso havia a necessidade de certificar-se do fato para que não corresse o risco de passar ainda mais vergonha, foi quando perguntou ao espírito (?) quem ele era, da seguinte forma: “Meu irmão, você me conhece”? Às gargalhadas e detendo um ódio profundo, o Espírito respondeu-lhe o seguinte: “irmão? você tem coragem de me chamar assim? Fez o que fez comigo e tem a petulância de se aproximar de forma ordinária? Ainda que tenhamos tido uma aproximação sanguínea eu não te dou o direito de me afrontar dessa forma, és um covarde ambicioso e eu vou te destruir, você vai ver.” Arthur não entendia do que se tratava, só imaginava que poderia ser algum obsessor comum, transeunte de locais como festas, ruas... Mas porque ele falou de aproximação sanguínea, questionou a si próprio, para sua surpresa o Espírito lhe relatou coisas de sua infância que até ele havia esquecido, como um tombo de um muro ao tentar pegar pipa na rua onde morava, a partir daí percebeu se tratar de alguém que queria vingança, entretanto, como não possuía experiência e condições psicológicas devido a sua pouca idade e o local também não era o mais adequado, desculpou-se com seus amigos donos da casa e foi embora. Assim que saiu o Espírito não demorou e foi-se também. Na semana seguinte Arthur foi ao centro conversar com o Sr José, pessoa bondosa e que o ouvia e orientava sempre que necessitava de algo, relatou tudo que havia ocorrido e seu desconforto emocional após o fato, o que era até natural devido ao desequilíbrio psicológico causado pelas circunstâncias, foi ai que o Sr José lhe convidou a participar da reunião de desobsessão, reunião essa que Arthur ainda não participava devido aos seus conhecimentos serem acanhados para entender tal trabalho. Ele foi, estava emocionalmente desorientado, certamente pela obsessão que estava sofrendo, mas ao chegar a casa no dia da reunião algo emocionante lhe aconteceu: ao entrar, chegara mais cedo para orar, começou a chorar copiosamente e foi tomado por uma emoção muito grande ao ponto de ter em sua mente um nome bastante falado, o que, de certa forma, o acalmou e deixou-o feliz, mas ele não sabia do que se tratava. O nome era Levir. Ele, a principio, não conhecia nenhum Levir e nem sabia de alguém que se chamasse assim. Passou mais algum tempinho e as pessoas foram chegando para a reunião, Sr José o chamou para sentar-se a mesa e os trabalhos começaram a prece de abertura, feita após a leitura de uma página de um livro de estudos, já deixou uma leve impressão do que vinha a ocorrer na parte principal dos trabalhos. O Espírito que o interpelou na festa se manifestou e disse que não adiantava Arthur cercar-se de ninguém porque ele não o deixaria em paz. Era vingança mesmo! Para que os fatos fossem elucidados o Espírito comunicante foi devidamente orientado, embora não quisesse saber de nada que fosse correto e de bondade, Sr José perguntou de quem se tratava para que pudessem entender o que ele queria, foi quando a resposta veio desafiadora e deseducada, porém Sr José, mesmo sendo uma pessoa educada e do bem, não permitiu que o comunicante crescesse em atitudes e colocou-o em seu lugar para que soubesse do que se tratava, foi quando ele calou-se e passou a ouvir o velho e sábio Sr bondoso, porém firme e astuto. Começou assim, sua oratória: “Vou tratar-lo como quer, não aceitas que lhe chame de irmão porque tens uma revolta trazida de longa data, assim percebo, caso queira relatá-la posso ouvi-lo desde que se comporte como um Espírito desencarnado que está precisando de algum tipo de ajuda, compreendeu? O Espírito comunicante, sempre agressivo, tentou atacar Arthur com palavras ofensivas e palavrões, mas sempre vigiado por Sr José foi controlado, prosseguiu sua comunicação e, mais calmo, quando surpreendeu a todos ao relatar seu sofrimento. Antes de prosseguir, gostaria de relatar um breve resumo da vida de Arthur, breve porque o jovem tinha apenas 24 anos de idade. Seguinte: Arthur, filho de pais trabalhadores e detentores de posses devido à herança de antepassados, nascido em bairro de classe média alta, estudou em bons colégios, falava inglês, fez natação por mais de dez anos, viajou por mais de quatro países, era uma pessoa de muitas dúvidas, tudo que fazia não sabia se iria dar certo, todavia, ao deparar-se com certezas que possuía resolveu buscar conhecimentos no espiritismo devido a visão crítica que em outra religião ele não encontraria, foi ai que encontrou seu caminho. O que ele não sabia é que ali começava uma busca por si mesmo, estava prestes a conhecer situações e coisas novas que, para uma pessoa consumista e materialista, que gostava de mandar em tudo, não imaginava o que lhe aconteceria e muito menos que o ajudaria a ser uma pessoa melhor, mesmo que através do sofrimento que era conseqüência de seus próprios atos passados.
Segundo seus pais, desde cedo Arthur se mostrava “mandão”, não gostava que suas ordens fossem descumpridas, ainda mais quando era acometido de uma dor insuportável oriunda de uma úlcera gástrica. Só elogiava quando entendia que a pessoa gostava dele, porém, havia algo de diferente em sua personalidade, era bom de coração, tinha o hábito de ajudar pessoas que estavam em situações de dificuldade o que parecia ser contraditório, mas eram indícios da preparação que teve no período pré-encarnatório. Vinha de vidas com dívidas ativas, aliás, quem de nós não as tem? Voltando ao Espírito comunicante: “Eu sofri e sofro até hoje, não havia motivos para ele ter feito o que fez, enganar-me durante anos dizendo que gostava de mim e preparar um plano mirabolante para roubar-me os bens, como fez com maestria. Eu era detentora de muitas terras que meus pais haviam deixado, nas quais trabalhei de sol a sol para fazê-las produzir, e isso aconteceu. Éramos produtores de café e gerávamos muitos empregos para famílias desafortunadas, meus pais eram muito bons e ajudavam a muita gente, até que um dia ele faleceu de problemas cardíacos e, minha mãe, como era apaixonada por ele, não agüentou e foi-se também dois anos após. Foi ai que ele se aproximou de mim, pois era meu primo em primeiro grau, seu pai era irmão do meu, e prometeu me ajudar porque as responsabilidades eram muito grandes, muito negócio a ser organizado e foi ai que aceitei, no começo ele foi extremamente atencioso e me mostrava tudo o que fazia, com o passar do tempo, comecei a estranhar que os valores arrecadados com a plantação e venda do café estava cada vez mais baixa. No entanto eu adoeci, fiquei completamente dependente da cama devido às dores de estômago que a cada dia intensificavam-se e ficavam fortíssimas ao ponto de eu não agüentar mais, e vir a falecer. Quando acordei, ainda com dores muito fortes, notei que o local onde estava era de intensa calmaria, porém não entendi o que havia acontecido comigo, cheguei a achar que estava acordando de uma cirurgia e tentei me comunicar com pessoas mas não havia ninguém que pudesse me orientar. Comecei a andar com muita dificuldade até que me deparei com pessoas conversando ao redor de um lindo lago, foi quando perguntei onde estava, para minha surpresa uma dessas pessoas era meu avô materno Levir que havia falecido quando eu tinha 12 anos de idade, e perguntei: “Como pode ser a senhor vovô, se estou com 47 anos de idade e a senhor faleceu quando eu era criança”? Ele, amavelmente respondeu: “Minha amada netinha, estou Feliz em reencontrá-la e a resposta para sua dúvida virá de você mesma”. Aconteceu algo que eu senti de instantâneo: ”Vovô, aquele livro que li sobre vida após a morte tem algo haver com isso”? Ele respondeu, beijando-me a face: “Sim minha filha, não imaginei que entenderia tão rapidamente”.” Você desencarnou”! “Mas não te desesperes porque estás em um lugar bastante agradável, as pessoas que aqui habitam estão nas mesmas circunstâncias que você, precisam se recuperar e seguirem suas vidas”. “De pronto me desesperei e parti em busca de não sei o que, fui em desespero a um lugar que me era familiar guiada pelo meu sofrimento. Era um bairro visinho ao que eu morava, ali estava meu primo Jarbas. Quando eu o vi percebi que suas idéias e intentos haviam triunfado, ele me envenenou aos poucos para ficar com minha herança e ninguém percebeu nada devido aos “cuidados” que teve em colocar, diariamente, porções de veneno em minhas refeições, assim ninguém desconfiaria de nada. Foi o que acabou acontecendo. Descobrindo a trama macabra, passei a odiá-lo de forma mortal e iniciei um processo de obsessão mesmo sem saber o que era e como fazer, tentei bater em sua face e foi ai que notei que a cada tentativa eu não conseguia, porém ele se incomodava com as investidas”. “Fiquei anos a atormentá-lo e, quando notei que podia fazer isso, diante das suas fraquezas e maldades, percebi que ele adoecia a cada dia devido a uma dor de estômago fortíssima e veio a falecer após sete anos de perturbação de minha parte. Quando ele morreu fui tomada por uma espécie de sonolência e perdi totalmente a noção das coisas acordando num lugar asqueroso, levada por pessoas de aparências horrorosas e mal cheirosas que me ensinavam coisas tenebrosas. Não fui maltratada, mas o local era um verdadeiro inferno, logo percebi que tive atenção total devido as minhas intenções que eram de me vingar de meu primo. Mas como fazer isso se não sabia como encontrá-lo? Veio a informação dos detratores ao dizerem-me o seguinte: “Vamos até seu primo, sabemos onde ele está”. Não pensei duas vezes e parti em companhia deles até chegar a um local escuro e de muitos gritos, para minha surpresa vi Jarbas agachado como se estivesse defecando, mas era de dor, seu estômago lhe atormentava através de sensações sofríveis, mas não tive pena alguma e parti para o ataque. Ele não se movia e me dizia coisas horrorosas do tipo: “Você era fraca nos negócios e iria levar tudo a falência, por isso tive que tomar a frente das coisas”. Respondi agressiva: “Mas nada era seu, meus pais deixaram-me os negócios como herança depois de uma vida inteira de trabalho, seu canalha”. A ambição de Jarbas era incontrolável e enquanto encarnado não media esforços para obter coisas. “Continuei a obsediá-lo até que um dia, quando voltei de uma ida a um local de organização de detratores, ele havia sumido e daí não o vi mais. Fui encontrá-lo encarnado como Arthur por informações daqueles que queriam que eu continuasse a maltratá-lo, por isso estou aqui para me vingar”. Mas qual é o seu nome, perguntou o amável Sr José? Respondeu-lhe o Espírito: “Me chamo Josefa”! “Então querida, estás mais aliviada por ter desabafado”? “Confesso que sim Sr José, ainda mais com seu afeto e peço desculpas por ter sido deselegante com uma pessoa tão bondosa”. “Porque não se livra desse sentimento que a atormenta tanto”? “Não percebes que estás fazendo o mal também a si própria”? “Sim, confesso que estou profundamente angustiada e sofrível, até porque são anos de tormenta devido a covardia do Jarbas, hoje Arthur”. Vamos fazer um trato, sugeriu Sr José? Respondeu com certa curiosidade, Josefa: “Que trato”? “Porque não aceitas a ajuda dos amigos que ai estão para que possas ser levada a um lugar abençoado, sem sofrimento e de recuperação”? Antes de ela responder um Espírito pediu passividade, sendo permitido por Sr José: “Quem deseja falar, perguntou amavelmente”: “Deus seja louvado e continue a abençoar a todos nós”. Iniciou o Espírito comunicante: “Chamo-me Levir e sou avô de Josefa e Jarbas, hoje, Arthur”. “Venho para ajudar a ambos e, principalmente a ela, para que desista de se atrasar na senda da evolução, o que aconteceu foi uma história de triste desfecho, porém diante de tais ensinamentos, acredito que ambos já tenham conhecimento suficiente da situação para que tomem atitudes mais elevadas no perdão e, conseqüentemente, sigam seus caminhos sob a orientação de nosso mestre Jesus”. Sr José agradeceu ao irmão desencarnado e disse que ele teria sido importantíssimo e se poderia encaminhar Josefa a um local de atendimento fraterno. Levir respondeu de pronto: “Estou aqui para isso, aliás, venho a tempos tentando orientar a Josefa para que não continuasse em tais investidas, acho que só depende dela”. Josefa tomou a conversa e respondeu: “Querido vovô, acho que estou muito cansada e dolorida de tanto querer vingança, agora entendo que será importante para mim ser levada pelo Sr a algum lugar que possa me cuidar”. ”Repito minha amada neta, estou contigo todo esse tempo para essa finalidade, sendo assim, podemos ir”? Sim, respondeu aliviada e cansada sem deixar de agradecer ao Sr José: “Obrigada meu amigo bondoso, devo-lhe muito”. Sr José, de pronto retrucou: “Não me deve absolutamente nada, essa minha tarefa, meu “pagamento” é vê-la bem”. “Mas antes de partir, gostaria de saber como fica seu sentimento em relação a Arthur”? Ela, como que sem entender a rapidez dos acontecimentos, respondeu somente de forma racional: “Não quero mais me perturbar perturbando a ele, espero que faça algo de bom para pessoas necessitadas para que entenda o que passei”.
Atento a tudo, Arthur chorava de forma verdadeiramente jubilosa e prometeu a Deus, em oração, que quando saísse dali pediria aos seus pais que lhe doasse em vida parte da herança a que tem direito, pois iria reverter em ajuda a crianças portadoras de câncer e abandonadas pelos pais. Para sua surpresa, antes de partir, Josefa, lendo seus pensamentos, falou com ele: “Acho que todo sofrimento pelo qual passamos serviu e dará frutos, sua atitude e louvável. Siga em frente”. Saídos da reunião aliviados, todos os envolvidos ouviram de Arthur: “Chegou a hora de eu começar meu trabalho: “Servir ao próximo”. Passados seis anos, Arthur veio a desencarnar devido a úlcera no estômago e seus pais deram continuidade ao trabalho que ele havia iniciado construindo uma casa de caridade, intitulada:
“Casa de Arthur”.
Mas, diante dos fatos ocorridos e da certeza que todos tinham sobre a importância de se livrarem do sentimento de vingança, o que faria Kleber a partir de então? Talvez ele também tivesse algo a colaborar e os pais de Arthur pudessem colaborar.


Iran Damasceno

quarta-feira, 25 de março de 2015

"O Reencontro É Inevitável"




 "Se não terminamos o que iniciamos nesta vida, certamente que pelas leis de causa e efeito e do amor, retornaremos, juntos ou separados, para resgatarmos e seguirmos em busca da evolução". 

Iran.



Em mais um momento de tristeza para os encarnados, que é a “morte”, fui acompanhar o sepultamento de um corpo, onde, durante 47 anos, habitou-o João Cabral.
Trata-se de um homem rude, nascido no Rio de Janeiro, que logo cedo, ainda na infância, optou por obter as coisas de forma fácil como roupas, brinquedos, tênis e tudo o mais. Só não dava importância às coisas importantes da vida como os valores morais e, o que não atentava, é que sua mãe não tinha condições de propiciar tudo àquilo que ele queria, sendo assim, partiu cedo para as ruas para tentar consegui-las. Começou a roubar. Ainda na adolescência, por volta dos seus 12 anos de idade, interessou-se por armas, pois o que mais via no morro onde morava, era a violência. Seu primeiro contato com uma delas foi quando após uma “pelada” no campinho da comunidade viu um traficante se aproximar, ao perceber seu interesse e sagacidade, o mesmo ofereceu-lhe determinado valor para que ele soltasse fogos sempre que a policia entrasse na comunidade, ficou eufórico, pois via ali, em uma só oportunidade, as situações que almejava: Ganhar dinheiro fácil e estar junto àqueles a quem ele “admirava”, juntamente com a possibilidade de usar as armas do trafico. Teve êxito. Logo estaria atuando como “soldado”, recebeu uma arma e a confiança do chefe, que se chamava Rafael, devido a sua dedicação e valentia. Passou a ter o “respeito” dos outros e a inveja de alguns, o que gerava um clima ainda pior do que o já existente. Seu primeiro teste foi trocar tiros com a policia numa das investidas da corporação objetivando a repressão a entorpecentes e, logo na entrada dos mesmos, conseguiu alvejar mortalmente um policial.
Bem, a partir daí, passei a acompanhá-lo em sua trajetória de vida e, confesso, por mais que já estivesse em trabalho de auxilio a encarnados durante longos anos, confesso que fiquei estarrecido com tamanha maldade e crueldade por parte daquele rapaz, não que eu esteja julgando-o, pois meu coração estava com sentimentos de compaixão, tanto por ele, quanto por aqueles a quem ele prejudicava e, consequentemente, a ele mesmo. Ele cresceu e à medida que ganhava experiência em seus intentos, percebia que poderia ir mais longe. E foi. Como havia ganhado reconhecimento de seu grupo e causado inveja em alguns, logo teve que se livrar dos que lhe ofereciam certo perigo. Começou a assassinar e mostrar isso a comunidade para impor respeito, ainda que de forma cruel, o que lhe causa mais comprometimento com aqueles a quem assassinava, bem como com as leis de divinas e naturais. O tempo passou e ele foi ficando mais velho, como é natural no mundo da violência e ou em qualquer situação da vida onde não haja respeito e as coisas são sempre passageiras e pueris, ele passou a não ser tão interessante para as pessoas e para os comparsas devido a sua conduta violenta e cruel, o que causava desconfiança no grupo. Num certo dia, quando a policia invadiu o morro, mais uma vez, após uma denuncia anônima, levando todo o faturamento da semana, João ficou extremamente revoltado, pois não teria o lucro desejado e assim ficou sem a parte do que ganhava do seu “superior” Rafael. Não pensou de outra forma, a não ser a de assassinar o traficante chefe, aquele que o teria recrutado para o trafico, esperou anoitecer e, de forma covarde, desferiu oito tiros em sua cabeça. Pensou que dali em diante ele seria respeitado, ou melhor, temido pelo grupo que o seguia. Ledo engano, ficou mais evidente e visível a ira dos invejosos e a desconfiança dos que estavam há mais tempo com o chefe assassinado por ele. Percebendo que não havia mais espaço no grupo e nem na favela, tentou fugir sorrateiramente sem êxito, pois foi pego pelos comparsas, agora rivais, e levado a um local de extermínio onde foi barbaramente assassinado.
Portanto, esse é o desfecho da história de um ser iludido com as coisas materiais e pueris da vida e também do mundo do crime, terminou aqui, no plano físico, porém terá inicio na dimensão espiritual uma longa trajetória. Estando eu em tarefa de aprendizagem no mundo astral, me foi permitido continuar no caso João Cabral só que agora em tarefa extremamente árdua, a de encontrá-lo e tentar orientá-lo em suas novas provas. Vale lembrar que a situação estava mais difícil devido ao grande número de inimigos que ele adquiriu quando em vida corpórea, o que se agravara ainda mais na atual situação. Partimos então, Antônia e eu, para o cemitério no qual o corpo de João seria sepultado, ao chegarmos lá verifiquei a dor de sua mãe e de alguns parentes que, apesar de reconhecerem a vida difícil que levou João, os mesmos sofriam por ele e por não terem conseguido retirá-lo de tal situação. Aplicamos passes em sua mãe e seguimos para o enterro dos restos mortais. Estávamos em oração e prontos, Antônia e eu, para agirmos diante das dificuldades que iríamos encontrar, notamos que ao redor do sepultamento haviam vários Espíritos desencarnados com extrema revolta, sujos, mal cheirosos e com marcas da violência recebida em vida que acabam refletindo em seus respectivos perispíritos, devido à falta de informação e conhecimentos sobre a vida espiritual. Um deles falava alto e em bom tom que não adiantaria João se demorar no corpo porque eles tinham todo tempo do mundo, o que me causou espanto por achar que se tratava de Espíritos sem conhecimento da vida fora da matéria, mas fui orientado por Antônia que possuía bem mais conhecimento que eu. Disse ela: "Flávio, esse espírito que você vê ai em oratória com extrema veemência não é um dos que foram assassinados por João nesta encarnação, mas prejudicado em outra, antes da última. Ele está em demora em tal situação devido a não aceitação do que lhe ocorreu, causado por João, e por desconhecer a importância do perdão. Ao longo de décadas, de tanto transitar por caminhos tortuosos e conhecer Espíritos com a mesma intenção, porém, muitos bem mais instruídos que ele adquiriu conhecimentos sobre o processo de desencarne e por isso aguardava João com certa “paciência”, movida pelo seu ódio". Algumas semanas se passaram e notamos que João tinha total dificuldade de desprender-se do corpo, pois tamanha era sua animalidade mental e o sofrimento só se agravava. Chegou o momento do desenlace, João, ainda em torpor devido às contundências da violência física que sofreu, viu-se fora do corpo e, sem entender quase nada, saiu a caminhar como um louco pela rua, inclusive temendo ser atropelado. Procurou saber onde estava, mas não havia como organizar as ações devido à falta de conhecimento e ai começou as perseguições. Ao parar para tentar entender o que ocorria, deparou-se com seres extraordinariamente maldosos e sedentos de vingança, que logo o pegaram e o levaram para um local de condições precárias e de sofrimento intenso e, sem qualquer piedade, aplicaram-lhe castigos como os que eram aplicados em períodos medievais. Seu sofrimento tornou-se insuportável, ele queria morrer, mas não adiantava esse sentimento, pois a morte era a única coisa que não existia para ele naquele momento, já que sua Fé era nenhuma, viveu uma vida de ilusão e maldade sem se preocupar com o porvir. Ele então, sem alternativa, questionou as ações imputadas contra si e perguntou quem eram aquelas pessoas. Um dos mais revoltados e ávidos por vingança identificou-se como “o carrasco”. João não entendeu e argumentou: “sei que matei muita gente, mas matei para me defender, e vocês, quem são”? O carrasco respondeu: “sou aquele que te observou matar todos eles e te aguarda aqui do outro lado a muitas e muitas décadas”. Argumentou mais uma vez, João: “Como assim há muitas décadas”?”E o que quer dizer do outro lado”? “Onde estou”? Respondeu então o espírito vingativo:“Me chamo Nicodemos, lembra desse nome”? “você deve estar enganado, pegou o cara errado, nunca conheci nenhum Nicodemos, continuando João”. ”E vocês ai atrás, quem são”?”estão juntos na covardia”? Os que estavam somente vibrando com as surras sucessivas que eram aplicadas em João, aguardavam seu momento para fazerem o mesmo, todavia, pronunciaram-se para se identificar e contar quem eram, bem como dar a noticia a João sobre sua morte. “E ai vacilão, quero ver tua valentia e covardia agora, vai tentar matar alguém”? “Quanta grana tu vai ganhar agora”?João ainda não entendia o que se passava, foi ai que perguntou sobre uma colocação de Nicodemos que havia passado sem resposta. “Que lugar e esse”? ”É algum morro que eu não conheço”? Nicodemos então respondeu: “Idiota, que morro nada, você está do outro lado da vida”. ”tu morreste”! De pronto João gargalhou de nervoso, e questionou: “morto”? ”tu ta brincando, se to morto como é que to falando contigo”? Nicodemos, sempre a frente das respostas, respondeu: “Tu passastes tanto tempo matando e roubando que não se deu conta que um dia ia chegar tua hora. E ela chegou. só ta faltando uma coisa pra te dizer, e eu vou falar agora”:” Eu sou aquele a quem causastes sofrimento após assassinares toda a família, depois de roubar tudo que eu tinha, casa, animais, ferramentas e o pior, matou minhas filhas depois de estuprá-las. só eu sobrevivi porque pulei no rio e desmaiei, quando acordei e voltei pra casa, vi que todos estavam mortos”.“A dor foi muito grande, vivi anos sem alegria e com sofrimento na alma, até que um dia conheci uma mulher que me falou que quando a gente morre não acaba. ”Confesso que fiquei com aquilo na cabeça o resto da vida, sendo que em alguns momentos cheguei a ler livros sobre espiritismo que falavam sobre vida após a morte. Ajudaram-me, mas a dor era muito grande, até que adoeci e morri de derrame cerebral”. João interrompeu e questionou: ”Mas eu nunca te vi na vida, como é que eu posso ter feito isso contigo”?Respondeu Nicodemos: “tu não sabes nem que morreu nessa vida como é que vai lembrar-se da outra”? “O que te posso dizer é que as maldades que tu fazias continuaram nessa agora, nasceu com as mesmas maldades e vontade de fazer os outros sofrerem. Passei anos sem saber onde tu estavas só descobri porque teus crimes ficaram muito falados e resolvi saber quem era esse tal de João Cabral, ai foi que te reconheci por causa da maneira que tu tens de matar e porque tinham outros a fim de te pegar como eu”. João voltou a falar: “Mas eu não me lembro de você e não aceito essa cobrança, é tudo mentira tua e eu não to nada morto”. ”Ah, não ta não”? ”Então tenta falar com tua mãe seu otário”, falou Marcelo que aguardava sua vez para agredi-lo, pois teria sido assassinado por João de forma cruel. ”Vamos parar de conversa fiada e dar logo um jeito de fazer esse otário sofrer, ele ta com muita marra”. Nicodemos intercedeu, dizendo: “Eu só pensava que iria ter mais raiva do que to sentindo, esse canalha merece muito sofrer, mas não vou perder mais meu tempo com ele, vou deixar pra vocês porque já imagino o que vão fazer com ele. Quero seguir meu caminho”. Foi ai que os Espíritos que estavam sedentos por vingança entraram em ação fazendo coisas pavorosas. João começou a perceber o que era sofrimento e gritava para que parassem, pois não aguentava mais. Atento a tudo isso questionei a Antônia: "Irmã, o que será de João daqui por diante"? Continuei: E do NicodemosFlávio, o João esta entregue a própria sorte, pois é muito difícil ajudar a quem não quer ajuda, seus pedidos de clemência são apenas para não o maltratarem tanto. Quanto ao Nicodemos, vejo grandes possibilidades de regeneração devido aos poucos, porém oportunos conhecimentos adquiridos durante sua última trajetória carnal percebo nele alguma vontade de mudança até porque já está a algum tempo em busca de vingança, o que causou-lhe um certo desgaste. A saudade da família também o está consumindo, entretanto de nada adianta ele se entregar aos sentimentos de ódio porque isso só ira atrasá-lo em sua caminhada. E quanto a nós, vamos parar por aqui, perguntou Flávio? Não, respondeu Antônia, vamos acompanhar o desfecho do caso de João Cabral e, dependendo do que consigamos, logo precisaremos ajudar ao Nicodemos. Então vamos ao João.
Ao nos aproximarmos dos algozes de João, fizemos questão de nos deixarmos notar, o que é difícil para Espíritos em tais condições, tamanho o grau de animalidade mental, como o já dissemos. Marcelo logo nos notou porque era o mais revoltado e queria a vingança a qualquer custo, percebendo nossa presença perguntou quem éramos nós e ameaçou-nos se não saíssemos rapidamente. Respondemos que estávamos ali para estudar o caso de João, o qual estava completamente inconsciente devido à violência dos castigos recebidos. Dissemos que estávamos também querendo ajudá-los para que suas situações não se agravassem mais do que estava, os marginais nos ironizaram dizendo: “ta brincando o casalzinho de branco, pior do que esta não pode nunca ficar só queremos acabar com a raça desse vacilão.”Continuou Marcelo a frente das ações, demonstrando nítida liderança do grupo: “sai fora se não eu vou pegar vocês também”. Logo em seguida ele veio em nossa direção com a intenção de nos agredir, foi ai que mentalizamos nossas defesas e, quando ele se aproximou, levou uma espécie de choque que o deixou atordoado ao ponto de cair no chão, ao se levantar, questionou:“Quem são vocês”?”Que poder é esse”? E logo em seguida correram como se estivessem correndo da policia, deixando pra trás o desmaiado João. Foi ai que entramos em ação levando-o para um hospital perto da crosta terrestre. Ao chegarmos lá, deixamos João em boas mãos com nossos irmãos e partimos ao encontro de Nicodemos. Não foi difícil encontrá-lo, pois o mesmo havia dado algumas dicas pelas suas lamentações. Ele gostava de assistir a algumas palestras em um centro espírita próximo a favela onde morava João, ao entrarmos em contato com nossos irmãos de lá, disseram-nos que ele havia chegado e, pelo fato de estar cansado, deitou-se do lado de fora e adormeceu. Chegamos e logo aplicamos um passe para que ele continuasse dormindo e o levamos para uma colônia de recuperação. Bem, querido Flávio, disse Antônia, nossa missão por hora acabou, vamos voltar a nossa colônia e relatarmos aos nossos superiores o que realizamos e aguardarmos novas orientações. Flávio, feliz por ter podido ajudar a irmãos em total desorientação, perguntou pela última vez, antes de partir: Querida Antônia, podemos visitá-los logo assim que tivermos tempo hábil? Surpreendentemente respondeu-lhe Antônia: Flávio, você está apenas começando seu trabalho no caso João e Nicodemos, a partir de agora serás responsável pela recuperação de ambos e, quem sabe, até de auxiliar na preparação do processo de reencarne de ambos como irmãos, em suas próximas vidas na terra. Flávio sorriu de alegria em saber que iria ajudá-los e agradeceu a Deus pela graça. Passado algum tempo, Antônia chamou Flávio para ambos terem uma conversa e tentarem chegar a alguma conclusão sobre o caso de João e Nicodemos.Querido Flávio, acho que está na hora de visitarmos a João e Nicodemos, você não acha? Flávio respondeu com os olhos brilhantes de alegria: É claro que acho minha Irmã. Diga, por onde podemos começar? Antônia, num rápido olhar para o intimo de Flávio, pensou por alguns instantes e replicou: Por você. Ele não entendeu e logo em seguida perguntou: Por mim? Mas o assunto não é sobre os irmãos a quem estamos atendendo? Antônia foi categórica em dizer: Não podemos ajudá-los sem antes ajudar a você, meu querido companheiro de tarefas e irmão em Deus. Então, perguntou Flávio? Meu irmão, disse Antônia, tenho notado que durante todo esse tempo em que estamos juntos tentando ajudar a esses irmãos tão desorientados moralmente falando, que estas bastante interessado em ajudá-los, não que eu duvide da sua capacidade de amar ao próximo, pelo contrario, estas aqui por esse motivo. Como que num lampejo de idéias e emoções Flavio despertou para algo que não havia pensado. Sua quase fixação no caso, diferentemente de outros tantos que já havia trabalhado com Antônia. Lembra-se quando Nicodemos, ao falar de suas filhas, você se emocionou bastante, perguntou Antônia? Lembro-me e não consigo tirá-lo de meus pensamentos desde então, comentou Flávio. Então, para que possamos nos aproximar novamente de ambos, se faz necessário seu equilíbrio emocional, ponderou Antônia. O diálogo ficou por ai e ambos partiram para o local de orações na colônia em que eles vivem e trabalham. Após a oração ambos foram chamados pelo irmão que supervisionava os trabalhos, chamado Benedito, que os orientou da seguinte forma:Queridos, sei que estão se dedicando ao Máximo no caso de João e Nicodemos, porém vale lembrar que a ajuda maior será dada no momento certo, pois entendo que agora seria melhor que ambos buscassem a sala de estudos e entrassem na tela para reverem alguns aspectos dos procedimentos tomados por ambos quando nas observações da narrativa de Nicodemos, lembram-se? Flávio, aflito, perguntou: Meu irmão, porque ao ouvir as narrativas de Nicodemos eu me emocionei de tal forma que não prestei a atenção no que dizes? Ai está o porquê de minhas orientações quanto ao fato, entendo que para ajudá-los, antes precisa estar em equilíbrio e atento a tudo, do contrário podes por tudo a perder. Espero que me tenha feito entender. Claro que sim querido Benedito. Então, vão e busquem as informações necessárias para que possam continuar os trabalhos que estão desenvolvendo brilhantemente. Deus abençoe a todos nós. Assim seja, responderam Flávio e Antônia. Logo em seguida partiram para a sala de estudos onde reviram por varias vezes, de forma minuciosa, os momentos da narrativa de Nicodemos. Flávio, em tal momento, emocionou-se novamente, perguntando em seguida a Antônia: Irmã, porque cada vez que assisto as cenas me identifico mais com Nicodemos e não com as meninas suas filhas, por exemplo? E outra: Quando ele relata o fato de João ter estuprado e assassinado suas filhas, confesso que na hora fiquei com a sensação de revolta e até mesmo ao ponto de sentir algo que não sinto. Raiva!Porque seria isso, Antônia?Preocupada mas satisfeita com os primeiros resultados do trabalho na sala de projeção, respondeu ela, de forma contundente: Você já se preocupou em saber sobre algumas de suas passagens em outras vidas? O que realizou? Com quem viveu? Sim, já tive inclusive algumas informações sobre algumas delas. Os casos em que trabalhou, qual deles mais lhe causaram certa impaciência em defini-lo? Flávio respondeu rapidamente: Sem dúvida alguma que o de João e Nicodemos. Mas, porque me perguntou isso Antônia? É pelo simples fato de você não ter prestado a atenção ao caso de estar tanto tempo nessa história; Não questionar quem são os personagens e porque eles se entrelaçam num emaranhado de situações aterrorizantes. Pois então me fale, Irmã. Você descobrirá por si próprio, respondeu Antônia. Quando, perguntou Flávio? Agora mesmo, vamos até o local onde está Nicodemos e saberemos a verdade. Vamos até lá, e os detalhes serão passados na hora certa. Enquanto viajavam no aeróbus durante um tempo considerável, Flávio era só preocupação e, ao perceber isso, Antônia, pegando em sua Mão, comentou: Querido, já estivestes em casos de extrema dificuldade, portanto não será agora que irás se abater com mais esse, não é mesmo? Flávio respondeu de forma contundente, como se já adivinhasse o que viria pela frente: Concordo com você Antônia, sei que estou diante de uma prova bastante dolorosa para mim, pois agora atentei ao fato de estar tão envolvido no caso como nunca estive em nenhum outro. Então relaxe e medite enquanto viajamos.Foi o que Flávio fez, orou bastante e refletiu sobre os acontecimentos. Chegamos, informou-lhe Antônia. Mas que lugar é esse, perguntou Flávio, não foi aqui que deixamos Nicodemos da última vez? Respondeu Antônia, rapidamente: É verdade, ele se transferiu para Ca, pois precisava dos serviços que aqui oferecem e também sabe que estamos para encontrá-lo. É mesmo, perguntou espantado, o ansioso Flávio? Vamos entrar. Ao entrarem foram recebidos pelos Irmãos Regina e Gustavo, Médica e Psicólogo, respectivamente, os quais receberam-nos com todo carinho.Como vão queridos, fizeram boa viajem? Muito boa, respondeu Antônia com o balançar de cabeça de Flávio, que se limitou a ficar calado. Foram convidados a entrarem em uma sala e, ao chegarem, viram-se frente a frente com Nicodemos que lhes sorriu amavelmente. Flávio não se conteve e, pois-se a chorar. Abraçado por Nicodemos teve uma espécie de sentimento fraternal e ambos choraram juntos. Flávio, ao refazer-se, questionou o porquê daquilo e foi prontamente respondido pelos irmãos Regina e Gustavo: Querido e amado irmão, não poderia ser diferente em caso de reencontro após longa data, pois quando pessoas que se amam se reencontram, sempre há esse tipo de sentimento você não acha, perguntou Gustavo? Como assim, perguntou também o assustado e confuso Flávio? Pessoas que se amam e se reencontram? Mas eu só estive com Nicodemos algumas vezes e não faz tanto tempo, não é mesmo, questionou o já desconfiado Flávio? Antônia entrou na conversa e finalmente proferiu as palavras necessárias para que Flávio entendesse: Olhe nos olhos de Nicodemos Flávio, e veja se não o reconhece. Pense no momento em que se emocionou quando ele relatou seu sofrimento quando na morte de suas filhas. Sem deixar mais que Flávio falasse alguma palavra sequer, Antônia revelou: Vamos abraçar nosso pai querido, meu irmão. Flávio teve um choro convulsivo e,sem que ninguém esperasse, abraçou Nicodemos e Antônia de forma conjunta dizendo: Obrigado, oh Deus, eu sabia que não era por acaso que eu precisava estar neste caso. Mas e você Antônia, era minha Irmã amada, que sofreu todos aqueles momentos comigo e não me falou nada. Respondeu Antônia sem pestanejar: Não se tratava de contar e sim de descobrirmos com nossos corações e, a melhor forma que Deus entendeu que deveríamos descortinar a verdade era nos reencontrarmos e trabalharmos juntos.
Nicodemos disse que ao partir naquele momento em que desistiu de se vingar de João, foi justamente pelo fato de querer encontrar suas filhas tão amadas e que a vingança não resolveria nada, apenas o afastaria ainda mais dos seus intentos.
Graças a Deus estamos juntos, falou Antônia, mas agora existe outro momento no qual precisamos nos concentrar Flávio, questionou Antônia: Precisamos ir ao encontro de João. E nossa tarefa, você se lembra? Claro que sim. Vamos então. Nicodemos perguntou a eles: queridos filhos, eu poderia ir com vocês? Para alegria de ambos, responderam juntamente: Claro que sim papai, somos ou não somos uma família unida?

Deram gargalhadas e partiram para a nova tarefa, felizes da vida.

Iran Damasceno.

sexta-feira, 20 de março de 2015

"Somos Um País De Aleijados"





Como estão as coisas no Brasil de ninguém? Será que agora, diante da crise tão esperada e aceita, as coisas boas irão acontecer? O que mais nos falta? Tsunami? Terremotos? Terrorismo? Vamos aguardar e lutar, pois somente nos resta sobreviver...


Olá, leitor!


O "giro" agora é pelos cantos do Brasil para sabermos se estamos atentos ao que está acontecendo e assim reagirmos. O que mais te causou espanto, indignação, admiração...?

DILMA ASSINA "MP" (medida provisória) DA RENEGOCIAÇÃO DAS DÍVIDAS DOS CLUBES DE FUTEBOL





É, os tempos são esses mesmos e temos que tentar sair da inércia educacional de forma tosca, por vezes. No "país do futebol", para buscarmos o desenvolvimento, temos que criar MPs para cobrarmos aos clubes as dívidas criadas devido as más administrações e ações corruptíveis, Mas, como já dizia o ilustre professor de História Leandro Karnal, "somos um país corrupto e a origem está na corrupção do seu povo". Pois é, basta saber se essas medidas surtirão efeito, haja vista que no país da impunidade só vai preso quem não paga pensão alimentícia (até porque os senhores feudais do poder atual somente nos dão manga com leite) e assim, como ficam as regras do jogo? Vejamos o que o governo nos colocou como medida, objetivando receber as dívidas dos clubes.

Os clubes terão de:
- publicar demonstrações contábeis padronizadas e auditadas por empresas independentes
- pagar em dia todas as contribuições previdenciárias, trabalhistas e contratuais, incluindo direito de imagem
- gastar no máximo 70% da receita bruta com o futebol profissional
- manter investimento mínimo e permanente nas categorias de base e no futebol feminino
- não realizar antecipações de receitas previstas para mandatos posteriores, a não ser em situações específicas
- adotar cronograma progressivo dos déficits que deverão ser zerados a partir de 2021
- respeitar todas as regras de transparência previstas no art. 18 da Lei Pelé.
Contrapartida:
- as dívidas deverão ser pagas de 2% a 6% nos primeiros 36 meses e saudadas de 120 meses a 240 meses
Sanções:
- Os clubes que desrespeitarem as regras poderão ser rebaixados de divisão
- Todos os que praticarem gestão temerária serão responsabilizados
(Fonte G1)
Pra entendermos melhor, eu questiono: O que são AÇÕES TEMERÁRIAS? Como isso poderá determinar punição e como punir aos que ROUBAREM e administrarem mal os clubes? Rebaixamento? Se o clube cair e subir no ano seguinte?

É, como sempre, nada fica claro e ainda permaneceremos na inércia educacional e assim o Brasil vai caminhando com as "pernas fracas"...



O MINISTRO QUE SURTOU, APONTANDO OS ACHACADORES




O ministro (agora ex) da educação Cid Gomes, ao falar na câmara e "atirar" para todos lados, é demitido. Mas, estão dizendo que ele surtou e falou o que queria. Ele disse que estava diante de "achacadores" e isso causou um mau-estar ainda pior entre governo e câmara, haja vista que a convivência não é boa há muito tempo. Notemos que as reações foram diferentes se mencionarmos a presidente Dilma e o chefe da casa civil, Aloísio Mercadante, pois a "dona da recessão" alegou se tratar de um ato pontual, entretanto o "pau mandado do Lula" e chefe mor da "casa falida civil", entendeu que Cid arrebentou com tudo. E você, com quem fica? Vale lembrar que ele pode ter errado politicamente, porém falou a mais pura verdade ao "elogiar" aos digníssimos deputados de achacadores. Muito consideraram elogio mesmo, viram?


GUGU LIBERATO SE SUPEROU





O termo não poderia ser outro: Gugu Liberato se superou! A superação a qual eu me refiro é justamente aquela que vai ao encontro do TOSCO, APELATIVO E DE DESPREPARO, tudo em busca da audiência. Uma pessoa que possui em sua essência a arte de ser "bonzinho" e de alegrar a sua plateia com dancinhas de pintinhos amarelinhos ousou em entrevistar dois psicopatas, um em grau elevado e outro em andamento... com a Suzane Richthofen foi algo pra lá de caótico e desmedido, pois entrevistar alguém que matou os pais, foi ao motel e chorou no velório, dando a entender que está preocupada com a sua saída da cadeia, falando a todo momento na primeira pessoa (EU) e, sequer, citou o pai, ele desceu demais em termos de coerência e falta de astúcia para fazer tal entrevista. Já com o Bruno ele segue a sua derrocada de péssimas entrevistas ao tratar o cara como se o mesmo fosse, realmente, inocente. Ele dá ao assassino todas as chances de responder as perguntas que, em sua maioria, já vinham com as respostas incutidas, sendo assim, ficamos com mais um programa torpe, cheio de incompetência e desleixo com a moral e os valores reais da vida.

SOFRÍVEL.

É, enquanto isso, vamos pagando o preço alto de um país que vê em copa do mudo e olimpíada corrompidas, uma maneira de crescermos e desenvolvermos.

Iran Damasceno. 

domingo, 15 de março de 2015

"O Bêbado E A Máquina do Tempo"




"Ademar", ao despertar da bebedeira, após horas no soro, passou a questionar o médico e assim entendeu que estava sonhando, contando a sua realidade. O médico saiu pra beber "umas"... Iran.



Já passava da 00h00 e Ademar não parava de beber, portanto as pessoas iam embora da festa que ele havia proporcionado e assim começou a perceber que precisava parar e sentar-se. Ele o fez e, como todo "bêbado que se prese", adormeceu e enveredou pelo sono dos deprimidos e anarquistas de si mesmos. As pessoas que restavam na festa tentaram acordá-lo mas, sem sucesso. Uma catucada daqui, uma chamada de lá e, nada de Ademar acordar... mais tarde e diante da paciência dos que ainda o aturavam, ele dava repentes de despertar, e falava algo: "Quem é este senhor de vestido longo que está mandando matar em nome de Deus"? "Quem são aquelas pessoas sendo queimadas nas fogueiras"? "Por que os livros sendo queimados nas fogueiras, em praça pública"? Os poucos amigos ali presentes riam e diziam que ele estava mal mesmo e que a "cachaça" o estava deixando doido. Ele continuava, após pausas de minutos: "Isso que estão fazendo com aquelas pessoas negras é maldade, não consigo assistir a tanta brutalidade e chicotadas em suas costas". "Por qual motivo fazem isso"? As risadas dos que ali estavam já não eram tão constantes e irônicas. Ele voltou ao sonho: "Esse homem colocando milhões de pessoas em câmaras de gás... crianças, adultos, velhos, como pode"? "Tirem esses aviões do ar, pois eles jogam bombas nas casas das pessoas". "Não deixem que ele aperte o gatilho". "Ele está escrevendo um bilhete, dizendo que entrará para a história do seu país". As pessoas começavam a achar que ele havia bebido demais e que poderia ter enlouquecido mas, o embriagado "contador de histórias", permanecia questionando: "Ele morreu mesmo"? "Mas ele poderia entrar para a história do seu país se assumisse a presidência". "Quem é esse tal de Sarney"? "Ah.... que maravilha esse lugar, aqui as pessoas sonham acordadas tomando suas bebidinhas e sambando à vontade... esse morro é legal e aquela voz daquele negão ali é genial". "Ele ficava bravo quando diziam que era puxador de samba". hahaha... após longa gargalhada Ademar acordou e perguntou sobre o que estavam fazendo ao seu redor, recebendo como resposta de um de seus acompanhantes de porre que ele havia sonhado em voz alta e, diante de um salto quase olímpico do banco, respondeu que quem estava sonhando eram eles e que apenas cochilou para dar uma revisitada no FUTURO DO BRASIL.

Todos ficaram perplexos com aquela cachaça que Ademar havia bebido, pois até tempo ele estava errando, porém ele, astutamente e debochadamente, soltou um sorriso de canto de boca e disse que essa cachaça que ele havia tomado era para não ter que ver o fim, acordado.

Iran Damasceno.

sexta-feira, 13 de março de 2015

"Manifestações Fedendo A Carnaval"




"Está quase impossível entender o que é esse "ódio" ao qual os defensores do atual e quase eterno poder, se referem. Seria odiar pelo fato de estarmos cansados de tantos desmandos e impunidade aos corruptos ou teremos que retornar ao passado e exumar corpos para prendermos os iniciantes da corrupção? Está difícil, pelo menos pra mim". Iran.




Olá, leitor!

Está quase impossível escrever sobre outros assuntos que não sejam políticas e problemas sociais aqui em meu blog, pois diante do quadro atual de inconformidade e desconforto pelo qual estamos passando, certamente que, na condição de cidadão atento e ativo, eu não poderia me trair de forma passiva, portanto, vem mais coisas por aí e assim vamos opinando, reportando e escrevendo de forma simples e crítica (sim e sempre...), objetivando alarmarmos a ausência de lutas coerentes e inteligentes para nos livrarmos da classe política marginal, instalada e aceita em nosso quase falido Brasil.


"CARNAVAL EM MARÇO"






VERGONHA e "ódio" devem aumentar:


A que ponto chegou a desordem e corrupção na política brasileira. Não temos, definitivamente, como acreditar e não criticar VEEMENTEMENTE essa corja de bandidos instalados e donos do poder. As atitudes do ex-presidente da "estuprada" Petrobras, Sergio Gabrielli, sobre o qual caem suspeitas elevadíssimas, deu um "show" de atrocidades ontem (12/03/2015) e assim, diante de uma cara de pau, comum aos impunes bandidos, só teve repudio verdadeiro e sério (sem circo e ironias) da deputada Larissa Garotinho. Quanto as manifestações e ao pedido de Impeachment? Mais uma PALHAÇADA barata de uma gente que quer apenas carnavalizar assuntos sérios, pois não há nada organizado e, para pedirmos o afastamento da presidente, teríamos que ter provas sobre o seu comportamento indevido (?) à frente da administração do país, de forma contundente. Isso iria para a câmara e lá analisado por parte dos deputados, todavia como muitos estão comprometidos com a corrupção, não daria em nada. Se estamos tentando ter como parâmetro o caso Collor é impulso perdido, pois ali foi algo pitoresco e na época ele só caiu, mesmo renunciando, porque não deu a "merenda" (comentários da época, na linguagem de gíria) a quem deveria e na quantidade devida, tanto é que hoje ele está, aprovado pelos seus eleitores, abraçando aos que votaram pelo seu afastamento. "Casa da mãe Joana" e prostíbulo político, aquele local. É só observarmos o quadro político atual. Impeachment hoje? Não acredito mesmo...
Mas, para não ser um incrédulo em relação aos "blocos de carnaval" que desfilarão hoje e domingo (15/03/2015) pelo país, com suas alegorias representando a "liberdade" de um povo da corrupção da classe política e empresarial, vejo que a nota será das piores e o rebaixamento certo, entretanto e aos poucos, estamos despertando do primitivismo e aprendendo a arredondar a pedra, objetivando entrarmos na era moderna.

Esse o país que só tem corrupção, impunidade, carnaval, futebol, belezas naturais e parte de um povo extremamente imbecilizado em sonhos pueris.

Iran Damasceno.

quinta-feira, 12 de março de 2015

"Brasil, Aqui E Agora"




Olá, leitor!

Vamos dar uma passeada por alguns assuntos do cotidiano político brasileiro e assim podermos raciocinar de maneira mais "tranquila e livre", objetivando formarmos opinião.



NUNCA IMAGINEI CHEGAR A ESSE PONTO, E DIZER:

"Estamos sem saída, politicamente falando".

O cenário político e social do país é CAÓTICO, porém a mansidão e submissão do povo nos permite ficarmos estacionados e assim regredindo quanto a tudo que está nos matando. Reparemos: No Rio a VIOLÊNCIA está fora de controle e a polícia "enxugando gelo" (atua sozinha, de acordo com o secretário Mariano Beltrame); A saúde está de mal a pior e as pessoas ficando até DOIS ANOS para fazerem um exame que tem que ser feito em menos de um mês; As escolas, universidades estaduais e federais paradas; As obras para um evento passageiro (olimpíada) parando a cidade e o governo orientando o cidadão para que o mesmo ande de transporte público mas, onde ele está? Pois é, paremos por aqui devido a infinita lista de problemas, porém agora vem a dúvida: O que os DEPUTADOS estão fazendo? Sabemos? COMENDO parte do bolo que é dividido pela corrupção deles mesmos e em parceria com grande parte do empresariado, que está, também, achatando o cidadão em corrupção e desrespeito. Ninguém toma atitude, tanto é que pelo Brasil a fora estamos vendo situações esdrúxulas quanto aos assuntos em pauta. Vejamos:
São Paulo -> O Estado está parando com assaltos e enchentes e o prefeito aprovando lei para animais andarem em transporte público;
Rio -> Violência, falta de saúde, transporte público caótico... e os deputados tramando em favor de empresas privadas (Oi, Odebrecht, empresas de ônibus...), objetivando ganharem sua grana de forma desonesta;
Maranhão -> O Estado da família Sarney está, como desde sempre, sem organização e mais parece uma ROÇA, pois lá o índice de analfabetismo cresceu 28% em 2014, 56% das pessoas não possuem carteira de habilitação, os hospitais tem o maior índice de mortalidade...
Brasília -> Lá mesmo, o Estado que abriga a maior quantidade de ladrões do país, está com as contas no vermelho por causa da administração fraudulenta do Agnelo Queirós, que está gozando com a grana do povo, assim como faz o Governo Federal.
Querem mais? Não dá, pois acabariam os caracteres do Facebook.




A ATUAL MODA NO BRASIL

O que está "bombando" nas redes sociais:

Quem é contra o PT é analfabeto político e elite, sendo assim, vou estudar em Cuba e "trabalhar" na Venezuela. Rsrs.. É pra isso que serve a democracia na América Latina, ou seja, embrutecer e anarquizar as mentes eleitoreiras e profissionais que tanto se beneficiam da ignorância e assim criam falácias e ilações megalomaníacas, partindo para o combate de ideias e ideologias e tendo como pano de fundo o extravasar das neuroses mais antigas e frustradas, diante de atos de corrupção pessoal, aviltante.
Volta Friedrich Nietzsche, por favor...


AS VÁRIAS FACES DO MESMO BRASIL FEUDAL, PROVINCIANO E INQUISITIVO



POLÍTICA E FUTEBOL: 

"Os únicos segmentos da sociedade onde qualquer um trabalha".

Vale lembrar que o currículo desse rapaz é TODO amparado por cargos de confiança, ou seja, qualquer um poderia estar lá. Estranho ele estar ali, justamente agora. 

Trajetória profissional e política:

Filho de Luiz Toffoli e Sebastiana Seixas Dias Toffoli, graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1986 - 1990).
Trabalhou como advogado em São Paulo, de março de 1991 a julho de 1995. Nesse período, foi consultor jurídico do Departamento Nacional dos Trabalhadores Rurais da Central Única dos Trabalhadores (1993 - 1994). Em 1994, foi assessor parlamentar na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.
Em 1994 e 1995 prestou concurso para juiz substituto do Estado de São Paulo mas foi reprovado nas duas vezes.
Entre 1995 e 2000 foi assessor jurídico da liderança do Partido dos Trabalhadores, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Toffoli em 2008.
Foi advogado do PT nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1998, 2002 e 2006.
De 1996 a 2002, foi professor de Direito Constitucional e Direito de Família na Faculdade de Direito do Centro de Ensino Unificado de Brasília (UNICEUB).
Foi chefe de Gabinete da Secretaria de Implementação das Subprefeituras do Município de São Paulo em 2001. De março de 2001 a dezembro de 2002, atuou como sócio do Escritório Toffoli & Telesca Advogados Associados S/C.
De janeiro de 2003 a julho de 2005, exerceu o cargo de subchefe da área de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, durante a gestão de José Dirceu. Foi exonerado pela ministra Dilma Roussef, a pedido.
De agosto de 2005 a fevereiro de 2007, foi sócio do Escritório Toffoli & Rangel Advogados. Em março de 2007, foi nomeado como Advogado–Geral da União, função que exerceu até outubro de 2009.
Tornou-se ministro do Supremo Tribunal Federal em 23 de outubro de 2009.
(Fonte - Wikipédia)
... assim estamos...

Iran Damasceno.

terça-feira, 10 de março de 2015

"Tratar O Corpo, A Alma Ou Os Dois"?




"A plenitude da consciência é algo ainda distante de imaginarmos, todavia os caminhos encurtados para iniciarmos a verdadeira aproximação das "cavernas do inconsciente", esses são diversos e somente nos basta sermos coerentes e assertivos quanto ao trajeto". Iran.



Olá, leitor!

Como seria a vida se tivéssemos que andar por aí sem a possibilidade da comunicação direta e automática? Se tivéssemos que operar o corpo humano ou animal sem a anestesia? Se precisássemos viajar ao Japão, por exemplo, no "lombo" de um animal? Simples de responder, não? Seria o caos e estaríamos estacionados em desenvolvimento e crescimento. Mas, o que as áreas que tratam da psiquê humana vem fazendo ao longo dos séculos, quanto aos problemas de ordem psicológica? Será que tratando o corpo estaremos atingindo os nossos objetivos? Vale pensar...
Uns são adeptos das drogas para tratarmos os males que, quase sempre, diante de um mundo em desencontro e automatizado no materialismo, não estão na carne, mas sim na alma. A Psiquiatria nos adverte que os tratamentos a base de remédios são suficientes, a Psicologia vai pelos caminhos das orientações quanto aos sentimentos, sensações, problemas aparentes e, finalmente a Psicanálise, envereda pelos campos das cavernas do inconsciente e assim entende que certas patologias não tem cura. Isso nos basta? Se os caminhos da inteligência (Espírito) são esses talvez fique difícil de tratarmos qualquer problema e assim vamos marcar passos em busca do que, ainda nos tempos atuais, chamamos de MISTÉRIOS. Temos sim pesquisadores que já comprovaram, diante das pesquisas materiais, que o corpo é um depositário transitório da inteligência e por isso estamos sem saber o que pode ser feito para que possamos "curar" as doenças tidas como incuráveis (?)
Pois é, aí está a questão: DIVERGÊNCIA. Quando Freud iniciou sua clínica os tempos eram outros e a psiquê humana não imaginava que iria se deparar com essa gama de estímulos externos e, como a mesma não trata da alma, por entender que a vida termina com o corpo, logicamente que daria nisso.(visão particular) Eu também não sei se a cura de certas doenças psíquicas seria possível, principalmente com as drogas, todavia entendo que o acompanhamento orientado poderia ser uma forma de tentarmos "trazer o ser" para uma nova realidade, ainda que haja resistência. Somos muito materialistas e por isso as ciências (?) várias, por vezes, não obtém resultados, daí essa "briga" de remédios, tratamentos, concepções...



Vamos rever os caminhos que estamos trilhando, pelo menos tentar, ou veremos milhões de pessoas sofrendo e morrendo de forma ignorada? Cabe a cada um rever e seguir como melhor entender.

Iran Damasceno.