segunda-feira, 31 de março de 2014

"A Religião É O Caminho"?


"Educar a criança para que não percamos o adulto é algo extremamente religioso aos olhos das religiões, todavia o que pensamos nós, os que enveredam pelos caminhos das ciências e filosofias"? Iran.


Olá, leitor!

Se estamos na condição de MINERAL teremos que "esperar" até que a matéria se modifique; acontecendo isso vamos ao VEGETAL nos movimentar de maneira mais livre; passada essa outra fase estaremos próximos à libertação, na condição ANIMAL e, a partir de então, a inteligência se faz e nos movimentamos na condição HOMINAL. Isso é um milagre da vida, somente? NÃO! É CIÊNCIA e conquista, também. Mas, se estamos diante de uma conquista, com o auxílio do COSMO, devemos entender que ela é algo que vem de alguém e isso deve ser encarado como uma vitória porque vem, mais uma vez, através de esforços e meritórias ações, ainda que lentamente e com agruras em planos como o terrestre. A FILOSOFIA, por incrível que possa parecer, ainda hoje não é bem entendida pelas classes sociais diversas pois a mesma é tratada como algo fictício, quando na verdade foi através dela que as tantas outras ciências surgiram mas, diante de uma sociedade tão capitalizada, exageradamente religiosa e deturpada, por vezes, e em busca do TER, o que nos faz retornar aos idos primitivos quanto a essência do ser, acabamos marchando no mesmo local. 
Temos visto as consequências dos atos humanos nas mais diversas formas de violências e desatinos conceptivos, trazendo dor e infortúnios bloqueando assim os processos evolutivos, basta observarmos os assassinatos, estupros, abortos, guerras e castrações de culturas atrasadas, valorizações exageradas do dinheiro e do poder, corrupções vorazes e mortais... mas, o que fazemos? Será que somente estudarmos os livros sagrados (?) que nos deixaram de herança, que por vezes são literaturas cheias de enxertos inquisitivos e razões deturpadas de épocas em que ainda éramos mais "soldados de chumbo" que hoje, resolverão? Eu lembro que ainda fazemos questão de não discutirmos pelo fato de entendermos se tratar de algo RELIGIOSO. A ciência somente caminhará de forma proveitosa quando o homem realmente investir na mesma de maneira humanizada e preocupado com o bem comum e não para beneficiar algumas nações, separando assim de qualquer outro caminho divino que tanto as religiões falam e acabam se desgastando. O Nordeste aqui no Brasil é um exemplo de EXCESSO de religiosidade e falta de HUMANIDADE, pois entram e saem governos federais, estaduais, municipais... e ninguém olha por esse povo tão sofrido e carente de atenção, aspecto esse que poderia ser o tão debatido PÃO que atribuíram ao discurso do grande mestre Jesus e assim a situação fica estacionada, ao ponto de realizarmos eventos de grande porte, gastando horrores de dinheiro, mas que não tiramos 10% dos gastos para atendermos a transposição do Rio São Francisco, por exemplo. Isso é religião? Quantos congressistas ditos religiosos estão e estiveram lá e a coisa não andou? Será religião essa enfadonha mania de sermos assistencialistas? Até quando ficaremos dando pratos de comida para o irmão que está na rua, sem um teto pra morar? Irmãos esses que poderiam ter esse teto e a sua dignidade se não fossemos tão "religiosos" ao ponto de gastarmos mais de R$ 400 bilhões (ano) em corrupção, mas não somos religiosos ao ponto de sairmos às ruas para exigirmos uma mudança de rumo, mudança essa que já deveria ter acontecido se saíssemos dos templos religiosos e fossemos à luta em busca da salvação de nós mesmos. Sinceramente e como "filósofo" falido, não consigo ver a religião atual como tábua de salvação diante dessa omissão e regalias financeiras dos ditos "homens de "deus", até porque as ações de salvação e o pão da fome podem estar nos embates divergentes quanto a uma mudança nos conceitos religiosos e assim criarmos, quem sabe, conceitos mais atuais e modernos condizentes com as movimentações sociais e dos indivíduos. Me da a impressão de estarmos, todos os segmentos religiosos, esperando o "retorno" de Jesus, trazendo salvação e ou a espera, também, de outras obras básicas, parte II. Será que não é a falta de ação e de tomada de decisões, amparadas nas mensagens coerentes que tanto aguardamos, que estão nos tornando mais "mimados" pela espiritualidade? Filosofar não é ser fanfarrão mas sim partir em busca da discussão saudável e coerente em direção aos postulados verdadeiros da vida, que está nos aguardando para poder agir de forma natural, pois do contrário as ciências verdadeiras ficarão emperradas e aí o desenvolvimento ficará, como para muitos, nas mãos de poucos por sermos, ainda hoje, necessitados de "santos" e ou "espíritos" missionários. Ok, deixemos que eles venham e nos ajudem, até porque precisamos, mas se ficarmos nessa inércia religiosa e acharmos que somente basta educarmos os nossos filhos para que eles não enveredem pelos caminhos nefastos das agruras da maldade, corremos o risco de estacionarmos de maneira demorada como nos tempos áureos das inquisições, períodos medievais recrudescentes, deturpações religiosas em épocas de surgimentos de vários "cristos", de aliciarmos e estuprarmos as criancinhas alegando serem os "mestres" e "doutos" os únicos que podem fazer isso.

Acordemos e façamos o teste das ações poderosas quanto as criações próprias, alicerçadas nos conhecimentos CIENTÍFICOS, FILOSÓFICOS E RELIGIOSOS. Esse, talvez, o caminho, até porque já testamos vários outros modelos de ações e nenhuma deu certo, ainda que tenham contribuído, porém elas sempre foram impostas por alguém ou por segmentos falidos, como estão se tornando as religiões. ???

Iran Damasceno.  

sexta-feira, 28 de março de 2014

"Promoção No Hortifrúti"


"Quando abrimos mão dos valores reais e enveredamos no caminho rápido da incoerência do ter, certamente que a falência está por vir". Iran.



Olá, leitor!

Nossos problemas estão quase resolvidos. É só aguardarmos a copa e as eleições de 2014. É, mas vamos acordar pra conversar, ok? Imediatismos e fanfarronices tem sido algo corriqueiro em nossa sociedade, todavia o que ainda não atentamos é para o fato de que estamos à beira da falência social e moral, devido aos desvarios de uma multidão de loucos pelo TER e degradados morais que somente pensam no hoje. Verdadeiros covardes e ignorantes da última hora, pois se fossem mais atentos, menos egoístas e ambiciosos poderiam dar um destino melhor ao nosso país. Mas, como dizem alguns menos "pessimistas" e crentes: "Tudo está sob controle". Será?
Quando falamos sobre os valores reais da vida estamos nos referindo ao que constrói e as bases do surgimento do ser, que são nada menos que os abençoados sacrifícios sociais que quase ninguém quer, pois achamos que jogando o lixo na rua porque temos garis, por exemplo, a coisa irá funcionar, até porque é mais rápido, não? Outro aspecto da vida de relação que tanto deveria incomodar é a EMANCIPAÇÃO da mulher após séculos de aprisionamento e desvalorização, mas o que está sob o jugo da incoerência são as atitudes de uma certa classe (?) delas por entenderem que a liberação geral é sinônimo de conquista, ledo engano e estamos diante de uma verdadeira carnificina feminina e as mesmas, quando tomadas de atitudes "liberais", nomeando-se como verdadeiras "saladas de frutas", onde servem de banquetes para que os homens sequiosos e famintos dos seus serviços abundantes de sexualidade e sensualidade, se fartem e continuem a usá-las como meros objetos de consumo erótico. O pior é ver que a própria mulher, dominada pelos "porres" de anomalia objetal e sexualizada aos extremos, se acham por cima da onda e assim vão usando os seus corpos e as suas leviandades de maneira a deformarem até a alma de uma consciência distraída, fugindo cada vez mais dos sonhos realizáveis e caindo nas garras das utopias. Ela mesma é favorável aos descabidos sentimentos mais pueris e famigerados de sexo sem qualquer compromisso, aquele que somente está na carne e diante dos gozos efêmeros que nada constroem, fazendo que a sociedade, instituição essa feita pra dar certo, seja cada dia mais enxertada de seres que já nascem com corpos e atitudes com tempo de validade igual ao de um iogurte. A família não precisaria ser algo de extrema atenção por parte dos seus constituintes, porém ela é a célula de uma sociedade gigante e que está cada vez mais deformada e adoecida em seu DNA, que são justamente os mandantes dos crimes de sexualidade exacerbada. A mãe, por vezes, ao dar a luz já teve relações diversas e perniciosas com tanta gente que, por vezes, sequer sabe quem é o pai da prole por causa dos passeios pelas "feiras e hortifrútis" da vida nos quais elas somente são identificadas após serem mordidas para saberem se podem ou não serem consumidas. Triste fim de uma geração feminina que poderia dar certo e retomar um passado recente de aprisionamentos através das glórias santificantes da autovalorização, mas querem, por causa das atitudes infames e até mesmo infantis, enveredar pelos caminhos da perversão nojenta de um ser que sequer se respeita e dificilmente respeitará ao seu semelhante. Saímos da era onde esse tipo de mulher era considerada "galinha" mas caímos num "sacolão" onde as frutas são apertadas e, quase sempre, só são levadas por causa dos preços populares.


É uma pena ter que ver esse tipo de mulher apenas através das suas bundas e assim matarmos a nossa fome de maneira a abandonarmos as "dietas valorosas" de uma vida mais contemplativa no bem e respeito ao corpo.

Iran Damasceno. 

segunda-feira, 17 de março de 2014

"Era Só Mais Um Silva"...


"O sangue que derramamos do maior exemplo que por aqui passou, certamente que não foi o suficiente e ainda derramaremos muito mais até ficarmos anêmicos de tanta dor". Iran.


Contundente;

Sempre que pensamos em dor achamos que somos os únicos na intensidade e quantidade, todavia esquecemos, diante dos nossos egoísmos infames, que ao lado pode estar o que se cala mas que sofre tanto quanto e até mais. Assim foi com mais "um Silva". O que queremos para a vida futura? O dinheiro e o poder serão a salvação do mundo? Onde está o calor humano, a preocupação com o outro e com o amanhã? Será que estamos lançando no mercado industrial automobilístico uma nova espécie de "biga"? Se for, essa é "moderna" porque não é arrastada por cavalos, até porque os equinos estão na direção hidráulica dos veículos que nos levam pela estrada sem fim e que nos mostrará, assim que o combustível acabar, a dor que é empurrar as nossas próprias iniquidades e desaforos morais para com a vida humana. Na Roma antiga os detratores e cruéis assassinos eram os generais que ficavam em seus castelos suntuosos e imponentes, enquanto a plebe ficava nas arenas sendo devorados pelos leões famintos de carne humana e assim a vida seguia seu curso, porém o que não pensamos é que essas atitudes seriam passadas às próximas gerações através do "DNA dos inconscientes humanos", aquele que transfere, de maneira exata e até mesmo mais fiel que a original, ações desumanas e que lançam "gentes" com requinte de crueldade e apenas não assassinam mais alimentando os leões, mas que "asfixiam de fome" e de ausência de liberdade de pensamento quando lhes dão "bolsas famílias" em troca de uma "entrada" para assistirem aos shows de horrores de uma sociedade cretina e desumana, com ausência de um teto para aquecer os corpos mortos de dignidade e que morrem em vida...
Uma sociedade não pode ser alicerçada em pontos desiguais e desumanos, ela tem que ter as suas bases na dignidade humana e fiel aos conceitos de progresso moral e intelectual para que possamos transpassar a fase de recrudescimento e destruição da própria alma, o que terá, certamente, um preço muito alto a ser pago. Os arrastados de hoje certamente que podem ser os que arrastaram ontem, todavia não se constrói nada dando o troco de maneira desleal, até porque o infrator tem em sua conta, os débitos das ações devedoras e a vida, em sua bondade e dignidade, faz com que o meliante de si mesmo, lembre-se do que deve e pague por conta própria. Não há cobrança vingativa como fazemos com o vil metal, o que existe é a cobrança do inconsciente e, se assim entendermos, as dores serão bem menores e menos intensas para que possamos pagar os débitos mais antigos e redentores, pois o que as sociedades, que foram feitas para funcionar, não devem é transformar as suas metas em vinganças pueris e ordinárias quando maltratam seus participantes e construtores, também, jogando-os aos leões da atualidade. O que fazer para melhorarmos as ações de ordem e moralidade? Nova construção? Pra reconstruir temos que demolir, não?

Vamos salvar os cavalos que carregam as bigas e arrebentarmos as cordas que os sustentam para que o mundo novo seja descoberto, de uma vez por todas, e assim salvemos aos desregrados desse chão.

Iran Damasceno. 

domingo, 16 de março de 2014

"CADA UM SABE A DOR E A DELÍCIA DE SER O QUE É"



"Não me venha falar da malícia de toda mulher, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". (Gal Costa)


Olá, leitor!

Que o ser humano tem o seu lado ilusório disso ninguém tem dúvidas, entretanto aceitar isso é que se trata de algo difícil. Diante dessa aceitação ou não, sabemos que temos grandes doses de hipocrisia e portanto acabamos nos escondendo das verdades e, a partir de então, criamos um mundo de fantasias para amortizarmos nossas dores e frustrações. Quem não gostaria de viver num mundo de glamour? Todos nós, porém o que as vezes não atentamos é para o fato de que acabamos endeusando aos que são seres humanos como nós mas, por estarem, por vezes, num patamar elevado quanto aos aspectos sociais, econômicos e de visibilidade, acabamos não percebendo que são mortais como nós. 
Embora eu não assista a TV aberta hoje tive que me render, como faço para obter informações, assisti a entrevista do querido Carlos Alberto de Nóbrega no programa da Eliana, ambos colegas de SBT, e acabei me emocionando. Mas, como bom "advogado do diabo" e cidadão comum, não pude deixar de perceber algumas coisas que concordei e outras que discordei. Vamos lá: Chamou-me a atenção seu relato quanto a ele dizer que não sabe perdoar, pois sempre o vi como um homem extremamente carinhoso e muito família mas, após ele relatar momentos da sua vida, percebi se tratar de alguém como nós que sofre e sente dores na alma. Seu relato em relação a morte dos seus pais, sendo ele filho único, embora ambos tenham morrido quando ele já havia completado seus quarenta anos de idade, me fez pensar que estaríamos diante de uma pessoa carente e por isso expandiu a sua família e, talvez por isso, tenha se casado por várias vezes e sempre externar isso de público, o que eu, diferentemente dele, não vejo necessidade. Outro momento muito legal foi quando ele respondeu a pergunta da Eliana quanto ao que disse a atriz Susana Vieira, que entende que homem velho (idade avançada) com mulher nova não dá certo. Ele "quicou" mas respondeu tranquilamente e respeitando a atriz, porém vale lembrar que tudo é relativo mas que eu, enquanto ser comum e diante de uma sociedade tão radical, cheia de padrões e hipócrita, também vejo que não dá certo, dentro desses mesmos padrões, ainda mais em um mundo extremamente NARCÍSICO e voltado para os poderes da carne. Eu concordo com a Susana e ela sabe disso porque ESCOLHEU viver com homens mais jovens, desde há muito tempo, deixando aberta a relação justamente por saber disso. Fato! O único momento que eu não entendi (mas aceito) foi o fato dele não falar sobre o que houve com os artistas e seus ex - colegas de emissora, Gorete (Ooooooooooooo, coitado) e com o Batoré (ah para, homi), pois já que ele é tão aberto e expansivo com intimidades suas poderia ter nos dito o que aconteceu para que não ficássemos pensando o que quisermos. Vimos como somos até mesmo contraditórios? Somos capazes de relatarmos coisas particulares quanto a certos assuntos e quanto a outros, não.
Estamos falando de um artista competente e pessoa do bem, todavia devemos entender que mesmo sendo pessoa famosa, estar na televisão, ser milionário mesmo assim temos "cavernas" no inconsciente que jamais penetramos. 

"Todo mundo é parecido quando sente dor" (Frejat)

Iran Damasceno.


sexta-feira, 14 de março de 2014

"Raízes Do Racismo Em Nós"


"Os movimentos perniciosos quanto aos preconceitos raciais terão seu fim e a partir de então seremos mais humanos, na carne, e Espíritos mais evoluídos. Aliás, tal entendimento será o potencializador da chegada a condição de Espírito mais adiantado". Iran.


Olá, leitor!

Todo tema que podemos considerar TABU é sempre complicado de dissertarmos, entretanto cada um vê e entende a sua maneira e a partir daí nasce a luz na mente de quem se interessa em ajudar a entender e aprender. Quando falamos sobre RACISMO sempre nos vem a mente as cenas tenebrosas da era da escravidão onde pessoas, pelo simples fato de possuírem a pele escura, eram tratados de forma cruel e desumana e levadas a morte através de uma vida vivida nos maus tratos e covardias. Degeneração da espécie humana mas, diante das luzes edificantes das ciências do espiritismo, certamente que sabemos se tratar de situações de todos os espíritos encarnados, expiando suas agruras pretéritas. Disso não temos dúvidas. 
Os irmãos de cor negra passaram por etapas bastante cruéis na história recente da humanidade, como disse, todavia e conhecedores das leis de causa e efeito, certamente que algo há de "justificativa" para tanto sofrimento. E há, não? Não entraremos no assunto com exatidão até porque as certezas nesse campo são sempre muito difíceis de serem encontradas, mas sabemos, diante das explicações pontuais da doutrina da libertação, que todo sofrimento, ainda mais os sociais e de vulto universal, tem a sua causa lá no passado. As desigualdades sociais e as relações étnicas tem como seus detratores a essência política e econômica, gerando poder, e aí começamos a nos maltratar de maneira vil, porém devemos entender, os mais atentos, que as leis naturais que regem o universo nos banham com a sua "espada da justiça" implacável e diante dela nenhum de nós escapa, pois o sofredor de hoje, certamente que foi o que fez sofrer outrora. 

A mentalidade racista produziu, na história da humanidade, situações extremadas de discriminação racial, como a escravidão dos negros africanos, considerada pelo Espiritismo como sendo contrária à Natureza, “pois assemelha o homem ao bruto e o degrada moral e fisicamente”. (Eugenio Lara)

(Eugenio Lara, arquiteto e design gráfico, é redator e produtor gráfico do jornal de cultura espírita Abertura, membro fundador do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita (CPDoc) e do Instituto Cultural Kardecista de Santos. Trabalho concluído em 1994, apresentado no Centro de Pesquisa e Documentação Espírita (CPDoc) e no II Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, de 1991).

Na Inglaterra, por exemplo, ainda nos tempos atuais muitos adeptos do neo-espiritualismo não aceitam a reencarnação, diante dos seus corações endurecidos no preconceito, por não quererem entender que podem ter sido um desses mesmos negros, índios... e pessoas abastadas pelas precárias condições econômicas e sociais, e aí se movimentam espalhando tal visão e comportamento negativos para expressarem-se diante do seu semelhante. Existe sim a possibilidade de termos, nós negros, cometido infrações de ordem moral e intelectual contra os nossos semelhantes em épocas distantes e aí, banhados nas leis de causa e efeito, certamente que remontamos (através das "vontades" inconscientes no arrependimento) essas mesmas convivências, com personagens diferentes apenas para aprendermos uns com os outros e podermos extirpar essa doença, que é a discriminação. Como se sentiria uma pessoa de concepção racista, encarnada na condição de "negro"? A partir daí já começaria a justiça divina, agindo em prol do nosso melhoramento e jamais "castigando" (ficção), objetivando os estímulos redentores para a nossa evolução e extirpando desse mal que tanto nos atrasa.

“205. Segundo certas pessoas, a doutrina da reencarnação parece destruir os laços de família, fazendo-os remontar às existências anteriores.
 Ela os amplia, em vez de destruí-los. Baseando-se o parentesco em afeições anteriores, os laços que unem os membros de uma mesma família são menos precários. A reencarnação amplia os deveres de fraternidade, pois no vosso vizinho ou no vosso criado pode encontrar-se um Espírito que foi de vosso sangue.
 205-a. Ela diminui, entretanto, a importância que alguns atribuem à filiação, porque se pode ter tido como pai um Espírito que pertencia a uma outra raça, ou que tivesse vivido em condição bem diversa?
 É verdade, mas essa importância se baseia no orgulho. O que a maioria honra nos antepassados são os títulos, a classe, a fortuna. Este coraria de haver tido como avô um sapateiro honesto, e se vangloria de descender de um gentil-homem debochado. Mas digam ou façam o que quiserem, não impedirão que as coisas sejam como são, porque Deus não regulou as leis da Natureza pela vossa vaidade.”

Negro ou branco na pele, somos todos iguais em essência e advindos do mesmo criador, portanto só nos cabe amar e juntar, jamais separar.

Iran Damasceno.

quinta-feira, 13 de março de 2014

"Robson Pinheiro E As Verdades Ocultas"


"A verdade, desde os tempos mais longínquos, sempre foi combatida pelos céticos e infames e ainda hoje podemos ver a mesma ser deteriorada para que o espaço deixado sirva à esses mesmos detratores da vida real, na tentativa de se instalarem eternamente. Mas, os tempos são chegados e a VERDADE está vencendo as trevas da mentira por parte daqueles que estão perdendo a chance de se regenerarem, indo então para mundos ainda menos elevados que a gloriosa Terra". Iran.


Olá, leitor!

Hoje estou usando o espaço do meu humilde blog para falar, mais uma vez, do trabalho belíssimo desenvolvido pelo médium Robson Pinheiro. Muitos que militam no movimento espírita são contrários as suas obras e até tentam denegrir a sua imagem, talvez por preconceito mas, pelo que tenho visto e pesquisado, é, também, por ignorância. Sugiro aos amigos leitores que leiam e analisem bem as suas respostas nessa entrevista que busquei na Revista Cristã de Espiritismo. 

Boa leitura!

Iran Damasceno.


Escrito por Manoel Fernandes Neto   
Por que alguns irmãos do movimento espírita classificam seu trabalho de umbandista e não doutrinário? Você pode comentar esta questão?
Robson Pinheiro - Primeiramente, é preciso esclarecer queumbandista não se opõe a doutrinário, se entendermos doutrináriocomo atinente ao espiritismo. Afinal, um trabalho pode ser coerente com a doutrina de umbanda, e não com a doutrina espírita.
No meu caso, entretanto, não conheço acerca de doutrina de umbanda, nem tampouco qualquer linha de meus livros versam sobre esse tema. Ou seja, nem eu conheço o assunto nem os espíritos que escrevem através de mim abordam doutrina umbandista.
Afinal, sou espírita, minha formação é espírita e o compromisso meu e dos espíritos que me dirigem é com o espiritismo. E aí a questão proposta esbarra em algo maior, para o qual devo me alongar a fim de procurar ser mais claro.
Ocorre que, para a certa surpresa de Allan Kardec, muitos de seus adeptos acabaram por delimitar assuntos para o debate ou o olhar espírita, baseando-se em uma perspectiva estreita e, com isso, separando temas e abordagens em compartimentos estanques — doutrinário ouantidoutrinário —, à medida que se desenvolvia o movimento espírita. Imagine, um homem que foi porta-voz de uma revelação que, segundo ele, pretendia contribuir para o esclarecimento dequalquer religião, sem constituir necessariamente uma religião à parte!
Como esse homem poderia ser um purista, alguém que não desejasse versar sobre quaisquer temas por meio da ótica espírita, das lentes e ferramentas que o espiritismo oferece?
Essa é a leitura que faço da atitude kardequiana, que perpassa todos os seus escritos. Repare a obra de sua autoria chamada Catálogo racional para se fundar uma biblioteca espírita, que a Madras Espírita traduziu pela primeira vez, na época do saudoso Eduardo Carvalho, e a FEB hoje publica na coletânea de opúsculos denominada O espiritismo em sua mais simples expressão. Naquele Catálogo, Kardec inclui uma categoria inteiramente dedicada aos livros “produzidos fora do espiritismo”, bem como outra destinada às obras contrárias à doutrina nascente. Em minha opinião, isso denota o interesse por todos os temas, a certeza de que o debate espírita não precisaria se restringir a este ou aquele tema, mas ampliar-se o máximo possível.
O que quero dizer com tudo isso é que livros meus como Tambores de Angola ou Aruandaefetivamente falam de temas ligados às doutrinas religiosas de caráter mediúnico e com forte expressão da cultura do negro e do indígena (umbanda, candomblé etc.), mas jamais enfocam seu aspecto doutrinário. Não é seu objetivo nem minha pretensão. Procuram tão-somente demonstrar como o trabalho ocorre nesses meios tanto para promover um exercício de fraternidade — mostrando que não é só o jeito espírita a única forma de fazer — quanto para destacar que, por razões históricas e culturais que transcendem aspectos doutrinários, figuras como o preto-velho, o caboclo e o exu fazem parte da realidade brasileira, quer o espírita goste ou não.
Afinal, por que razão não haveriam de povoar o panorama espiritual do Brasil os espíritos que aqui viveram e morreram? E, estando aqui, só podem contribuir nesta ou naquela religião? Ora, se o espírito é minimamente esclarecido, não é sectarista; usa as ferramentas de cada culto conforme a tradição de seus adeptos. Sendo assim, um preto-velho pode usar cachimbo numa casa de umbanda, onde isso é habitual, e certamente não o fará numa casa espírita, pois que nesta soaria como afronta.

Se fosse verdadeira a classificação dos espíritos de acordo com sua feição espiritual — “preto-velho é espírito da umbanda”, por exemplo —, formulo a seguinte indagação. Como podemos trabalhar com padres e freiras no espiritismo? Acaso alguém lhes pediu para abandonarem seus títulos e vestes sacerdotais para que pudessem ser aceitos? Acaso alguém viu em sua presença e atuação uma ameaça de catolicização do espiritismo? Então, por que adotar uma conduta com aqueles que representam o povo historicamente oprimido e discriminado e portar-se de outro modo com aqueles que têm seu passado associado à instituição que mais atrocidades cometeu contra a humanidade, em inumeráveis perseguições em nome de Deus?
Qual a importância do Espiritismo para o seu trabalho?
Meu livro de Memórias, em que narro histórias minhas com os espíritos, relata como ingressei no espiritismo. Foi por meio da intervenção direta dos benfeitores na igreja evangélica, quando me preparava para formar-me pastor. Foram eles que me apresentaram os livros de Allan Kardec e o endereço de um centro espírita a procurar, ambos anotados no púlpito da igreja, ao fim de uma pregação mediúnica que fizeram através de mim.
Foi Chico Xavier, ainda que com a contribuição mais esparsa de outros médiuns, o porta-voz dos espíritos para a fundação e orientação de todos os núcleos de trabalho de que participo hoje.

Ele é quem encorajou a publicação do primeiro livro — Canção da esperança —, que eu temia, apesar das reiteradas orientações dos espíritos por meu intermédio. A ponto de entregar-me psicografia dele, de autoria do espírito Bezerra de Menezes, que prefacia o livro. Ele também foi quem disse, ao lhe mostrar Tambores de Angola no prelo: “Lance, meu filho, pois esse livro precisa sair. Mas aproveite e se lance para fora do país por um tempo (…) por causa dacaridade dos irmãos espíritas…” — disse, apontando para a língua enquanto pronunciava a palavra caridade.

Além disso, e do que já demonstrei na resposta à primeira pergunta, os críticos de meus livros ainda não nos apontaram objetivamente, uma vez sequer, em que ponto nossos livros contrariam Kardec e seus escritos. Como nosso compromisso é com o espiritismo — e não com os espíritas ou com a leitura que muitos fazem do espiritismo —, considero-me fiel ao mandato a mim confiado.

Sendo assim, o espiritismo é o ar que respiro, é o compromisso maior da Universidade do Espírito de Minas Gerias, instituição que engloba as demais por mim fundadas e que hoje conta com mais de 300 alunos em cursos regulares de estudo do espiritismo. A questão talvez seja o conceito que cada um tem a respeito do que seja espiritismo, do que represente ser fiel aos preceitos da falange do Espírito Verdade. A quem caberá o monopólio de tal julgamento?

Nossos livros são desafiadores, controversos, talvez polêmicos, e chocam o status quo no movimento espírita? Que bom! Kardec foi altamente controvertido e criticado, a seu tempo. O mesmo vale para Jesus. Portanto, creio que também assim — embora não somente assim — seguimos seus passos.
Uma análise de José Passini do seu livro Legião circula na Internet. Nela, o autor comenta dezenas de passagens e frases do seu livro com o objetivo de confirmar a tese de que suas “revelações” não seriam reais, colocando dúvidas quanto a seriedade de seu trabalho. O que você pode dizer a críticos desta natureza?
Não conheço tal crítica, feita em público, mas jamais remetida à Editora; no mínimo, nunca chegou às minhas mãos. Portanto, não posso analisar seu conteúdo nem comentá-la.

Entretanto, hei de confessar que não acompanho semelhantes debates na internet, pois a vejo como um fórum onde se resvala para a crítica pessoal, com desdém e desrespeito, ainda de modo mais fácil e freqüente que em outras mídias. Nas poucas vezes em que resolvi lidar com tais comentários, concluí que de duas, uma: ou fazia meu trabalho, ou me ocupava em ficar respondendo e debatendo as inúmeras críticas. Optei pela primeira alternativa, sobretudo porque não há tempo para tudo quanto há. Há tanto por realizar!

Consolo-me na postura de todos os verdadeiros seguidores de Jesus — a que aspiro ser —, que jamais se deixaram levar pelas críticas a ponto de demovê-los da tarefa que lhes fora confiada. E críticos sempre os há! Chico me disse, certo dia, algo como: “Se ficar em casa e não fizer nada, ainda assim falarão de você, chamando-o de preguiçoso. Portanto, prossiga!”. E o mentor Alex Zarthú: “Responda as críticas aumentando a qualidade de seu trabalho”. É nisso que tenho me baseado.
Ah! Preciso acrescentar: meus livros não trazem revelações; nada há neles que seja novidade a ponto de ser assim classificado. E são produto do pensamento de seus autores espirituais, é bom que se diga, e não fruto de elaborações que partem de meu conhecimento pessoal. Há pontos que até para mim se afiguram inusitados ou obscuros e que, de mais a mais, obrigam-me a estudar e rever meus pontos de vista. Sem contar os debates prévios à publicação, em que os enchemos de perguntas e dúvidas…
Como suas palestras e cursos vem sendo recebidos nas casas espíritas que você visita no Brasil?
Muito bem, nas que me convidam. Ao menos é assim que entendo, com algumas exceções, é claro. Ninguém agrada a todos.
Atualmente quais os trabalhos de médiuns brasileiros que você pode destacar?
São muitos… Mas que prefiro não nomear. Sabe como é: muitos são amigos ou conhecidos e, de mais a mais, evito até certo ponto até mesmo a leitura do que está sendo produzido atualmente, como forma que encontrei de me preservar da influência alheia sobre meu trabalho mediúnico.
Ciência, filosofia e religião. Como você analisa a convivência entre os pólos da Doutrina?
O espiritismo tem no laboratório da mediunidade seu campo experimental e faz-se ciência na medida em que adota um método claro para promover e lidar com os resultados obtidos. Esses resultados são, em grande medida, de natureza filosófica, de uma filosofia com conseqüências morais, e é aí que repousa seu aspecto religioso — no aspecto moral —, conforme esclarece Kardec na introdução de O Evangelho segundo o espiritismo.

Se por convivência se quer dizer de como interagem tais aspectos na atualidade, claramente a prática brasileira do espiritismo privilegiou o lado religioso, em virtude de traços fortes, inerentes à nossa cultura. Sem qualquer julgamento sobre essa realidade, é forçoso reconhecer que cabe ao adepto moderno do espiritismo conciliar tais frutos com o reacender da chama dos aspectos filosófico — por meio do incentivo ao estudo interessante e prazeroso dos postulados espíritas — e científico do espiritismo, retomando a experimentação mediúnica destemida, o exame crítico das comunicações e a coragem e a pró-atividade kardequianas ao abordar a dimensão extracorpórea.
Qual o livro de sua autoria que mais te marcou?
Sinceramente, não consigo decidir. Há vários, pelos aspectos mais distintos. Todos são como filhos, e é duro dizer a um pai que deve escolher entre os filhos.
Qual o principal conselho que você pode dar a um estudante de espiritismo?
Estude, estude, estude. Quando achar que está pronto, estude mais. Pergunte, sem medo, cultive a curiosidade verdadeira, o desejo pelo saber, que é o combustível do qual Kardec se serviu para promover as investigações que empreendeu. Jamais esqueça Kardec — mais ainda o espírito de seus textos, a atitude que revelam, que os textos propriamente ditos, num apego à letra que pode se tornar fundamentalista. Tudo começou — e persistiu — com a curiosidade do homem Kardec, seu ânimo, as perguntas por ele formuladas previamente às reuniões, com método, critério e redação esmerada. O livro dos espíritos — e o espiritismo, por extensão — nasceu a partir de suas indagações, de sua vontade de conhecer e aprender.

Em Kardec está a base para todo o resto, está o porto seguro para nossa prática, nosso dia-a-dia. Apreendamos dele a ética de nunca se render à tentação atávica de colocar os espíritos em claustros ou altares de santificação. Despeço-me com suas lúcidas palavras: “Conduzi-me, pois, com os Espíritos, como houvera feito com homens. Para mim, eles foram, do menor ao maior, meios de me informar e não reveladores predestinados. Tais as disposições com que empreendi meus estudos e neles prossegui sempre. Observar, comparar e julgar, essa a regra que constantemente segui” (kardec, A. Obras póstumas. Rio de Janeiro, feb: s.d., ed. especial. ii parte. A minha primeira iniciação no espiritismo, p. 329).

segunda-feira, 10 de março de 2014

"O Lixo Do Inconsciente"


"Somos produtos do meio sim, todavia não podemos ser vitimas das insanidades e sujeiras sociais, criadas por nós mesmos, por toda vida". Iran.


Olá, leitor!

Sua rua está suja, não? Ok, a minha também. Mas, diante do nosso desagrado em relação aos tremendos problemas sociais existentes em nosso país, principalmente os de ordem política, tem um que talvez passe despercebido: A nossa "SUJEIRA INCONSCIENTE"! Temos visto nos últimos dias uma série de problemas, como disse, mas um chamou-me a atenção de maneira muito significativa, além do caso do cinegrafista da Band, Santiago Andrade, morto no mês passado, após ter sido vitima de um morteiro solto por dois jovens, durante manifestações, os quais foram tratados de uma forma bastante inquisitiva (?) pelo simples fato de ter ocorrido durante atos que vão em sentido contrário aos dos interesses políticos e financeiros das elites e das emissoras de TV, mas que foi a Greve dos Garis. Vamos lá: Nos indignarmos com a sujeira é algo extremamente natural, porém o que me deixou estarrecido, particularmente falando, foram algumas atitudes da população que, em momento algum, se indignou com as questões sociais e políticas que envolvem a greve. Notei que o que mais incomodou foi a greve ter sido feita em período de carnaval e num momento em que a cidade recebe milhões de turistas, ok mas, e quando a cidade está "tranquila" (sem festas enormes e chamativas) e as coisas não acontecem? O que causou todo esse rebuliço foi realmente a sujeira do lixo nas ruas ou alguma coisa dentro de nós (inconsciente) foi tocada? Será que "tiraram da criança o seu brinquedo"? Será que não conseguimos ficar sem o carnaval? A sujeira tomou conta de bairros, como na comunidade de Rio das Pedras que ficou insuportável, entretanto porque ninguém repara o gari, ao ponto de, sequer darmos bom dia a um deles, quando tudo está bem? Alguém que trabalhe em outra área teria coragem de fazer o trabalho dele? Apontaram o Garotinho como um dos responsáveis pelas ações (?) e outros tantos políticos mas, eu pergunto: O que acontece nesse país, e não somente no Rio, que não tem ação política desonesta? Porque então o carnaval, em ano de copa do mundo e eleições, foi justamente em março e no dia do aniversário da cidade? Não tem "cheiro de articulação política nisso? Porque o carnaval em Ipanema, por exemplo, tinha banheiros até mesmo climatizados, cheirosos mas, diante das incoerências de um país de políticos falidos em concepções, porque os roubos aconteceram de maneira, como se diz na gíria, "rasgada"? Pior, quando alguém procurava um policial para pedir ajuda o mesmo perguntava onde o cidadão morava e logo pedia que o mesmo procurasse a delegacia da sua região para registrar queixa, ou seja, quem morava na Baixada, por exemplo, tinha que voltar pra casa para fazer a queixa e aí o delegado local dizia que a mesma teria que ser feita na região do roubo. Isso é apenas uma gota d'água num oceano....
O que chamamos de sujeira eu chamaria de incoerência particular e coletiva pelo simples fato de não estarmos, por vezes, incomodados com os destinos do nosso país mas sim somente pelo nosso bem estar particular e aí entra o inconsciente coletivo que acha que somos um "país festeiro", sem nos darmos conta da importância de sermos cidadãos plurais, pois diante dessa visão e comportamento é que estamos permitindo e ajudando a essa derrocada educativa e mais suja que o próprio lixo que ficou nas ruas. Não sou defensor de classe alguma, porém o que eu critico é a incapacidade em cuidarmos da nossa inconsciência que está, a cada dia, ainda mais deficitária e assim vamos nos tornando verdadeiros "vegetais" em terrenos populados.


ATÉ A NOSSA PRÓXIMA COLHEITA, EM OUTUBRO DE 2014.

Iran Damasceno.


sexta-feira, 7 de março de 2014

"Autodidata"


"O AUTODIDATA é um gênio por excelência, pois ter a capacidade de construir, em si mesmo e para o outro, é algo admirável". Iran.

Olá, leitor!

Tradicionalismo é algo bastante comum para os latinos, ainda mais para um país de tantas crendices e culturas provincianas como o Brasil, portanto e diante do aprisionamento escravocrata dos tempos "áureos" onde nos movimentávamos de maneira ainda mais sofrível, hoje relutamos em receber e aceitarmos os talentos natos. A era dos reinados está muito atuante em nossos inconscientes a tal ponto de olharmos aos que não são "escolados" e doutos, de maneira preconceituosa. Assim é com os chamados AUTODIDATAS. Mas, o que é esse tipo de comportamento?

"Autodidata é a pessoa que tem a capacidade de aprender algo sem ter um professor ou mestre lhe ensinando ou ministrando aulas. O próprio indivíduo, com seu esforço particular, intui, busca e pesquisa o material necessário para sua aprendizagem". Essa a definição clássica do autodidata, porém devemos atentar para aspectos fundamentais quanto a formação dessa personalidade que, por vezes, é ainda mais potente que a de um instruído tradicionalmente. Os possíveis aspectos observáveis, são: Os GENES são aceitos pela ciência como algo que também pode contribuir (?) com o surgimento de um indivíduo que se auto-instrui, sendo essas propensões passadas de pais para filhos. Temos o envolvimento do indivíduo no MEIO SOCIAL ao qual ele é inserido, todavia sabedores que somos isso se torna relativo (?) porque "a coisa" vem de dentro, sendo assim os estímulos externos contribuem mas não são os fatores determinantes, o que nos faz pensar em algo que o ser humano já traz consigo como a facilidade de aprender sem alguém para ensiná-lo. Podemos, a partir de então, penetrar nos campos das ciências espirituais que nos apregoam que somos seres imortais e cheios de bagagens positivas e negativas, e aí enveredamos pelos campos da REENCARNAÇÃO, que também é uma ciência provada, para entendermos as facilidades do autodidata em aprender sem o chamado mestre.


Podemos notar em crianças que já possuem essa predisposição, um afloramento em suas personalidades quanto as inteligências necessárias ao seu desenvolvimento e para vida, devido ao que já viveram e agora retornam para darem as suas contribuições com o mundo atual. Artistas diversos se mostram pessoas extremamente inteligentes ao ponto de criarem coisas divinas sem sequer terem tido professores, entretanto o que devemos atentar é que todo autodidata de valor, mesmo não tendo tido mestres, é uma pessoa que ESTUDA, PESQUISA E EXPERIMENTA situações até que as mesmas sejam aceitas pela ciência tradicional, ainda que sem titulação tradicional, fazendo assim com que os prepostos das "didáticas da vida" sejam desfeitos, por vezes, diante de tamanha beleza dos ensinamentos desse tipo de personalidade fantástica, que são os autodidatas. Lembremos que grandes vultos da humanidade foram autodidatas, como:

                         BILL GATES                                                                                  EINSTEIN

  


 JOSÉ SARAMAGO                                                                                SÓCRATES


"Deus abençoe sempre aos GÊNIOS que tanto impulsionam a humanidade, diante do seu desenvolvimento moral e intelectual".

Iran Damasceno.

quarta-feira, 5 de março de 2014

"Começou A Copa"


"O ano está começando a partir de hoje, quarta de cinzas, e os brasileiros irão parar logo, pois teremos copa do mundo e eleições. Ano curto e, se Deus ajudar, talvez tenha proveito". Iran.

Olá, leitor!

"Feliz ano novo"! Estamos iniciando mais um ano em nossas vidas, ainda que um pouco atrasado, mas tentaremos tirar proveito do pouco que nos resta porque a partir de agora já começaremos a pensar em gastar o nosso suado dinheirinho com chocolates e, daqui a cem dias, a copa da enganação estará se mostrando. Teremos copa do mundo? Mas, vejamos o que está acontecendo de importante em nossa sociedade.

MAIS UMA DO DÉSPOTA RONALDO "FENÔMENO".


Ele está se superando em suas ações capitalistas e pueris em benefício próprio quando, vez ou outra, sai com as suas tiradas de mau humor. A última foi ter aceitado desfilar pela Gaviões da Fiel, aquela escola de samba que é dirigida pelos marginais que assassinaram o rapaz Kevin Espada, na Bolívia, e que quase mataram seus colegas de clube ao invadirem o Corinthians, a menos de dois meses. Ele está se superando mesmo porque sai da racionalidade para ter visibilidade a qualquer custo, sem se importar com as questões sociais e educativas. Se junta aos que são encarados como corruptos, mafiosos (máfia Russa), donos de negócios escusos e aceita se afastar do meio de onde ele veio da maneira mais perniciosa, que é através das ações mundanas. Narcisismo bateu e ficou. Pobre Ronaldo, ele somente tem dinheiro.

O ETERNO ÍDOLO E EXEMPLO DE ATLETA E HOMEM:


Falar do Zico é fácil, basta utilizarmos os valores humanos, éticos, morais e lúcidos que um ser humano precisa ter. Ou seja: EXEMPLO! Merecidíssima a homenagem que a Imperatriz lhe fez não somente pelo fato dele ter sido um dos maiores e melhores jogadores de todos os tempos no futebol mundial, mas pelo seu caráter e não aceitação em participar dessas sacanagens que seu vizinho aí de cima faz e, mesmo tendo o tempo passado e chegar, de maneira digna aos 61 anos de idade, manteve seu caráter impecável. Parabéns Zico, você é nosso "muso inspirador".

GREVE DOS GARIS: EU APOIO!


É inaceitável não darmos o direito aos profissionais de uma classe tão aviltada como a dos Garis, de tentarem rever os seus direitos quanto as melhorias. Mesmo respeitando a opinião alheia, fiquei estarrecido com a opinião de alguns radialistas da Rádio Globo, como no caso do Maurício Menezes, que se mostrou indignado e chamou de irresponsáveis os garis que fizeram greve no carnaval. É verdade, eu até respeito a sua opinião, porém é lamentável mesmo ver o seu descomprometimento com a sociedade, apenas para garantir o seu emprego na famigerada Globo. Eu, enquanto cidadão também sofri as consequências pelo lixo nas ruas mas entendi o porque disso e, enquanto cidadão de bem e que se indigna com as ações corruptivas e capitalistas dos poderosos, inclusive da empresa para qual você atua, apoio de maneira integral por saber que eles merecem melhores condições e que isso não será por muito tempo. Poderia se juntar ao Ronaldo, viu Maurício?


É, a partir de agora, aproveitando que o ano realmente começou, vamos ver o que acontecerá em nossa sofrida sociedade até a copa. Aliás, teremos copa do mundo?

Iran Damasceno.

terça-feira, 4 de março de 2014

"O Túnel"


"O carnaval dos desafortunados"

Faltava menos de uma semana e eu já estava atento e até mesmo muito ansioso para o carnaval, preparava minhas malas e ações para curtir aqueles quatro dias mais intensos de todo o ano. Mas, como um ser anestesiado pelas conquistas imediatas das paixões afoitas e passageiras, na sexta feira anterior ao sábado de carnaval, eu não pude aguentar e aí fui "aquecer os tamborins", como dizemos na gíria. Sai com amigos baladeiros como eu e já começamos aprontando das nossas. Na animação inconsequente com a galera eu me empolguei e me dirigi a uma garota que não parava de me olhar e resolvi investir nas "pegadas" que damos uns nos outros, foi aí que passamos a nos beijar e ficamos juntos até umas quatro horas da manhã, a partir de então a dispensei e fui em busca de outra conquista (aquela afirmação de jovem e homem inconsequente) mas, para minha admiração, uma gata maravilhosa estava com um grupo de outras garotas e eu cheguei com ar de arrasador fazendo logo um convite para que ela saísse dali e fosse comigo tomar algumas bebidas alcoólicas com energéticos. Beleza, ela aceitou e ficamos doidos até quase o meio dia do dia seguinte e então resolvemos nos despedir para nos encontrarmos novamente no mesmo sábado a noite. Foi o que aconteceu, porém o que eu não sabia era que ela escondia um segredo, ou seja, estava separada de um policial violento da localidade que a estava procurando mas ela não queria mais nada com ele. No mesmo dia a noite nos encontramos e ficamos curtindo nosso início de carnaval, todavia a partir da madrugada de domingo ela não se sentiu bem e eu me ofereci para levá-la até sua casa, e foi o que fiz. Ao chegarmos lá eu não reparei que havia um carro parado próximo a sua residência e, ao pararmos, saltou um cara com uma arma na mão e ao se aproximar não deixou nem que eu falasse nada, disparou três vezes sobre mim, onde dois tiros me acertaram a cabeça mortalmente. Ali terminava minha existência atual diante dos meus vinte e três anos de idade.


Fiquei completamente atônito por não saber o que havia me acontecido, só me recordo do cara entrando em seu carro, levando a menina com quem eu estava e aí uma espécie de tonteira e dores na cabeça tomaram conta de mim. Ao acordar percebi que as dores estavam se intensificando e o lugar já não era o que eu fui alvejado, notei que eu havia sido levado para uma espécie de túnel escuro e fétido, entretanto o que eu não sabia era quem havia me levado. Fique atordoado com as dores na cabeça e no estômago, até porque o terceiro tiro havia me acertado na barriga, mas eu comecei a observar que o local era estranho e eu nunca havia passado por lá e a partir de então notei um homem, já com os seus cinquenta anos de idade, deitado mais a frente e foi aí que resolvi perguntar que lugar era aquele. Ele me olhou por alguns instantes, e falou: "Mais um sem saber o que aconteceu". Fiquei ansioso e perguntei o que estava acontecendo comigo e ele foi direto ao assunto: "Você morreu e está numa espécie de UMBRAL, só que esse daqui é um "especial", que existe para atender aos babacas como nós que se suicidam". Fiquei assustado e respondi que eu não havia me suicidado e somente me lembrava de ter sido atingido por alguns tiros, foi aí que ele foi mais contundente: "Cara, aqui não tem conversa fiada e a lei do mais forte é quem manda. Você morreu assassinado como a maioria aqui, só que muitos de nós é considerado suicida porque buscamos essa situação por não termos tido "freio", entende"? "Eu mesmo vim parar aqui através de uma overdose de bebidas e drogas e desde que aqui cheguei, a mais ou menos uns dois meses, assim eu acho porque me lembro que quando morri era próximo do natal e agora estão chegando mais pessoas fantasiadas, estou sem forças pra nada". Fiquei completamente atordoado e queria voltar para minha casa mas não tinha a menor condição física e psicológica, até porque meu corpo agora era diferente. Tentei deitar para descansar mas não dava porque toda hora chegavam pessoas embriagadas e drogadas fazendo algazarras, um barulho ensurdecedor e aí minhas dores aumentavam. Quando eu vi uma luz ao fim do túnel tentei me aproximar mas ainda não possuía condições devido aos ferimentos, mas foi aí que vi a única pessoa que cheirava bem e se vestia de maneira mais limpa do que todos ali e eu então perguntei o que estava acontecendo comigo, para ter uma resposta simples mas consoladora ele se aproximou, e me disse: "Olá Marcelo, como posso ajudá-lo? Fiquei assustado porque não imaginava como aquela pessoa que eu nunca vi poderia saber o meu nome, foi então que ele me falou que eu precisava relaxar por causa dos ferimentos. Perguntei novamente porque não estava entendendo nada e aí ele me disse que tínhamos que sair dali assim que eu quisesse, portanto fiquei confuso porque o que eu mais queria era sair daquele túnel horroroso. Ele pediu a minha atenção, e disse: "Estavas em ações de difícil entendimento durante o seu desencarne porque havia ingerido muito álcool e se drogado, portanto a morte do seu corpo foi traumatizante e assim ficastes com as marcas da agressão". Mas porque eu morri daquela forma, perguntei curioso? "Tem coisas que ainda não estas em condições de saber e o melhor agora é um paliativo para suas dores serem amenizadas, até você querer sair daqui". É a segunda vez que você fala em sair daqui mas eu já disse que quero, então porque não saímos? "Tente e verás". Me levantei e fui para a porta do túnel mas, ao me aproximar, perdi as forças e tive que voltar.  O que estaria acontecendo com Marcelo? Saberemos na segunda parte.

Iran Damasceno.