quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"Quem Não Se Comunica Se Trumbica"



Olá, leitor!

Falar, falar, falar... escrever, escrever, escrever... assim se pensa e falam por aí que deve ser a função de um Jornalista, embora eu passe longe de ser um, entendo que quem pensa assim é um verdadeiro IGNORANTE. Como pode alguém achar que um curso de jornalismo oferece ao seu público e, diante de uma mídia que cresce (em talento e informação) a cada ano, a possibilidade apenas de se expressar? Ledo engano!
A partir da aprovação do PEC (proposta de emenda à constituição - 33/2009), realizada no plenário do Senado em 07/08/2012, aprovada em segundo turno por 60 votos a 4, que torna obrigatório o diploma de nível superior de comunicação social, habilitação jornalismo, para o exercício da profissão de jornalista. Mas o que está em discussão é se realmente as pessoas que não possuem o referido diploma, porém, que tenham talento para desempenhar determinada função em TV, rádio, Jornal...  podem atuar no meio. O que você acha? Vamos nos ajudar a formar opinião. Leiamos a frase abaixo e tiremos as nossas conclusões, de maneira coerente:


Agora as atribuições de um verdadeiro jornalista:

O artigo 4 do código, em sua nova versão, aprovada em Congresso da categoria em 2008, estabelece que:

"O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação".

Pois bem, a partir daí temos que abrir discussão na sua ambivalência quanto a questão da aquisição de conhecimentos técnicos, científicos, éticos..., porém, devemos entender também que "toda regra possui as suas exceções", sendo assim, nem sempre o profissional que está portador de diploma é 100% capaz de desempenhar a sua função. Quando falamos que o jornalista tem o dever de relatar os fatos e pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação, sabemos que não é bem assim como as coisas caminham, já vi o próprio Kajuru, que possui apenas a antiga 5ª série, ser muito mais informativo e verídico quanto a apresentação da notícia do que muitos jornalistas de formação. Por fim, entendo que estamos em uma sociedade em que podemos encontrar os bons e os maus em qualquer segmento, todavia o talento do indivíduo deve sim ser levado em consideração e as emissoras, que em princípio deveriam ser mais criteriosas em relação a contratação desses profissionais, poderiam possuir o discernimento e a ética de não "permitirem" que pessoas sem a menor responsabilidade ficassem a frente das câmeras, falando para milhões de pessoas, sobre salários dos outros, de fazerem insinuações a cerca da privacidade de quem quer que seja e muito menos noticiassem o que não acontecerá depois.
Acho que ser jornalista vai muito além do diploma e da notícia, ele passa pela criteriosa forma de informar e educar a quem quer que seja e esteja a frente da tela, atrás do jornal e diante do computador. Vejo por aí verdadeiras aberrações, como por exemplo: O ex-jogador Neto falando asneiras e deseducando ao seu público com um Português enfadonho (não me refiro ao sotaque interiorano, mas aos erros gramaticais e ortográficos), o Arnaldo César Coelho (ex-árbitro Internacional e professor de Educação Física) a todo momento chamando árbitro de "juiz" e, ao ser interpelado sobre o assunto, o mesmo se defende dizendo que fala assim devido ao público entender dessa forma, ora, na condição de comentarista e professor ele não deveria informar o correto e assim as coisas caminharem melhor? 

Vejo que educação é coisa para segundo plano e a informação no Brasil está além dos diplomas, ela passa pela questão da conscientização e não somente em sentarmos, por quatro anos que seja, em bancos universitários e enchermos os bolsos dos donos de Universidades que quase sempre oferecem um serviço de extrema defasagem. Jornalismo é coisa séria e deveria ser desenvolvido por gente mais séria ainda, que o diga o maior comunicador de todos os tempos, Chacrinha: "Quem não se comunica, se trumbica".

Iran Damasceno.


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