quarta-feira, 24 de junho de 2015

"Poetas Na Arte De Interpretar"




"A arte de interpretar é idêntica a de viver, pois somente sabem e conseguem os que buscam dentro de si os fantasmas e incoerências mais altruístas". Iran.




Olá, leitor!

Há muito venho tentando entender o que é ser ator mas, diante da minha ignorância mais bendita possível, jamais saberia pelo simples fato de não ser um e sim apenas admirador dessa arte transcendental. É perdoável, pois pior seria se eu ignorasse tal FAÇANHA dos seres diferenciados. Ser ator é ser diferente sim e eles (classe transcendental á parte) são e estão à frente do entendimento da alma, assim como os poetas. Aliás, eles são os poetas da interpretação.
Para homenagear essa arte eu entendo que não poderia deixar de citar dois exemplos de atores que CONVENCEM, ou seja, aqueles que ao atuarem nos fazem duvidar se são eles mesmos. Então, falo de Lima Duarte e Wagner Moura. Sim, foi de propósito mesmo eu colocar dois atores de gerações diferentes e citar o que ambos tem de bom, até porque me fazem sair de mim e observar o que é encenar e convencer. Quando garoto eu vi o Lima atuar como Salviano Lisboa, na novela "Pecado capital" (autor - Janete Clair - direção Daniel Filho / 1975) e ali, embora eu fosse apenas um menino, já me chamava a atenção a sua arte mas, foi assistindo à "Roque Santeiro" (Dias Gomes e Agnaldo Silva), em 1985, dez anos depois, que pude perceber o "contraste" em sua alma de ator. Ele se desfigurava como "Sinhozinho Malta", que para mim foi sua personagem mais marcante, e assim marcou de vez a sua capacidade ilimitada na "arte de convencer". 


 


Pra mim, repito, um dos melhores atores brasileiros e a melhor novela de todos os tempos, também.

Por quê citar o Wagner Moura, ator de outra geração, aliás tão carente de grande atores, comparando ao talento de Lima? Wagner está pra mim assim como Lima, pois consegue se desfigurar e me convencer. Quando o vi atuar como "Edvaltecio da Anunciação", no filme "Deus é brasileiro" (Filme brasileiro de 2003, uma comédia dirigida por Cacá Diegues), ali eu não tinha mais dúvidas quanto ao seu talento, Porém e mais adiante, no filme "Tropa de elite" (José Padilha - 2007), ele se mostrou com a mesma capacidade que citei do Lima, até porque saiu de uma personagem interiorana e caipira para interpretar um "capitão urbano" e pertencente as classes sociais mais "atuantes", que foi o capitão Nascimento. Sensacional...






Pois bem, aqui fica a minha simples e merecida homenagem a dois enormes atores brasileiros e, para "reforçar ainda mais" o que disse, estão entre os melhores.
Parabéns Lima Duarte e Wagner Moura, pois vocês são a prova viva de que a arte de interpretar é eterna.

Iran Damasceno.

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