“DÚVIDA”
Quando nos apaixonamos o coração palpita, quando sentimos medo também, então, a vida não é feita de emoção?
Quando a dor nos desorienta pedimos ajuda e, quase sempre, somos atendidos, porque então não servirmos ao outro, sempre?
Quando minha dúvida me desgoverna eu choro e fico aflito, porque então não me atirar nos braços daquele que pode me amparar e acalmar, mesmo que tenhamos tido incompatibilidades mútuas?
Quando admiro a mata você admira o mar, quando como chocolate você come frutas, quando eu choro você ri, porque não nos aceitamos se o adequado seria um aprender com o outro?
Quando eu crio você destrói, quando eu amo você é indiferente, porque então não juntamos nossas incapacidades e potencialidades objetivando melhoras individuais e, consequentemente, para outrem?
Quando você diz adeus eu digo até logo, quando a lua chega o sol se vai, quando os sonhos são barrados pela desesperança porque não esperamos o amanhecer para curtirmos o sol, já que a vida nos permite?
Quando eu escrevo você Lê, quando você pinta eu aprecio, quando juntamos nossas artes ficamos mais fortes, então porque não ampliamos nossos dons e criamos uma fonte abundante de beleza para ajudar ao mundo?
A dúvida é bom sinal, pois, através dela é que descortinamos os “mistérios” da vida.
Iran Damasceno.