sábado, 11 de agosto de 2012

"A "Desolimpiadalização" Do País Do Futebol"


Olá, leitor!

Quando terminada a 2ª guerra mundial a Alemanha era o caos total e a partir da ajuda dos Estados Unidos, com talento e determinação, hoje são uma grande potência, tanto os Europeus quanto os Norte Americanos. O Japão é outro exemplo e, após a destruição própria e dos países vizinhos, custeada pelos "japas", eles aceitam ajuda dos Americanos e a partir da década de 1960 eles se tornam também uma potência econômica mundial e deslancharam para o mundo, servindo inclusive de referência. Mas o que isso tem a ver com o futebol? Muito!
Nós temos água em abundância, um solo fértil, um dos melhores climas do planeta, um povo pacífico e o talento natural pra jogarmos futebol, porém, porque será que o futebol brasileiro está ficando pra trás em relação a conquistas? Seria a educação desportiva? Acho que sim. Notemos que a contradição, que é um norte em nossas vidas, eu diria, é consequência da FALTA DE EDUCAÇÃO em todos os sentidos e é isso que está travando o nosso desenvolvimento, não aceito a retórica de que somos um "país bebê" se comparado aos milenares, não posso aceitar essa enfadonha desculpa até porque sabemos exatamente o que é necessário e pernicioso para o crescimento. Quanto as questões técnicas eu entendo que estamos sim atrasados pelo fato de não haver, ainda nos tempos modernos, a educação e, consequentemente, o planejamento e a organização, a visão empresarial (essa não vai acontecer no Brasil porque acabaria com a "farra da roubalheira" nos clubes) e a profissionalização dos envolvidos no contexto, inclusive os jogadores. Os treinadores são desunidos pelos salários, ora, um "profissional", que em muitos casos sequer tem formação superior ganham a bagatela de 1 milhão de reais (nem os treinadores dos grandes clubes europeus ganham isso) e não estão nem aí para os acontecimentos, temos um sindicato aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, que vive de aplicar "cursinhos" de cinco dias e após isso entregam diploma e carteira profissionais e os mesmos saem por aí felizes da vida. A única vez em que se reúnem é no ELITIZADO "FOOTECON" (organizado pelo competente Carlos A. Parreira), que é chancelado pela CBF e custa uma fortuna para nossa realidade, deixando de fora a maioria dos treinadores que deveriam assistir e abrangendo aqueles que possuem totais condições de até saírem do país para buscarem aperfeiçoamento e não o fazem porque aqui é a "farra do boi". Já os jogadores, esses são vitimas de si próprios porque geralmente são oriundos das classes mais baixas da sociedades e, da noite para o dia, ficam milionários e vão viver as suas vidas no exterior sendo "obrigados" a aprender a cultura estrangeira quando ainda sequer possuem a deles mesmos. Somos ou não somos a contradição em pessoa?

Tenho percebido que na última década a Alemanha, a Inglaterra e a Espanha, por exemplo, estão parecendo o Brasil dos bons tempos e nós estamos parecendo os "gringos" dos maus tempos. Nosso futebol está perdido e burocrático porque não temos educação para jogar devido a nojenta mania do brasileiro em achar que sempre estamos certos e que os outros é que tem que nos imitar, pois bem, aconteceu e hoje em dia "os caras" estão nos imitando melhor que nós mesmos, basta vermos a Alemanha jogar com a bola de pé em pé e, quando eles não a tem, ocupam os espaços e aplicam uma marcação de qualidade. A Espanha é o exemplo maior pelo fato de estarem mais próximos da nossa realidade em termos de habilidade natural, o Barcelona consegue fazer com que seus craques se agrupem, tanto pra jogar com a bola quanto sem a mesma, enquanto que aqui no Brasil os craques não podem sequer esticar a sua "perninha" para tentar tirar a bola do adversário (prova disso foram os dois gols do México: Um com a roubada de bola e finalização rápida e o outro com uma jogada ensaiada). Pra fechar, o que vi no jogo do Brasil contra a Coreia foi um festival de incompetência e um prenuncio do que iria acontecer contra o México, embora tenhamos vencido por um placar "elástico" a atuação quanto a forma de jogar foi de uma equipe que não sabe marcar e sempre depende da genialidade individual de alguns jogadores mas, eu pergunto: Até quando seremos assim tão místicos e dependentes do achismo? Será que um dia o Brasil será um país que fará as coisas de maneira planejada? Bem, enquanto isso não acontece vamos brincando carnaval, vendendo voto, indo aos estádios lotados e sem nenhum conforto, sem transporte público... e admirando o Neymar arrebentar.

Hoje, contra o México, eu re-vi Santos x Barcelona na final do mundial.

Iran Damasceno.




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