sexta-feira, 23 de maio de 2014

"A Copa É Uma Bola Fora Para O Brasil"



Não sou o José Nêumane Pinto mas, vou direto ao assunto!

Olá, leitor!

Você acreditaria que um avião pode voar se nunca tivesse visto um voando? Acreditaria também que poderia falar com alguém que estivesse do outro lado do mundo, através de um aparelhinho tão pequeno, se não falasse nele? Você acredita em Deus mas, sabe como Ele é? Que Ele é? Diante dessas questões simplistas, vamos colocando a mente pra funcionar de maneira mais atenta e aí analisarmos o que ocorre ao nosso redor, quanto as questões sociais gerais, para podermos formar opinião. Assim fazem os inteligentes e os que querem entender o processo de mudança pelo qual estamos passando.
No Brasil dizemos que a copa do mundo de futebol será uma oportunidade de melhorarmos as coisas (?) por aqui, obviamente que sempre algo terá que melhorar pelo fato de ser um evento internacional, todavia é parecido com o sonho de fazer uma grande festa de 15 anos de uma filha amada, pois sendo ela de família pobre, com a casa por terminar, com os estudos por concluir, com planos de viajar para fazer um curso de línguas no exterior... Isso não seria um caso sério a ser pensado? Sendo assim, você arriscaria dar a festa, gastar o dinheiro que poderia investir no que te dará mais certeza de futuro, por causa de um sonho momentâneo? Vale pensar, não? Mas, existem dois tipos de pensadores: O que dirá que a festa será importante, pois diante de um sonho realizado, certamente que ganharíamos força para tocarmos a vida. ??? Há também aquele que preferirá guardar a grana e investir nos aspectos citados e faria apenas um "bolinho" com refrigerantes, para os amigos mais chegados da filha amada, e assim visualizará o futuro próximo. ??? Bem, com qual dos dois você ficaria?


Diante de dúvida tão cruel, talvez não tenhamos a chance dentro de nós de avaliarmos o que realmente está acontecendo em nosso país, nos aspectos sociais, culturais e, principalmente, PSICOLÓGICO, devido ao sofrimento pelo qual nosso povo passa por ter ainda raízes na escravidão e como consequência as crendices e contradições que nos corroem o íntimo. Assim estamos com a copa do mundo. Algumas questões devem ser pensadas objetivando uma maior elucidação, haja vista que cada um pensa como entende e quer e por isso esse desentendimento sobre os altíssimos investimentos no evento. Uns (governo) dizem que não estão gastando quase nada e que o dinheiro vem da iniciativa privada, outros afirmam (mídia, opinião pública...) que os gastos estão exorbitantemente altos e que grande parte disso vai para os ralos da corrupção. A FIFA, que é quem organiza a copa, se formos pensar bem, não é a culpada disso tudo, apenas eles colocaram as suas exigências e nós aceitamos, porém na Alemanha já não foi assim, até por que é aquela história do cara que vende seu produto na praia por um preço quatro vezes maior pelo simples fato de estar na praia, sendo assim se não houver comprador, é claro que ele repensará sua postura e talvez, caso não queira deixar de vender, certamente que abaixará seu preço. Lembre-se: Tudo é uma questão de oferta e procura.
No fundo acabamos sendo incoerentes com nós mesmos por não sabermos lidar com a "coisa nova", com o "embrulho bonito de presente", com a nova namorada (o)... e, diante disso, acabamos nos enamorando e aceitando o que vier, imprudentemente, e assim ficamos à deriva com os nossos sonhos estacionados e caminhando muito devagar e quase parando. Minha opinião? Não era hora de copa e nem de olimpíada, teríamos que arrumar a casa de dentro para fora e mostrarmos pra nós mesmos que somos capazes, pois do contrário estaremos como o alcoólatra que sempre diz que amanhã (?) parará de beber; como os "gordinhos" que sempre começarão a dieta na segunda feira ou após o ano novo; como o advogado do assassino contumaz que afirma que seu cliente é inocente...  Pense: Se tivemos dinheiro para investir, independentemente de onde tenha vindo, até porque os investidores também gostariam de ver a cidade arrumada para que seus negócios possam fluir, em infra-estrutura (vale lembrar que 70% dos estádios ainda não concluíram as suas obras ao entorno) e assim o fizéssemos de maneira adequada e coerente, certamente que a credibilidade seria maior e também não teríamos essas quebradeiras, o que nos faz entender nas "entrelinhas" que nada mais são do que a consternação de um povo que não aguenta mais os achatamentos sociais e, inconscientemente, acabam "quebrando" a escravidão, a ditadura, as guerras, as cobranças EXACERBADAS dos impostos...
A transposição do Rio São Francisco, por exemplo, que seria um marco na história do país por beneficiar a mais de 12 milhões de brasileiros sofridos, que o custo já esteve em torno dos R$ 400 milhões, hoje, após ter sido abandonada pelos governos Collor, FHC e Lula, está em torno dos R$ 1,3 bi e dificilmente sairá do papel justamente por causa dessa enfadonha mania de querermos ser o que não somos, ou seja, países de 1º mundo. Somos uma pátria guerreira em termos de sobrevivência mas, infelizmente, somos derrotados pelas ambições descabidas, "carnavalizações" exacerbadas e pelo fato de CULTUARMOS A CORRUPÇÃO. É, isso mesmo, cultuarmos a corrupção não somente pela classe política, mas em nós mesmos que sempre estamos tentando "devolver" os prejuízos de forma negativa (gatonet, lixo nas ruas, avanços de sinais de trânsito, graninha para o guarda, não votarmos...) aos detratores do bem comum, acreditando que isso surtirá efeito positivo. Ledo engano, pois a partir do momento em que não comprarmos mais a água cara do vendedor ambulante nas areias das praias, por exemplo, certamente que o vendedor ou abaixará o preço, ou então procurará a economia formal como maneira de viver e assim contribuirá com os cofres públicos, deixando de lado essa enfadonha "lei de Gerson". 

Vai Brasil, vai torcer e se divertir, aliás a única coisa que o povo brasileiros fez e faz ao longo dos últimos 200 anos é levar porrada e se permitir "prostituir", entendendo ser "diversão".

Iran Damasceno.

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