quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Alcoólatra Ou Vítima Do Frankenstein Torcedor"?


Olá, leitor!

Na busca incessante em termos uma vida mais tranquila e cheia de conforto e segurança podemos dizer que qualquer ser humano luta pra isso, basta percebermos que todo individuo está para o bem assim como a vida a nos brindar com as suas maravilhas. É só olharmos atentamente a natureza e observarmos o que ela nos quer oferecer. As sociedades estão sendo conduzidas por nós por caminhos difíceis em tempos de tamanha força de vontade pelo ter e assim acabamos sendo vitimas de nós mesmos, quando em ações de desvarios onde nos rendemos ao que é pueril e decrescente. Essa mesma sociedade que construímos, por vezes, se vira contra nós pelo fato de estarmos sempre conquistando o que não deve ser nosso, como: Dinheiro em excesso, vaidades, egoísmos, luxuria, banalidades... e, sendo assim, eu arriscaria dizer que o Adriano está dentro dessa observação. Em fim, ele está de volta a rotina que sempre lhe trás problemas, que é a do futebol. Mas a discussão agora é: Ele é ALCOÓLATRA?
Prometi que não postaria mais nada sobre esse rapaz mas, diante da comoção social que é causada pelas suas atitudes, passando pela permissividade da mídia e dos que dele "se alimentam", se fazem necessários meus comentários até porque crianças e jovens precisam ser alertados a cerca dos fatos. O que eu trago pra discutirmos, hoje, é se ele é ou não é alcoólatra. Pra entendermos melhor, entendamos o que é ser alcoólatra:
alcoolismo é geralmente definido como o consumo consistente e excessivo e/ou preocupação com bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira com a vida pessoal, familiar, social ou profissional da pessoa. O alcoolismo pode potencialmente resultar em condições (doenças) psicológicas e fisiológicas, assim como, por fim, na morte.
Será que o Adriano se encaixa nesta definição? Ao logo dos últimos dez anos eu venho ouvindo diversas coisas a seu respeito, mas uma me chamou a atenção: A morte do seu pai. Se entendemos por essa ótica, como é que alguém que sente a falta do pai, tendo toda uma família a sua disposição, a mídia, dinheiro, amigos, fama, facilidades... pode estar em tal situação? Sei que cada um é cada um, porém, vejo que ele já está com 30 anos de idade e, diante das suas passagens por países de culturas elevadíssimas, de tanta informação, carinho de todos, acompanhamentos diversos ele pode se deixar chegar ao ponto de se tornar um alcoólatra? Será que um alcoólatra consegue jogar futebol? Ser praticante de uma rotina tão exigente com seu corpo e sua mente? Será, também, que o motivo não seria outro de ele não jogar mais futebol e não conseguir cumprir com a sua rotina de trabalho, mesmo ganhando "rios" dinheiro e tanta liberdade, sem ter patrão no seu pé e adquirir tanta coisa? Já me deparei com situações de espanto quando cheguei a jogar com jogadores que bebiam demais, entretanto, nunca os ouvi dizer que não conseguiam praticar a sua atividade porque o álcool não permitia, portanto começo a tentar entender se o Adriano é alcoólatra ou se ele gosta é de farra e já está de "saco cheio" dos compromissos, até porque ele está MILIONÁRIO e tem o "mundo aos seus pés". Se ele é portador dessa doença terrível eu vejo que o tratamento está errado porque sempre as pessoas estão encobrindo as suas "lambanças", o que pode sim estar contribuindo com tudo que ele afirma estar passando. Se é isso realmente, não estariam reforçando o problema?
Certos tipos de personalidades entendem que isso é normal pelo fato estarem para o futebol assim como estamos quando assistimos a um filme romântico onde até choramos. Informo que o filme é utopia, por vezes, mas o futebol é realidade e dessa mesma realidade dependem muitas pessoas pelo poder incisivo que esse segmento social tem na sociedade e, consequentemente, na vida dessas mesmas pessoas, basta observarmos que o inconsciente do ser está intacto e ele passa a se permitir ser envolvido na questão diretamente e se vê na realidade que não é a sua. Daí surgem os "ídolos" em suas vidas e esses "personagens" fictícios moldam as vidas das pessoas que estão cegas e surdas para uma realidade que está interferindo profundamente na vida de relação, basta ver que o indivíduo sai de casa para matar e ser morto, por causa de uma partida de futebol e um "ídolo de papel" que não deixa nada de positivo em sua tão sofrida vida. Daí eu acho que surge um Adriano "monstruoso" mas, devemos lembrar que, o "Frankenstein" somos nós e não o jogador. Ele passa, então, a ser a vítima dele e dos que se aproveitam da sua ilusão de figura conhecida e líder e por isso acabam vivenciando uma situação de simbiose patológica. "Eu dou o chute e você me aplaude". "Eu faço balburdias e farras com mulheres bonitas, carros importados, apartamentos luxuosos e você, torcedor, se satisfaz com as migalhas que caem dos meus bolsos abarrotados de grana, fazendo com que o sofredor do metrô lotado para ir trabalhar diariamente se sinta, ilusoriamente e momentaneamente, abastecido de uma massagem virtual em seu ego tão adormecido de ilusões".

É nisso que "transformamos" o Adriano, num alcoólatra da bebida oferecida por nós mesmos.

Iran Damasceno.

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