sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"O Crítico Em Sociedade É Tão Importante Quanto A Água De Beber"


Querido leitor:

Se hoje tivéssemos somente duas pessoas vivendo em todo o planeta terra, teríamos divergências. Porque isso ocorreria? Notemos que é fácil o entendimento de tal fato devido a sermos diferentes um do outro, entretanto não me furtaria em dizer que, sendo nosso planeta bastante populado, com culturas diversas e diante do advento do capitalismo abundante as coisas mudaram de figura.
A partir do momento em que o diferente se posiciona no sentido contrário aos interesses de uma certa maioria ele passa a ser visto de maneira negativa e até mesmo rechaçado, diante do seu olhar diferenciado e, ainda que corretamente, fica alijado das sua ideias. Mas o que seria a causa de tal comportamento? Não podemos generalizar ao ponto de achar que toda pessoa crítica é correta e sincera, podemos estar diante de um inconsequente e desonesto, porém, aqueles que se movem através da ideologia do bem deve se manter como tal porque os tempos são chegados, a miséria intelectual e moral estão começando a ser colocadas mais em evidencia para que os justos e competentes possam triunfar e o bem comum prevaleça.
Já reparamos como as pessoas presunçosas e prepotentes não aceitam criticas? Podemos observar artistas, jogadores de futebol, políticos... Que erram e, ao passo que a crítica os atinge, ficam transtornados e utilizam-se da velha e "boa" retórica: "Eu sou o fulano, eu fiz isso, eu posso aquilo"... Esse é o apodrecimento do caráter humano que se faz valer pelo que tem e não pelo que é, não é concebível que alguém se entenda como 100% correto ou capaz de realizar coisas e, o que é pior, achar que nunca está errado. Pobre engano!
Algumas dicas para entendermos e aceitarmos as criticas. Vejamos:


Como reagir a críticas de maneira construtiva

É claro que há situações em que o que você precisa fazer é realmente refutar e discutir as críticas recebidas. Mas as dicas abaixo são para os demais momentos, aqueles em que você pode e deve reagir com tolerante elegância, aceitando de forma positiva a crítica feita sem intenção de ofender.
  • Segure a sua primeira reação: conte até dez, deixe passar 2h, aguarde para responder só amanhã… Sua primeira reação pode tender a ser muito mais emocional do que racional, e reduzir a chance de resolver algum eventual problema real, ou de ter algum aprendizado com a experiência. Às vezes é necessário morder a isca e entrar em um bate-boca, mas se você entrar em todos eles, pode até “ganhá-los” várias vezes, mas progredirá menos. Reagir a provocações pode ser importante, mas não é boa estratégia – quem sempre reage pode ser facilmente manipulado e conduzido.
  • Não desperdice o feedback: por mais mal-educada e inapropriada que a crítica seja, ela traz em si algum feedback – sobre o seu serviço, sobre você mesmo ou até sobre a pessoa que está criticando. Identifique-o, e atue sobre ele, mesmo que você não vá responder ao autor.
  • Agradeça, mesmo que sob o ponto de vista de quem fez a crítica, o ato em si seja um desperdício. A crítica é um feedback importante, e pode contribuir para a melhoria do seu desempenho, mesmo que a intenção dela seja ofender e magoar. Agradecer, e de fato levar em conta a informação recebida, pode ser uma boa resposta inicial, principalmente quando você tem certeza de que, a longo prazo, você será cada vez mais bem-sucedido na iniciativa que está sendo criticada.
  • Identifique o núcleo da questão. Muitas vezes, uma crítica válida vem embalada em uma série de camadas de ofensas. Identificar e responder somente à crítica que é o centro da questão é uma forma energeticamente econômica de passar a mensagem de que o reclamante não está à altura de ofendê-lo, e de que manifestações futuras podem se concentrar no aspecto crítico da questão, dispensando as tentativas de ofender, porque elas não colam mesmo.
Na maioria das vezes, as críticas viciosas são reflexos de problemas de quem está criticando, e não de algo que a pessoa que está sendo criticada fez, ou deixou de fazer. Mas só podemos controlar a nós mesmos, e não aos outros, portanto cabe a cada um de nós saber como prefere lidar com a situação.
Qual a sua técnica?

Me recordo que as críticas técnicas foram feitas para serem utilizadas pela elite e não pelo subalterno, em uma empresa, por exemplo, elas geralmente são feitas de cima para baixo, o que é um grave erro por sabermos que entre a classes mais baixas pode estar a salvação para a não falência de uma empresa porque, as vezes, entre os proletários pode estar  presente um "Lula".
Meu superego não me deixaria aceitar uma crítica no ponto mais vertiginoso da minha personalidade, alguns de nós entende, ou melhor, não entende que ao ser analisada a crítica temos a possibilidade de refletirmos sobre seus potenciais de acerto ou de equívoco, sendo assim, diante de tais considerações, tenhamos a certeza que ficaremos mais seguros de nós mesmos pelo fato da humildade verdadeira, ao ser exercitada de maneira altiva, nos dá a devida experiência que tanto necessitamos. Mas outra coisa que me fez escrever, resumidamente, sobre o tema foi a deturpação sobre o que quer dizer experiência.
Ela nem sempre está caracterizada pelo fato de alguém estar a mais tempo que você fazendo a mesma coisa, porém, o que nos credencia a tal afirmativa é o fato de fazer melhor, cada um possui capacidades e dificuldades e por isso estamos mais ou menos capacitados para isso ou aquilo. Me recordo que na época da faculdade eu tinha um amigo que "sacava" Biologia demais, eu, ao contrário, possuia facilidade com as ciências humanas ao ponto de ler um livro de 160 páginas e fazer uma síntese do assunto em 30 linhas. Já dizia o ditado popular: "Cada um é cada um".
Vejo que a humanidade perde muito tempo com futilidades e uma delas é a falta de aceitação de si mesmo, quando enveredamos por caminhos estreitos e sem possibilidades de volta por termos um tempo relativamente curto para retornarmos, por vezes.
Vejo que o mundo está lotado de pessoas brandas, precisamos daquelas que vão a raiz da questão até porque tudo, rigorosamente tudo, se discute e, portanto, noto que as políticas ordinárias e as religiões equivocadas e exacerbadas, por exemplo, estão levando as sociedades ao caos material e espiritual. Essa, minha opinião! Precisamos de mais Chico Xavier, Madre Tereza, Martin Luter King..., porém, precisamos muito de Nietzsche e Nelson Rodrigues para que eles nos apontem os doentes do comportamento e nos informem que toda a unanimidade é burra. 

Grande abraço aos humildes e inteligentes.

Iran Damasceno.

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