Querido leitor:
"O bêbado e o Reveillon"
O advogado do diabo ataca novamente! O bêbado e o ano novo estavam conversando de forma íntima, e chegaram a seguinte conclusão: Eu sou do meu jeito e você é do seu, concorda? Perguntou o bêbado. Ambos chegaram a conclusão que não adiantava ficarem discutindo mas sim expor seus pontos de vista e cada um aceitar o do outro. Pronto, iniciou-se a discussão em torno do Reveillon. Vamos ao Reveillon:
Acho lindo as pessoas se confraternizando de uma forma pacífica e animada, irem a praia, tomarem champanhe, colocarem oferendas na água, assistirem aos fogos, vestiram roupas brancas, colocarem louro na carteira, pularem sete ondas... Isso faz da vida uma dança e deixa a psicosfera mais agradável de se sentir. O comércio fica movimentado e gera mais empregos, ao passo que o mês inteiro fica mais emocionante. É assim que sinto as comemorações da passagem do ano. O bêbado:
Engraçado, só ficamos pacíficos e animados no dia 31 de Dezembro, Carnaval, final de campeonato...? É preciso essa data para tomarmos uma bebida mais requintada? As oferendas resolvem os problemas? Vestir roupa branca trás algo de bom? Colocar louro na carteira já deixou alguém rico ou arranjou namorado para o solteiro (a)? Pular sete ondas dá sete anos de "sorte"? Quanto a economia eu acho engraçado, tudo é motivo para gastarmos mais do que devemos em prol de uma mistificação e, para piorar, na calada da noite, os sorrateiros políticos estão votando coisas perniciosas para o país mas que beneficiam a eles mesmos, por exemplo. Se para a vida e a psicosfera ficarem mais agradáveis nós temos que esperar até o final do ano para tal, então eu vou ficar embriagado o ano inteiro e sóbrio somente no dia 31 de Dezembro.
Bem, a partir daí o bêbado pediu mais uma e o Reveillon foi a praia se juntar aos demais para festejarem a passagem do ano.
Que a paz esteja sempre em nossos corações, independentemente de data.
Iran Damasceno.
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