"TODO NEGÓCIO É A CARA DO DONO. SE SUA ACADEMIA ESTÁ DANDO ERRADO EM ATENDIMENTO, POR EXEMPLO, TENHO UMA TRISTE NOTÍCIA PRA VOCÊ: A CULPA É SUA, PROPRIETÁRIO".
Olá, leitor querido!
Desde o "surgimento" do Marketing, de maneira mais observável, lá pelos idos da revolução industrial, temos notado que as coisas mudaram, e muito, diante de um mundo novo e isso se deu, vertiginosamente, após a segunda guerra mundial quando os chamados MERCADÓLOGOS sustentavam técnicas ingênuas mas que mostravam que vender e vencer a concorrência, era o caminho. Fechamos um ciclo importante e abrimos outro, perigoso por sinal, mas chegamos ao estágio atual onde o capitalismo é quase tido como uma "doença" devido a concorrência, como disse, estar bastante acirrada, portanto devemos atentar que o que mais está surtindo efeito na batalha das empresas que vendem produtos e serviços é, além do preço, da qualidade e da comodidade, o ATENDIMENTO. Mas, como toda mudança trás conturbações não seria diferente no segmento do Fitness que, a cada ano, cresce assustadoramente em todo mundo e isso tem causado um certo desconforto e até mesmo perda de clientes e, consequentemente, de dinheiro.
O Marketing é algo extremamente curioso porque ele atua sobre tendências, além de criá-las (alguns torcem o nariz pra essa afirmativa) e por isso eu devo dizer que essas mesmas tendências são nada mais do que observações do comportamento do indivíduo em sociedade, daí a necessidade de caminharmos com as áreas humanas como a Sociologia, Psicologia e a Psicanálise, por exemplo, ainda mais num meio onde os narcísicos estão em "polvorosa". Quem mais sente os abalos com as transformações mercadológicas são as academias de pequeno e médio porte. Porque, você deve estar se perguntando. É claro, nítido e notório: Falta de TREINAMENTO! Mas, tem outro aspecto fundamental: Quem é ou quem são seus proprietários?
Muito se fala em bom espaço, máquinas de última geração, preços aceitáveis, professores e professoras "bonitos e saradões", ar condicionado... e por aí vai. Entretanto, esquecemos, quase sempre em academias pequenas, do ATENDIMENTO e RELACIONAMENTO com o cliente. Obviamente que os aspectos de comodidade que citamos antes são de suma importância, todavia não podemos esquecer que estamos na era da CORRERIA, do TER e das INSATISFAÇÕES (consequência uma da outra) e por isso cabe as academias entenderem que o mercado e a cabeça das pessoas fervem e naquele momento em que o cliente busca a academia, devemos saber que ele não está somente a procura do corpo perfeito, mas sim de um "consultório de análise" para ser ouvido, reclamar, transferir problemas e culpas, namorar, azarar a mulher do próximo... sendo assim, sabendo que não teremos psicanalistas no recinto, devemos atentar ao fato de que a empresa tem que propiciar treinamento aos seus funcionários em geral e aí todos, diante das suas personalidades, à serem respeitadas, devem "falar a mesma linguagem" em termos de atenção e profissionalismo, até porque não estamos vendendo cerveja e apenas tendo o trabalho de abrir garrafas, estamos lidando com vários aspectos humanos e isso é sério. Bem, como o Marketing é originário das experiências do dia a dia, vamos relatar alguns fatos que, para mim, são contundentes e jamais deveriam acontecer.
Caso 1: "O proprietário que se achava"
Arrogância, prepotência e achismos em relação ao cliente e seus profissionais fizeram com que um dono de academia realizasse reuniões quase que mensalmente sem sequer dizer o porque e, diante desses adjetivos desqualificantes, não davam em nada e jamais fez com que o "dito cujo" entendesse que treinamento é importante principalmente para ele, objetivando que o mesmo não entregasse, por exemplo, um cargo de coordenação a pessoas que sequer tinham a capacidade da verbalização. Ou seja, virou o "samba do crioulo doido" e ele só está "na crista da onda" pelo fato das academias que deveriam ser as suas concorrentes, são piores ainda em termos de administração. Moral da história: Ele se tornou o "dono do pedaço". Até quando?
Caso 2: "A atendente arrogante"
A cliente foi reclamar com a atendente, pela segunda vez, a respeito dos atrasos do professor e, a mesma, em momento de desvario, respondeu, de cara dura, que ele tinha outro trabalho e que ela deveria entender. Meu Deus, livrai-me desse "crime" de relacionamento. Pior: Quando o cliente foi embora a atendente falou, para outras pessoas que estavam próximas, ou seja, clientes também, que a cliente era chata. Sem comentários. Observação: Ela não é a culpada, apenas não foi treinada e não é a pessoa adequada para atuar em atendimento e relacionamento com o cliente. Nota "0" para o proprietário!
Caso 3: "O professor garanhão"
É super importante a boa aparência, porém devemos lembrar que nem todas as mulheres e homens que estão na academia vão pra lá para traírem os seus maridos e mulheres (?) e isso é algo contundente quando vemos a atenção ser redobrada nas "gostosinhas" e siliconadas, enquanto aquelas tidas como "barangas" e os gordinhos (linguagem utilizada nas academias pelos narcísicos, principalmente) ficam em segundo plano e até mesmo invisíveis. Muito comum, viu? Onde está a estratégia do posicionamento e visualização que o profissional de salão de musculação, por exemplo, tem que ter? Aliás, quantos são treinados para isso?
Pra fechar a observação eu gostaria de informar que atendimento em academia é algo de CRUCIAL IMPORTÂNCIA e que os proprietários tem que estar atentos a este fato, treinando seus funcionários em todas as funções, ou seja, do serviços gerais ao diretor. Na próxima eu retorno com algumas técnicas de atendimento em academias e de como alavancar os negócios, mesmo em tempos de concorrência pesada.
Até lá, rapaziada sarada.
Iran Damasceno.