segunda-feira, 15 de agosto de 2011

" Respeito É Bom E Eu Gosto "



Amigo leitor:

Se a cada dia pudéssemos andar nas ruas realizando pesquisas notaríamos como as coisas mudam, pessoas criam situações diferentes, perceberíamos como surgem manias e costumes novos, todo e qualquer segmento da sociedade está mudando, hora pra melhor, hora pra pior e assim vai... Porque digo isso? Tomei conhecimento de uma pesquisa sobre a relação dos casais para saber quem manda na casa e, ao ver a apuração, fiquei, não surpreso, mas admirado em saber como existem pessoas retrógradas, no meu modo de entender, quanto a vida de relação. Vamos aos fatos:
Foi apurado que 60% dos casais entrevistados a mulher é quem comanda as ações não só da casa, mas opina e até diz qual roupa o marido deve usar, qual carro ele tem que comprar, ela é quem administra o dinheiro dele... Digo mais uma vez: Não fiquei surpreso, porém, ESTARRECIDO com tamanha idiotice e falta de maturidade, hora, não se trata de um casal? de marido e mulher? de duas vidas em comunhão de sentimentos? Então porque um tem que mandar na vida do outro? Confesso que isso me deixou preocupado e com vontade de fazer outra pesquisa para saber mais sobre a vida dessas pessoas que, sem querer julgar a ninguém, começo a crer na possibilidade de essas ações serem efeito de uma causa muito comum entre casais com esse tipo de comportamento: Não cortaram o "cordão" umbilical! A mulher representando a mãe que, quando na infância ditava as regras, e o marido, o submisso que vê na esposa a mesma mãe que o reprimia mas o amava. É uma simbiose de sentimentos e ações, no meu modo de ver, equivocadas porque demonstra, embora muitos desses casais sejam de idade elevada, um certo ar de "brincar de casinha" e voltar ao colo da mamãe. Vejamos dez situações críticas do casamento e façamos nossas reflexões, lembrando que cada um é cada um e não existe fórmula ideal para se viver bem, cada casal deve saber o que é melhor para a relação em conjunto, todavia, sem esquecer que ela é ela e eu sou eu, por exemplo. Em princípio parecerá incoerência por estar, o texto abaixo, intimamente observado pelos olhos da religião através do pastor Montano de Barros, entretanto, afirmo a quem me conhece que sou uma pessoa que discorda de muitas coisas ditas pelas religiões, porém, acredito e procuro viver em concordância com a retidão do caráter e amor a família, só que isso requer críticas e reflexões a luz da razão devido a escassez de pessoas com tal capacidade e vontade de mudar o que está errado. Vejamos, então:



A primeira área crítica do casamento é a comunicação. A comunicação envolve transmitir e receber. O transmitir está relacionado com cada coisa que falamos ou demonstramos de forma não verbal sobre nós mesmos.
O receber corresponde a tudo que ouvimos ou percebemos e vemos na outra pessoa. Só que antes de qualquer comunicação precisamos estar "ligados", e isso é muito difícil. Desde bem cedo na vida, as pessoas são treinadas para bloquear seus sentimentos porque não desejam ser vulneráveis, ser criticadas ou receber desaprovação.
Para haver comunicação é necessário uma boa sintonia entre duas pessoas. E uma perfeita sintonia só é possível quando há confiança, compreensão e apreço. A pessoa deve se sentir "em boas mãos", caso contrário, ela será muito seletiva quanto a suas revelações.
 


A segunda área crítica do casamento, que quero destacar é o carinho. Carinho tem que ver com sua capacidade de dizer: "Eu te amo". Inclui palavras, afetos físicos e tudo o que um faz pelo outro.
Uma das mais trágicas constatações sobre a maioria dos casais, hoje em dia, é que depois de casados não expressam o mesmo carinho dos tempos de namoro. Essa omissão é problemática porque o que expressamos afeta nossos sentimentos. E se nada expressamos, nossos sentimentos também se apagam.



A terceira área crítica do casamento é o companheirismo. A capacidade de fazer os outros se sentirem bem. É possível julgar a qualidade do companheirismo pelo que representam os encontros com aquela pessoa, e se não há encontros...
Compare seus encontros de agora com os do tempo do namoro. Vocês gostam de ficar juntos a sós? Arranjam tempo para isso? Ou é exatamente o que não acontece? A maneira como usam o tempo em que estão juntos é o que determina se há ou não companheirismo.




 
A quarta área crítica do casamento: interesses. Os interesses correspondem àquelas coisas da vida pelas quais você toma a iniciativa. Esportes, hobbies, passatempos artísticos ou devocionais, podem ser considerados interesses. Ou seja, tudo aquilo que dá qualidade à vida.
Ter e desenvolver interesses individuais é bom, mas não o suficiente. É o partilhar coisas em comum, é o identificar-se com os alvos dos outros que acrescenta laços e firma a unidade do casal. É importante aprender juntos, desenvolver um projeto em comum, sentindo a necessidade da participação do parceiro. O resultado será uma intimidade maior com a outra pessoa.





A quinta área crítica do casamento: valores. Todos têm uma escala de valores que inclui dinheiro, crianças, sexo, política, religião e muitas outras coisas. O que é importante para você também é importante para sua esposa ou marido? Algumas pessoas nem mesmo sabem o que é importante para o cônjuge.
Os valores religiosos, por exemplo, são muito importantes porque alargam os propósitos da vida. Se crermos que fomos feitos à imagem divina, vamos nos valorizar muito. E quem foi feito à imagem de Deus deve refletir essa imagem.




  A sexta área crítica do casamento é o sexo. Aqui se inclui todo o relacionamento entre marido e mulher - não apenas um momento passageiro. O sexo está num olhar, num toque na maneira de se relacionar. É um comportamento especial que só existe entre marido e mulher. Se há relacionamento especial entre duas pessoas também haverá sentimentos particulares. Se eles forem compartilhados com outros, deixarão de ser particulares, especiais.
Muitas pessoas acham que já perderam o charme. O problema não é que perderam o charme, apenas deixaram de manifestar aquele comportamento que acende o charme.
A família é a sétima área crítica do casamento. Suas relações com a família vão refletir no relacionamento com o marido ou a esposa. Os papéis de marido e pai e mãe e esposa são inter-relacionados. Os filhos serão afetados pelo seu melhor ou pior relacionamento.
Como você considera a família nessa questão que envolve você e o companheiro? Qual a vez das crianças? As resoluções são tomadas levando em conta a "equipe" toda, ou a jogada é individualista?
 




A oitava área crítica do casamento é o social. Nenhum casamento é estável se funcionar como um clube privado. O casamento é uma relação social que se expande e se fortalece à medida que o seu amor extravasa atingindo a outras pessoas que o circundam. Marido e mulher devem ter amigos comuns mais do que um conjunto de amigos cada um.
Acho que Deus designou a família para ser um centro irradiador de testemunho para todo o Universo. A família não deve ser o fim do amor mas deve ser sua fonte. Se você tem uma família solidária, esse relacionamento deve influenciar os outros. Você deve se interessar pelas outras pessoas também.
Negócios - é a nona área crítica do casamento. Esse é um importante recheio do casamento. Compras, cheques, escolha de móveis, roupas, economias - essa parte administrativa não pode ser isolada das demais atividades do lar. Os negócios devem ser um fator de união do casal. Cada um deve saber o que outro está fazendo e deve aprovar suas atitudes.






E a décima área crítica do casamento que quero destacar: reavaliação. Com essa palavra quero lembrar a importância de o marido e a mulher trocarem idéias sobre o progresso de sua relação matrimonial. Essa reflexão acerca dos rumos, avanços e retrocessos é fundamental para descobrir a necessidade de alguma correção na rota ou para se ter uma idéia global das circunstâncias.

Notaram que o texto é mais brando e amoroso do que a forma como eu me refiro? Então, é exatamente isso que quero dizer apenas de forma diferente quanto a comunicação que deve existir sempre mas, havendo respeito quanto a opinião do outro, já no carinho, é questão de gostar pois, ninguém faz carinho em quem não gosta. Acho essencial esse tipo de tratamento. O companheirismo é fundamental desde que seja de forma amorosa e, se é amorosa, não podemos aprisionar. Os interesses aos quais o pastor se refere eu entendo serem primordiais sem querer que os meus sejam sempre os seus, devemos entender a comunhão de ideais banhados de individualidade quando necessário para não cairmos naquela história de ele não poder jogar futebol e ela ser recriminada por ir ao salão constantemente. Não seria legal ela assistir ao meu futebol de vez enquanto e eu ir buscá-la no salão também? Já os valores são de ordem individual e se juntarão a vida em comum, porém, se um dos dois é desonesto o "caldo" pode entornar, daí a importância de se conhecerem bem antes de entrarem na igreja. Não deixemos para conhecer os defeitos do outro dentro do casamento! O sexo está intimamente ligado a pessoa, cada um sente prazer de uma forma e, quando ambos possuem a tão procurada e cobiçada "química do prazer", é um paraíso de emoções e de tesão um pelo outro mas, quando isso não acontece, é uma lástima porque nós estamos muito carnais e não damos atenção ao sentimento, que deve ser a razão da relação sexual e não a consequência. Quanto ao social é importantíssimo que ambos tenhamos, realmente, amizades em comum, todavia, nada impede de termos nossas amizades individuais sem a necessidade de compartilhá-las. A reavaliação é importante em tudo na vida e na relação do casal não é diferente, devemos estar revendo sempre certos conceitos e manias para não deixarmos a relação acabar por falta de investimentos.

É isso aí pessoal pensemos nisso e, cada um , de acordo com seu modo de pensar e agir, tome seu caminho sem fazer do outro uma mãe ou um pai dentro do casamento, é importante lembrarmos que somos marido e mulher e com gostos, por vezes, completamente diferentes um do outro. A relação deve estar alicerçada na moral da vida de construção.

Abraços aos casais livres, porém, que se amam.

Iran Damasceno.

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