terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mato O Outro Para "Matar" A Minha Dor?




"Quando o homem não se posiciona de maneira prática e positiva nos acontecimentos que ele mesmo cria na sociedade, fica refém de si mesmo".

Olá, leitor!

Hoje, como não é de costume, me expresso sobre o texto na primeira pessoa. Há tempos tenho notado que o "retorno" do "homem sem pelo", falante, consciente (?), portador de habilidades cognitivas... aos períodos primitivos pela sua conduta violenta, desumana, psicopática (que pode ser uma herança de si mesmo) e assim causar danos a sociedade que ele mesmo cria e, principalmente, ao próximo. Temos visto casos de assassinatos bastante contundentes em famílias e no convívio social nas grandes cidades, mas entender os motivos pelos quais nós cometemos tais atrocidades, requer estudo, pesquisa, entendimento...
Passando pelo caso da família que, em princípio, foi dizimada a tiros pelo próprio filho de 12 anos de idade, em São Paulo, cheguei a um caso que me interessou pela entrevista do assassino, quando o mesmo, após garantir veladamente que não havia matado a cunhada, resolveu confessar. Mas o que "pode" (?) ter me chamado à atenção não foi o fato de ser mais um assassinato, até porque vemos isso todos os dias, infelizmente, porém alguns trechos da sua entrevista e afirmações contundentes. Estou me referindo ao caso do assassino Sandro Dota que matou a cunhada, Camila Consoli. 
Desde o início ele falava com convicção (?), diante de uma postura de "candidato" a cargo eletivo que acha que vai ganhar a eleição, que não havia matado a menina e encarava as câmeras de maneira veemente para, talvez, se proteger. Passado o tempo as coisas ficaram difíceis pra ele devido as evidências marcantes como sangue da vitima em sua calça, pedaço pele sua debaixo das unhas dela e machucados em seu corpo, sendo assim ele se viu pressionado e confessou. mas, vamos lá: Ele disse que se viu obrigado a mentir para se proteger das tentativas de linchamento, que ela o maltratava e o chamava de pobre e dizia que não gostava dele pelo fato do mesmo ser motoboy, não conseguiu olhar o corpo da menina durante o velório, que a sua mulher (irmã da vitima) era maravilhosa, que gostaria de pedir perdão a mãe da menina, que tem que pagar pelo que fez, se emocionou quando viu a mãe. Bem, sem o julgamento de quem costuma se colocar como o sensor e moralista, me vejo na condição de cidadão e no direito de colocar opinião, diante do que ele apresentou. Quando ele afirma que precisava mentir para se salvar, devemos entender o que está por trás disso para não acreditarmos nesta falsa afirmativa, até porque se ele pudesse certamente que teria fugido. Agora eu acho que trata-se do fato mais marcante e talvez (?) possamos estar diante de um psicopata que possa (?) ter sofrido algo em sua vida que o tenha feito desencadear tais maldades, todavia o que mais fez os seus olhos "brilharem" de um certo sentimento de desconforto, pra não dizer ódio (?), foi quando o mesmo relata que o que o incomodava era quando a Bianca o chamava de pobre. ??? Bem, qualquer pessoa em sua "normalidade", ser chamado de pobre ou até mesmo ser humilhado, não é razão para matar alguém de forma tão covarde e cruel, talvez aí esteja a sua estrutura em desequilíbrio (que nós não sabemos de onde e nem como pode ter surgido e assim pode estar em jogo a sua não aceitação de si mesmo) e não há duvidas de que o crime foi PREMEDITADO e não como ele disse que teria ido até lá para conversar e pedir a menina para que não fizesse mais isso, ora, entrar sorrateiramente, num momento em que a vitima estava só e, sendo ele bem mais forte que a mesma, ainda assim ele sair machucado, é que a raiva era muito grande. Pior: Diante da luta corporal travada e das tentativas da menina em se defender, até porque foi morta e ele ainda colocou um saco plástico em sua boca, a julgar pela beleza física dela, podemos entender que a mesma foi estuprada e morta por razões diversas. O mesmo, talvez, em caso de afirmativo quanto a ser chamado de pobre ou coisa que o valha, tenha sentido aflorar a sua fragilidade em se relacionar com os seus próprios "defeitos" e assim tenha investido na vitima as suas não aceitações, uma espécie de "tentativa de matar" o que está em desarmonia dentro de si mesmo. Matou a menina para matar as suas angústias?


Pra fechar, por hora, até porque o caso é para estudos bem mais aprofundados nos campos da Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria, por exemplo, me expresso de duas formas: Vejo que podemos estar diante de um ser doente e que se estivesse solto poderia fazer mais vitimas por onde passasse e, o que quase ninguém observa, a não ser as pessoas com o entendimento sobre a continuidade da vida fora da matéria, retornando com bagagens negativas, por exemplo,  é que criou-se aí um laço de pendências extremamente penoso e isso, diante das leis de causa e efeito, certamente que em algum momento ambos retornarão para acertarem tudo. Sinceramente? Que Deus abençoe não somente a Bianca Consoli, porém, ao Sandro porque o mesmo se comprometeu demais com várias pessoas e não somente a sua vitima, vale lembrar que as pessoas que a amam estão inseridas dentro do contexto.

Paz à todos e que as neurociências possam nos auxiliar quanto ao entendimento para que não estejamos mais o HOMEM DAS CAVERNAS.

Iran Damasceno.

















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