segunda-feira, 17 de março de 2014

"Era Só Mais Um Silva"...


"O sangue que derramamos do maior exemplo que por aqui passou, certamente que não foi o suficiente e ainda derramaremos muito mais até ficarmos anêmicos de tanta dor". Iran.


Contundente;

Sempre que pensamos em dor achamos que somos os únicos na intensidade e quantidade, todavia esquecemos, diante dos nossos egoísmos infames, que ao lado pode estar o que se cala mas que sofre tanto quanto e até mais. Assim foi com mais "um Silva". O que queremos para a vida futura? O dinheiro e o poder serão a salvação do mundo? Onde está o calor humano, a preocupação com o outro e com o amanhã? Será que estamos lançando no mercado industrial automobilístico uma nova espécie de "biga"? Se for, essa é "moderna" porque não é arrastada por cavalos, até porque os equinos estão na direção hidráulica dos veículos que nos levam pela estrada sem fim e que nos mostrará, assim que o combustível acabar, a dor que é empurrar as nossas próprias iniquidades e desaforos morais para com a vida humana. Na Roma antiga os detratores e cruéis assassinos eram os generais que ficavam em seus castelos suntuosos e imponentes, enquanto a plebe ficava nas arenas sendo devorados pelos leões famintos de carne humana e assim a vida seguia seu curso, porém o que não pensamos é que essas atitudes seriam passadas às próximas gerações através do "DNA dos inconscientes humanos", aquele que transfere, de maneira exata e até mesmo mais fiel que a original, ações desumanas e que lançam "gentes" com requinte de crueldade e apenas não assassinam mais alimentando os leões, mas que "asfixiam de fome" e de ausência de liberdade de pensamento quando lhes dão "bolsas famílias" em troca de uma "entrada" para assistirem aos shows de horrores de uma sociedade cretina e desumana, com ausência de um teto para aquecer os corpos mortos de dignidade e que morrem em vida...
Uma sociedade não pode ser alicerçada em pontos desiguais e desumanos, ela tem que ter as suas bases na dignidade humana e fiel aos conceitos de progresso moral e intelectual para que possamos transpassar a fase de recrudescimento e destruição da própria alma, o que terá, certamente, um preço muito alto a ser pago. Os arrastados de hoje certamente que podem ser os que arrastaram ontem, todavia não se constrói nada dando o troco de maneira desleal, até porque o infrator tem em sua conta, os débitos das ações devedoras e a vida, em sua bondade e dignidade, faz com que o meliante de si mesmo, lembre-se do que deve e pague por conta própria. Não há cobrança vingativa como fazemos com o vil metal, o que existe é a cobrança do inconsciente e, se assim entendermos, as dores serão bem menores e menos intensas para que possamos pagar os débitos mais antigos e redentores, pois o que as sociedades, que foram feitas para funcionar, não devem é transformar as suas metas em vinganças pueris e ordinárias quando maltratam seus participantes e construtores, também, jogando-os aos leões da atualidade. O que fazer para melhorarmos as ações de ordem e moralidade? Nova construção? Pra reconstruir temos que demolir, não?

Vamos salvar os cavalos que carregam as bigas e arrebentarmos as cordas que os sustentam para que o mundo novo seja descoberto, de uma vez por todas, e assim salvemos aos desregrados desse chão.

Iran Damasceno. 

2 comentários:

Unknown disse...

Amigo,vc sempre perfeito.Adorei.

Unknown disse...

Só mais um crime cometido pela PM.Daqui há alguns dias vai cair no esquecimento, como outros e outros crimes.Enfim é assim de a coisa funciona.Os caras não são seres humanos.