quinta-feira, 3 de outubro de 2013

"O Antigo, O Moderno E O Pós-Moderno"



"Parei na contramão, sem causar riscos de acidentes ao outro, apenas para ver como se da o fluxo dos andarilhos e suas incontáveis "barbeiragens" na estrada da vida. Vi, revi e acabei me orientando com o erro, entretanto sem jamais me acomodar na mesmice dos errantes que insistem em participar nas derrapadas e freadas dos inconsequentes".

Iran.

Olá, querido leitor!

Quando foi que a criação se deu? Quem criou a ideia de Deus? Porque tanta divergência sobre o que não se tem certeza? Como "deitar em berço esplêndido", ao acharmos que chegamos ao conhecimento?
Se a certeza fosse o ponto principal da vida, todos os problemas estariam resolvidos e, a partir daí, sentiríamos uma "ressaca" insuportável que nos deixaria sem rumo. Será que já "pensamos em pensar" que o que nos move são as dúvidas? Ter sempre certeza pode estar relacionado com a fuga dos enfrentamentos, das guerras interiores e a não aceitação do medo de viver, entretanto só chega ao "medo da vida" quem está órfão de si mesmo, quem está na transição do auto-conhecimento ou então aquele que materializa a existência em ações pueris banhado de inconformações ou rebeldias. Se pensarmos que as culturas mais diversas foram criadas devido as dúvidas já estaremos em direção ao íntimo das "cavernas" da mente humana, e assim iniciando as construções do surgimento do tudo. Quando atingimos o cume das certezas em relação ao que vemos, nos tornamos uma espécie de "deuses" da razão humana, sublimando-nos ao patamar da incredulidade racional. Quantas culturas e ações estão no campo da subjetividade e ainda assim achamos, em nossas mentes mais expansivas e irracionais, que chegamos longe demais?
As descobertas científicas são fascinantes porque apresentam resultados tangíveis mas, quase nunca, observamos os efeitos colaterais por causa das ambições do imediatismo, que acaba nos guiando ao que queremos sem edificarmos firmemente, pelo simples fato de não alicerçarmos as razões das dúvidas. O homem chegou a lua mas, sequer, chegou perto do que está incontido no inconsciente. Agora os tempos são outros, passamos a duvidar mais e ainda assim dependemos do "calendário" para nos posicionarmos diante dos imediatismos da conquista, e a busca dessas mesmas conquistas permanecem inalteradas em suas essências para não termos tanto trabalho em nos desdobrarmos construindo mentes pensantes, pois fica mais fácil e cômodo darmos continuidade ao que nos conquistou com as suas facilidades, que são as formas de vida na "razão" dos incoerentes pensamentos engessados, e assim termos mais "conforto" e aceitação por parte das maiorias. O pastor "toca" suas ovelhas porque as mesmas se condicionaram a serem "tocadas" e aprenderam a viver por si só, ainda que observando os pares e as ações naturais inconformadas, portanto certamente que tais ações nos remete ao ANTIGO e o MODERNO sendo que o PÓS-MODERNO é o limite dos "criativos".

Iran Damasceno.








Um comentário:

Silvana disse...

Iran
Concordo com sua linha de pensamento o caminho é esse aprender sempre e não ficarmos amarrados a conceitos estreitos que beneficiam seus autores .Caso isso seja rebeldia eu assino em baixo . Beijos
Ter sempre certeza pode estar relacionado com a fuga dos enfrentamentos, das guerras interiores e a não aceitação do medo de viver, entretanto só chega ao "medo da vida" quem está órfão de si mesmo, quem está na transição do auto-conhecimento ou então aquele que materializa a existência em ações pueris banhado de inconformações ou rebeldias