segunda-feira, 13 de agosto de 2012

"UPP, O Estado Se Lixando Pra Você"


Olá, leitor!

Miséria + falta de educação + falta de transporte de massa + falta de saúde + falta de segurança + corrupção = Brasil. Parece pessimismo sim, eu sei, porém, a voz da indignação e dos que querem ver o bem triunfar pelo fato de não estar em concordância com essa enganação que é o Brasil, não vai se calar e, caso alguém discorde, informo que tem todo o direito, inclusive de não mais ler as postagens em meu blog. Porque falo isso? Tenho recebido alguns comentários a respeito do que escrevo e das críticas que faço em relação aos erros e maldades que ocorrem em nossa sociedade, não somente quanto a criminalidade, corrupção na política, falta de educação do povo mas em certos "tabus" que certamente desagradam aos mais tradicionalistas, que é a religião. Mas vamos ao que interessa, por hora: As UPPs. O que são? Vamos aos fatos, segundo a ótica das administrações.

Unidades de Polícia Pacificadora: O que são, a que anseios respondem e quais desafios colocam aos ativismos urbanos? 


Foi inaugurada, no dia 19 de dezembro de 2008, a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do município do Rio de Janeiro, na favela Santa Marta, na Zona Sul da cidade. Quais impactos elas trazem às favelas ocupadas? Que papel elas desempenham na produção do espaço urbano carioca e, finalmente, quais implicações trazem para a práxis dos ativismos urbanos? Por Eduardo Tomazine Teixeira


“A Unidade de Policiamento Pacificadora é um novo modelo de Segurança Pública e de policiamento que promove a aproximação entre a população e a polícia, aliada ao fortalecimento de políticas sociais nas comunidades. Ao recuperar territórios ocupados há décadas por traficantes e, recentemente, por milicianos, as UPPs levam a paz às comunidades do Morro Santa Marta (Botafogo – Zona Sul); Cidade de Deus (Jacarepaguá – Zona Oeste), Jardim Batam (Realengo – Zona Oeste) e Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira (Leme – Zona Sul). (…) [Atualmente, as favelas dos Tabajaras e dos Cabritos, em Laranjeiras, do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo, em Copacabana, além da favela da Providência, no Centro, já foram contempladas com UPPs]. Criadas pela atual gestão da secretaria de Estado de Segurança, as UPPs trabalham com os princípios da Polícia Comunitária. A Polícia Comunitária é um conceito e uma estratégia fundamentada na parceria entre a população e as instituições da área de segurança pública.(…) Até o fim de 2010, 3,5 mil novos policiais serão destinados às Unidades Pacificadoras.” 


Pois bem, atentos ao que lemos vamos tentar entender se está em acordo com o que queremos: Na "teoria" ela é um "modelo" de segurança pública, ok, entretanto necessitamos saber se isso dará certo devido as visões diversas quanto as camadas sociais em questão. Para o cidadão comum e de bem, morador das favelas, isso é até certo ponto providencial, para a camada mais alta da sociedade é um "alivio" retirar os bandidos dessas regiões, já para os moradores "farristas" dessas mesmas favelas é um incomodo e, para a população da Baixada Fluminense, reclamações em relação ao "despejar" de bandidos na região. E o Estado, onde está nessa história? Vamos lá: É "fácil" implantar esse tipo de estrutura em favelas, até porque o Governo Federal, em suas duas últimas edições (Lula e Dilma), "derramaram" grana no Rio e o governador em questão, Sérgio Cabral, beneficiou-se disso, tanto que reelegeu-se, e saiu criando UPPs nas favelas DA ZONA SUL ou próximas ao que pode ser visto por turistas, porém, e os outros aspectos que são de suma importância e, sabedores que somos, são o alicerce dessa ideia? São eles:

1) Como pode se criar esquema de segurança em áreas COMPLETAMENTE CARENTES de tudo, como: Saneamento básico, coleta de lixo, escolas, esporte, lazer, água, iluminação, creches, hospitais...
2) Para onde vão os bandidos que escapam dessas investidas da segurança? Eu informo: Vem para a Baixada Fluminense! Aqui eles não serão "incomodados" porque também não se tem nada disso e o que é pior, a política só é lembrada em épocas de eleições e, consequentemente, diante de um povo quase que 100% omisso em sua totalidade (vendem votos, jogam lixo nas ruas, aceitam joguinhos de camisa por votos a serem dados aos corruptos de sempre...) isso vai se agravando, a violência aumentando e a falta de atenção por parte dos governos só deixam a situação calamitosa. É o famoso "jogar o lixo pra debaixo do tapete". Nós, moradores da Baixada, somos a "escória da sociedade" e estamos esquecidos tanto quanto as comunidades das favelas do Rio. O que eles fazem é "jogar esporte" para a população assim como se joga comida aos porcos, basta ver esse "projeto" (?) que chamam de SUDERJ 2016, passadas as eleições isso tudo acaba. Falo isso porque trabalhei em três desses e sei que é DINHEIRO JOGADO FORA, não há início, meio e nem fim porque ele é EXTREMAMENTE ELEITOREIRO, vem para conquistar votos para os candidatos a vereador e prefeito que apoiam os mesmos candidatos, só que no Rio. É assim que funciona!

A tempos que eu ouço a seguinte retórica: "Todo poder emana do povo". Profunda UTOPIA!

Iran Damasceno.

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