domingo, 16 de março de 2014

"CADA UM SABE A DOR E A DELÍCIA DE SER O QUE É"



"Não me venha falar da malícia de toda mulher, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". (Gal Costa)


Olá, leitor!

Que o ser humano tem o seu lado ilusório disso ninguém tem dúvidas, entretanto aceitar isso é que se trata de algo difícil. Diante dessa aceitação ou não, sabemos que temos grandes doses de hipocrisia e portanto acabamos nos escondendo das verdades e, a partir de então, criamos um mundo de fantasias para amortizarmos nossas dores e frustrações. Quem não gostaria de viver num mundo de glamour? Todos nós, porém o que as vezes não atentamos é para o fato de que acabamos endeusando aos que são seres humanos como nós mas, por estarem, por vezes, num patamar elevado quanto aos aspectos sociais, econômicos e de visibilidade, acabamos não percebendo que são mortais como nós. 
Embora eu não assista a TV aberta hoje tive que me render, como faço para obter informações, assisti a entrevista do querido Carlos Alberto de Nóbrega no programa da Eliana, ambos colegas de SBT, e acabei me emocionando. Mas, como bom "advogado do diabo" e cidadão comum, não pude deixar de perceber algumas coisas que concordei e outras que discordei. Vamos lá: Chamou-me a atenção seu relato quanto a ele dizer que não sabe perdoar, pois sempre o vi como um homem extremamente carinhoso e muito família mas, após ele relatar momentos da sua vida, percebi se tratar de alguém como nós que sofre e sente dores na alma. Seu relato em relação a morte dos seus pais, sendo ele filho único, embora ambos tenham morrido quando ele já havia completado seus quarenta anos de idade, me fez pensar que estaríamos diante de uma pessoa carente e por isso expandiu a sua família e, talvez por isso, tenha se casado por várias vezes e sempre externar isso de público, o que eu, diferentemente dele, não vejo necessidade. Outro momento muito legal foi quando ele respondeu a pergunta da Eliana quanto ao que disse a atriz Susana Vieira, que entende que homem velho (idade avançada) com mulher nova não dá certo. Ele "quicou" mas respondeu tranquilamente e respeitando a atriz, porém vale lembrar que tudo é relativo mas que eu, enquanto ser comum e diante de uma sociedade tão radical, cheia de padrões e hipócrita, também vejo que não dá certo, dentro desses mesmos padrões, ainda mais em um mundo extremamente NARCÍSICO e voltado para os poderes da carne. Eu concordo com a Susana e ela sabe disso porque ESCOLHEU viver com homens mais jovens, desde há muito tempo, deixando aberta a relação justamente por saber disso. Fato! O único momento que eu não entendi (mas aceito) foi o fato dele não falar sobre o que houve com os artistas e seus ex - colegas de emissora, Gorete (Ooooooooooooo, coitado) e com o Batoré (ah para, homi), pois já que ele é tão aberto e expansivo com intimidades suas poderia ter nos dito o que aconteceu para que não ficássemos pensando o que quisermos. Vimos como somos até mesmo contraditórios? Somos capazes de relatarmos coisas particulares quanto a certos assuntos e quanto a outros, não.
Estamos falando de um artista competente e pessoa do bem, todavia devemos entender que mesmo sendo pessoa famosa, estar na televisão, ser milionário mesmo assim temos "cavernas" no inconsciente que jamais penetramos. 

"Todo mundo é parecido quando sente dor" (Frejat)

Iran Damasceno.


2 comentários:

Unknown disse...

Também assisti essa entrevista e também não pude deixar de reparar nesses aspectos ''paradoxais'' do Carlos Alberto, e pensei muito sobre tais. Entretanto convenhamos, abrir feridas antigas para agradar a curiosidade geral seria tolice.
Onde algumas pessoas vêem um aparente paradoxo eu fui mais além e vi um ser humano de carne e osso que sabe a hora de abrir a boca e a hora de se calar. Muito sábio!

Unknown disse...

Também achei que ele foi inteligente, porém me coloquei na "pele" dos telespectadores, até porque também gosto dos outros artistas, mas fiquei curioso em ver alguém que externa tanto as suas particularidades e na hora de ser autêntico, eu vejo que faltou coragem. Sabe porque, Denis? Talvez seja algo em que ele também possa ter errado e aí, diante da sua carência afetiva visível (?), não quer ser "menos gostado". Será? Ele me deixou na dúvida e, se não fosse tão aberto, talvez eu respeitasse seu silêncio nessa hora.