sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"As Ruínas De Pompeia"

Foto: As Ruínas da Cidade Romana de Pompeia.

Primeiro, a terra tremeu forte, depois o dia se tornou noite e o céu desabou impondo toneladas de cinzas e rochas; por fim, o "magma" selou a existência de uma das mais prósperas cidades do Império Romano – Pompeia desapareceu horas após a erupção do vulcão Vesúvio.

Construída onde hoje se chama Baía de Nápoles, na Itália, Pompeia era uma cidade romana afortunada. Com terras férteis, clima adorável e banhada pelo Mar Mediterrâneo, a cidade foi um dos destinos favoritos da nobreza do império. Abrigava cerca de 20 mil pessoas aos pés do "Monte" Vesúvio.

Em 24 de agosto de 79 d.c. a cidade ainda se recuperava de um terremoto ocorrido em 63 d.c., quando algo desconhecido aconteceu: o Monte Vesúvio cuspiu fumaça. Na época, nem termo para se referir à atividade vulcânica existia e o acontecimento foi – ao menos inicialmente – encarado com certa tranquilidade. Para o azar dos que viviam no entorno do vulcão, a erupção foi uma das mais violentas já registradas.

Além da fumaça, toneladas de rochas foram expelidas para atmosfera criando uma terrível "chuva" de pedregulhos e cinzas. Tal chuva literalmente enterrou a cidade de Pompeia (e outras) com pelo menos 6 metros de rochas vulcânicas. Concluindo a catástrofe e "viajando a uma velocidade superior a 120 quilômetros por hora, uma avalanche de cinzas e rochas superquentes, com temperaturas que ultrapassavam os 500º C desceu sobre a cidade".

Rochas, desabamentos, intoxicações, etc. ceifaram a vida de milhares que acreditaram estar seguros na cidade. O número de mortos em Pompeia é estimado em cerca de 5 mil. Entretanto, quando somado com os de outras cidades, como Herculano e Estábias que também sucumbiram, o número pode alcançar 17 mil.

Em Miceno, cidade a 30 km de Pompeia, Plínio, o Moço, registrou o fenômeno que teria durado dois dias através de cartas enviadas ao historiador Tácito. Durante muito tempo o escrito foi posto em dúvida pelas "descrições apocalípticas": "...O Vesúvio brilhava com enormes labaredas em muitos pontos e grandes colunas de fogo saíam dele, cuja intensidade fazia mais ostensivas as trevas noturnas. O dia já nascia em outras regiões, mas aqui continuava noite, uma noite fechada, mais tenebrosa que todas as outras; a única exceção era a luz dos relâmpagos e outros fenômenos semelhantes".

Pompeia foi redescoberta mais de 1.500 anos depois, sendo sistematicamente escavada a partir do século XIX. Incrivelmente, as cinzas e rochas haviam criado uma vedação em torno da cidade, preservando da lava que a arrasaria. As escavações revelaram que grande parte das casas, templos e edifícios públicos mantiveram-se assombrosamente intactos como no dia da catástrofe. Também foram descobertos centenas moldes das vítimas soterradas em cinzas preservando a hora da morte. 

O descoberto permitiu seguir a evolução arquitetônica da cidade desde a época em que foi criada até o momento de sua destruição. As fachadas da cidade reproduziam cenas do cotidiano, ao lado dos mosaicos, móveis e objetos de arte. Foi um dos depoimentos mais completos e emocionantes a respeito da vida na Antiguidade.



Texto: Eudes Bezerra.
Administração Imagens Históricas.

Imagem: Ruínas romanas de Pompeia. Superintendência do Patrimônio Arqueológico de Nápoles e Pompeia. Curadores do British Museum; via G1.

Referências: 

Cotidiano de Roma Antiga ganha vida em mostra sobre Pompeia e Herculano. Disponível em: << http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/03/cotidiano-de-roma-antiga-ganha-vida-em-mostra-sobre-pompeia-e-herculano.html >>. Acesso em: 31. Jul. 2013.

GUERDAN, René. A Tragédia de Pompéia. Disponível em: << http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_tragedia_de_pompeia_2.html >>. Acesso em: 31. Jul. 2013.

LIMA, Cláudio de Castro. A fúria de Vulcano: As últimas horas de Pompeia narradas por quem sobreviveu à tragédia. Revista Aventuras na História. São Paulo: Abril, n. 17, p. 26-33, jan. 2005.


Olá, querido leitor!

Posto aqui, sem emitir opinião, um fato histórico interessante. Pompeia! Leiam, pois assim estaremos mais informados e poderemos levar as nossas mentes ao passado e por isso, averiguar e tirar dúvidas.

As Ruínas da Cidade Romana de Pompeia.

Primeiro, a terra tremeu forte, depois o dia se tornou noite e o céu desabou impondo toneladas de cinzas e rochas; por fim, o "magma" selou a existência de uma das mais prósperas cidades do Império Romano – Pompeia desapareceu horas após a erupção do vulcão Vesúvio.

Construída onde hoje se chama Baía de Nápoles, na Itália, Pompeia era uma cidade romana afortunada. Com terras férteis, clima adorável e banhada pelo Mar Mediterrâneo, a cidade foi um dos destinos favoritos da nobreza do império. Abrigava cerca de 20 mil pessoas aos pés do "Monte" Vesúvio.

Em 24 de agosto de 79 d.c. a cidade ainda se recuperava de um terremoto ocorrido em 63 d.c., quando algo desconhecido aconteceu: o Monte Vesúvio cuspiu fumaça. Na época, nem termo para se referir à atividade vulcânica existia e o acontecimento foi – ao menos inicialmente – encarado com certa tranquilidade. Para o azar dos que viviam no entorno do vulcão, a erupção foi uma das mais violentas já registradas.

Além da fumaça, toneladas de rochas foram expelidas para atmosfera criando uma terrível "chuva" de pedregulhos e cinzas. Tal chuva literalmente enterrou a cidade de Pompeia (e outras) com pelo menos 6 metros de rochas vulcânicas. Concluindo a catástrofe e "viajando a uma velocidade superior a 120 quilômetros por hora, uma avalanche de cinzas e rochas superquentes, com temperaturas que ultrapassavam os 500º C desceu sobre a cidade".

Rochas, desabamentos, intoxicações, etc. ceifaram a vida de milhares que acreditaram estar seguros na cidade. O número de mortos em Pompeia é estimado em cerca de 5 mil. Entretanto, quando somado com os de outras cidades, como Herculano e Estábias que também sucumbiram, o número pode alcançar 17 mil.

Em Miceno, cidade a 30 km de Pompeia, Plínio, o Moço, registrou o fenômeno que teria durado dois dias através de cartas enviadas ao historiador Tácito. Durante muito tempo o escrito foi posto em dúvida pelas "descrições apocalípticas": "...O Vesúvio brilhava com enormes labaredas em muitos pontos e grandes colunas de fogo saíam dele, cuja intensidade fazia mais ostensivas as trevas noturnas. O dia já nascia em outras regiões, mas aqui continuava noite, uma noite fechada, mais tenebrosa que todas as outras; a única exceção era a luz dos relâmpagos e outros fenômenos semelhantes".

Pompeia foi redescoberta mais de 1.500 anos depois, sendo sistematicamente escavada a partir do século XIX. Incrivelmente, as cinzas e rochas haviam criado uma vedação em torno da cidade, preservando da lava que a arrasaria. As escavações revelaram que grande parte das casas, templos e edifícios públicos mantiveram-se assombrosamente intactos como no dia da catástrofe. Também foram descobertos centenas moldes das vítimas soterradas em cinzas preservando a hora da morte.

O descoberto permitiu seguir a evolução arquitetônica da cidade desde a época em que foi criada até o momento de sua destruição. As fachadas da cidade reproduziam cenas do cotidiano, ao lado dos mosaicos, móveis e objetos de arte. Foi um dos depoimentos mais completos e emocionantes a respeito da vida na Antiguidade.

Texto: Eudes Bezerra.
Administração Imagens Históricas.

Imagem: Ruínas romanas de Pompeia. Superintendência do Patrimônio Arqueológico de Nápoles e Pompeia. Curadores do British Museum; via G1.

Referências:

Cotidiano de Roma Antiga ganha vida em mostra sobre Pompeia e Herculano. Disponível em: <<http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/03/cotidiano-de-roma-antiga-ganha-vida-em-mostra-sobre-pompeia-e-herculano.html>>. Acesso em: 31. Jul. 2013.

GUERDAN, René. A Tragédia de Pompéia. Disponível em: <<http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_tragedia_de_pompeia_2.html >>. Acesso em: 31. Jul. 2013.

LIMA, Cláudio de Castro. A fúria de Vulcano: As últimas horas de Pompeia narradas por quem sobreviveu à tragédia. Revista Aventuras na História. São Paulo: Abril, n. 17, p. 26-33, jan. 

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