quarta-feira, 26 de outubro de 2011

" A Política Dos Ordinários "


Amigo leitor:


Enquanto o clima no planeta terra se organizava para que a vida humana futuramente acontessesse, o habitante mais "ilustre" chegaria a qualquer momento e, junto a ele, seus medos, ambições, vaidades, egoismos, desigualdades, maldades em geral... viriam juntos. Falo do homem! Vale lembrar que ele passou por transformações físicas e psicológicas ao longo da sua existência até hoje, era semicurvado e peludo, porém, segundo a teoria da evolução, ficou ereto e sem pelo (excessão do Toni Ramos - rsrs) devido ao calor e a necessidade de subir em árvores para se alimentar e fugir dos predadores, o que o alongou e causou a sua evolução. A teoria só não previa que, ao descer da árvore, ele viria com mais fome ainda ao ponto de devorar a si próprio, ante as suas aterrorizantes manias de aprisionamento do coletivo, o qual escolheu a política para impetrar seus intentos. Nascia aí a POLÍTICA DOS ORDINÁRIOS.
Um dos grandes pensadores da historia da humanidade foi Platão, o mesmo apregoava, já naquela época, uma política mais equilibrada, todavia, devido as conquistas e posibilidades que os grandes gênios da humanidade nos deixaram, o homem encontrou um desvio letal e, consequentemente, diante das ambições descabidas, caímos em um abismo quase sem volta, que é a politica do capitalismo que, a meu modo de ver, é a grande causa dos males da vida na terra. Vejamos um resumo de parte do pensamento de Platão:






Quem faz e quem
deve fazer a política
da Antiguidade


Platão, teórico da sociedade justa



Platão (427-347 a.C.)


Quem faz a Política?


Para Platão, como ele expôs detalhadamente no seu clássico sobre a política, denominado "A Republica"(Politeia), uma extraordinária exposição sobre o estado ideal, os regimes políticos existentes em qualquer época nada mais são senão expressões dos caracteres (ethos) humanos. Assim, por exemplo, o gosto pela ordem, pela hierarquia e tradição, sustenta a monarquia, enquanto o desejo de pertencer a um grupo exclusivo e a tendência de só a ele favorecer gera a oligarquia. Por outro lado, a inclinação egoísta que alguns têm à enriquecer e à amalhar tesouros é a base do regime timocrático, enquanto o pulsar do sentimento de fraternidade, igualdade e solidariedade, existente entre os homens, inspira-lhes o viver numa democracia. Finalmente, o temperamento colérico, raivoso e descontrolado de certas personalidades fortes, dá sustento à tirania. Logo, por detrás de tudo, de quem faz a política, nas suas mais variadas formas (monárquica, oligárquica, timocrática, democrática ou tirânica) é o Sentimento.




A relação entre os sentimentos e os regimes políticos


SentimentoRegime Político
Gosto pela ordem, pela hierarquia e tradiçãoMonarquia
Tendência de pertencer a um grupo e a ele favorecerOligarquia
Egoísmo, exclusivismo, gosto pela riquezaTimocracia
Fraternidade, igualdade, solidariedadeDemocracia
Cólera, raiva, fúriaTirania

A politica se transformou em uma grande derrocada no planeta terra, aviltando os povos e derramando a cólera que tanto se referiu Platão, até os tempos atuais. O que causa certo estarrecimento a esse humilde e pequeno pensador, que sou eu, é o fato de os que detém o poder quererem sempre mais para sustentar não a si, mas a seus "encarcerizantes" pensamentos e atitudes de egoismo e ambição descabidos e, como consequência, o mal da humanidade ao passo em que se pensando em uma minoria, a maioria se transforma em aprisionados da ignorância, talvez um mal pior do que a fome. Mas isso tem jeito? Sim, porém, embora alguns amigos particulares me considerem pessimista, eu respondo dizendo que não é verdadeiro o pensamento a meu respeito, apenas entendo que muito mal ainda será necessário para que tomemos atitudes diferenciadas e a divisão quanto a condição de vida seja o caminho para amenizarmos tanta dor causada pela política dos ordinários que só veem a sua frente as cifra$ das ações capitalistas, a nos levar ao mar do sofrimento. Me posiciono também em relação as religiões (um dos maiores focos políticos existentes) que contribuem com a miséria causada pela politica dos ordinários, ao passo em que corroboram com esse segmento e com pessoas com tais atitudes, entendo que o papel político das religiões poderia e deveria ser de forma moral e não participativa ao ponto de colaborarem de maneira tão nefasta, ainda que em tempos modernos onde a informação acerca dos fatos está tão evidenciada. É uma pena!

Abraço aos "platônicos" e "socráticos", ainda que ideologicamente falando.

Iran Damasceno.

Nenhum comentário: