segunda-feira, 18 de agosto de 2014

"Festa Junina Em Agosto"



"Somos capazes de "matar" o goleiro Barbosa e também de ressuscitar o Joãozinho Trinta que existe em nós". Iran.


Estão em jogo as pulsões de vida e de morte, as psicoses e histerias coletivas em uma sociedade tão conturbadamente infiel aos seus princípios, passando assim ao quadro de psicopatia política e social. Mas, vem a questão: O brasileiro é CARENTE ou SEM VERGONHA NA CARA? As situações e instancias psíquicas do nosso povo são admiráveis e até mesmo estarrecedoras, ao ponto de sairmos do céu e irmos ao inferno numa semana apenas. Ou vice e versa. As inquisições católica e protestante deixaram um legado extremamente negativo na psique humana e isso marca até os tempos atuais, fazendo com que os seres marcados com os confiscos não somente dos bens e das suas vidas, mas diante da retirada da sua dignidade e capacidade de pensar, tanto é que as mudanças positivas em nosso combalido país demoram séculos em questões simples, por exemplo, mas no que tange aos aspectos pueris, ocorrem de maneira quase que fluídica e evapora com facilidade. O que somos nós, povo brasileiro?
Um homem público tem ao seu redor ódio e paixão, porém atentemos que ambos os sentimentos são parecidíssimos e a partir do momento em que um se rompe, o outro toma o lugar como uma célula do tecido epitelial se regenera, num ser em tenra idade, objetivando regenerar o tecido rompido. Mudamos de opinião (povos provincianos do século XXI são assim) com calma e sem a menor preocupação com o porvir como uma criança manhosa, dependente dos caprichos dos pais, para darmos rumo aos destinos de uma nação grandiosa em população e natureza abundantes mas, onde fica a consciência sobre as ações de responsabilidades coletivas? Somos capazes de nos manter inertes quantos aos desígnios políticos do país mas, basta haver uma comoção social, para darmos vasão aos sentimentos mais hipócritas e emotivos do nosso espírito aprisionado na submissão dos postulados religiosos, que atravessam os tempos intactos e "ignorantemente" persuasivos, levando-nos ao caos das iniquidades mais aterrorizantes. Mas, vem outra pergunta dos "filósofos malditos": Até quando a submissão e omissão quanto aos aspectos de suma importância, serão deixados de lado pela essência da sociedade, que é o povo? Outra: Até quando seremos irresponsáveis ao ponto de não nos importarmos com os caminhos da nação, aderindo ao sentimentalismo diante de um corpo morto, sendo capazes de soltarmos fogos para um defunto? 

Será que o Brasil está com uma epidemia de "autopsicopatia"?

Iran Damasceno.  

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