sexta-feira, 11 de abril de 2014

"Racista É O Macaco Inconsciente"


"A alma humana se manifesta das mais variadas formas possíveis e assim, diante de um manancial de possibilidades, podemos escolher a mais pífia. Depende do agente". Iran


Olá, leitor!

Certamente que diante de tamanhas possibilidades num mundo moderno (?) eu não seria um a menos quanto ao "sonho de sonhar". Sonho sim, inclusive em ser escritor. Mas, para esse mesmo mundo de tantas regras quanto aos comportamentos padronizados, herança vinda de épocas pretéritas e agradavelmente observável aos olhos dos leigos e possuidores das "razões", estamos, ainda, nos debatendo e nos contorcendo quanto a obedecermos ou não a essas mesmas regras antigas e arcaicas e assim vamos criando sociedades e tipos paralelos, como por exemplo a inexplicável separação por "raças". O que é ser da raça A, B, C...? O que é ser da raça que tem a cor da pele negra, parda, branca, cafuza...? Aprofundando: Você se ofenderia se alguém o chamasse de "branquelo", pelo fato de ter a cor da pele branca? Se for magro e alto e alguém lhe chamar de "girafa"? Você deve brigar? Se eu for gordo e me chamarem de baleia? Tenho que chorar e me tornar o "coitadinho"? Vamos pensando enquanto eu continuo...
Diante desse mundo "moderno" (traições conjugais, corrupção, assassinatos, sem distribuição de renda, trabalho escravo...) eu me recordo de quando trabalhei em escolas, durante quase vinte anos, e falava-se muito em BULLYNG. É, a palavra que designa ação contra alguém de forma discriminatória e contra a vontade do atingido veio em boa hora, porém vejo que realmente ninguém tem o direito de ofender ou maltratar ao outro sem que ele não possa se defender, mas também devemos entender que isso é prática antiga e eu, apesar de ter sido uma criança MUITÍSSIMO feliz, sofri demais com o bullyng e nem por isso sou viciado, assaltante, homossexual, agressivo... o que nos dá, diante desse relato pessoal,  a possibilidade de entendemos que a ofensa só é concluída se o ofendido aceitá-la e internalizá-la. Há pessoas que sofrem bullying, por exemplo, não por serem gordas, negras, feias, pobres... mas justamente por serem magrinhas, bonitas, com pele de cor clara, e com situação sócio-econômica boa. Isso é um fato e eu sem muito bem. Mas, o tema central não é o bullyng e sim o RACISMO. Por que o indivíduo racista tem que ser preso? Você realmente acha que deve ser considerado crime alguém chamar o outro de macaco? Lembre-se: Tem gente que é chamada de girafa e ninguém é preso por isso. O caso está tomando um vulto muito grande, mundialmente falando, e é por isso que entro como "advogado do diabo" para tentar fazer entender aqueles que somente veem as coisas por um ângulo e assim podermos começar a sairmos dessa inércia cultural e educacional. Começamos pelo ofensor: Você acha que quem chama o outro de macaco é alguém bem resolvido consigo mesmo? Será que não existe um "macaco" faminto dentro dele, ao qual ele precisa alimentar dando bananas estragadas quando acha que está "ofendendo" ao outro? Se isso for coerente com o que estou falando, certamente que estamos tratando de uma pessoa doente e, se está adoecido temos que entender que diante da sua manifestação trata-se de doença moral, por tanto não é na cadeia que se trata esse tipo de paciente, mas sim diante de um tratamento com profissionais da Psicologia, Psicanálise e até mesmo de Psiquiatria. A forma com a qual esse indivíduo se vê aliviado das suas não aceitações e agredindo verbalmente, só que o que ele não sabe é que está tentando se livrar das suas agruras íntimas e não consegue. O que seria melhor? Aí vem a minha ideia e opinião de um verdadeiro agente do fazer pensar: EXCLUSÃO dos meios sociais aos quais ele gosta de frequentar. Se ele faz isso em estádios de futebol, após ser filmado (precisamos de estrutura para isso), sua foto iria para um banco de dados e armazenada, pois quando tentasse entrar em algum estádio o mesmo seria barrado, após colocar a sua digital para adentrar ao recinto. Se ele for a um cinema e fizer o mesmo procedimento, seria barrado também. Mas, você deve estar se perguntando: Até quando ele seria "punido" assim: Até ele procurar saber o por que de estar sendo proibido de entrar, a partir daí seria encaminhado a um órgão competente e assistiria a sua atitude e, para "pagar' a sua pena, deveria fazer trabalhos sociais no campo pertinente as suas ações. Assim seria em teatros, cinemas, estádios de futebol, clubes esportivos... e então ninguém bateria, não traríamos mais gastos para o Estado e daríamos a oportunidade do ser fazer o que é o melhor remédio para as doenças da alma: PENSAR e EDUCAR-SE! A educação ainda é o melhor caminho para a reforma íntima do ser. 
Desculpem-me a veemência quanto ao que penso, é que não consigo ver RACISMO como algo que tenha que ser punido com prisão e, aos irmãos com pele de cor negra, eu dou um "conselho": Você é idêntico a mim, ao loiro, ao mulato, ao albino... apenas temos fragilidades diferentes e esse momento, o do "racismo", você poderia usar pra se fortalecer, até por que quem é o ofendido é justamente o ofensor que está doente. Você é são, apenas deve entender isso e seguir de cabeça erguida. 

"A PIOR PRISÃO É A QUE NOS APRISIONA NA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA"  

Iran Damasceno.


5 comentários:

Silvana disse...

Iran concordo com seus pensamentos mas infelizmente não existe esta possibilidade perante estas leis dos homens porque no caso quem seria o beneficiado o povo (HOMEM) comum ? E o lucro onde fica destes seres perversos que se dizem doutores da Lei . Gosto muito do que escreve !!!

Unknown disse...

Muito bom amigo, adorei.
Estamos juntos.
abçs.

Carlos Henrique Moutinho disse...

O racismo começa dentro do próprio receptor da ofensa, justamente quando se sente ofendido pela acusação. Um negro não deveria se sentir ofendido quando alguém lhe chama "preto"; se assim se sente, é porque no fundo acredita que ser "preto" é ruim. Não deve haver mais espaço para distinções de "raças" (negra, branca, indio, etc)na sociedade hodierna, senão da raça humana. Ass Carlos Henrique Moutinho.

Unknown disse...

Obrigado pelas participações, queridos amigos.

Unknown disse...

Nos EUA desde o fim da segregação racial quando acabou a divisão de pessoas que usavam ônibus, pias e cadeiras distintas para negros e brancos. Ainda assim ficou um problema mais pessoal do que politico, que era justamente esse assunto tratado no texto.
Resolveram da seguinte forma, deram liberdade de expressão e autonomia para quem quisesse professar a doutrina que quisesse (Racismo incluído, óbvio). Razão para que durante anos pululavam sociedades e grupos que até falavam no radio sobre sua posição eugênica. Até hoje há videos atuais desses eugênicos e racistas que podemos achar no You Tube.... como eles se expressam livremente.
Compreendo e vejo que o autor a quem tenho muito respeito sabe o que fala. Seria porem possível nesse país de 3° mundo onde a educação deficiente sequer consegue formar cidadãos cônscios de deveres cívicos bastante comuns, que dirá consciência moral e social?
Perdoem meu negativismo mas acho que cadeia imediata naquele que chamar um negro de macaco cara a cara.... por favor, se o negro não tem que se ofender e sentir culpado ou envergonhado tão pouco o miserável detentor da suposta supremacia racial também não deve ser visto como coitado, nem vítima, nem nada.
Antes que me atirem pedras, não estou dizendo que minha visão é a mais correta ou vai fornecer uma solução. Estou apenas falando que o Brasileiro ainda é incapaz de passar por uma liberdade expressa como foi possível nos EUA. Acredito que o estrago seria maior, nosso povo não está preparado para tanto (Aqui está meu negativismo, nessa última frase).

Grande abraço meu amigo, sua explicação foi a mais clara e objetiva que vi sobre essa posição.