terça-feira, 18 de outubro de 2011

" O Esporte Também Gera Lucro, Pra Corruptos "

  

Amigo leitor:

É com imensa tristeza que volto ao assunto sobre projetos esportivos desenvolvidos pelo Estado ou pela ordem federal, haja vista que, anteriormente, para quem acompanha meu blog, já tive o desprazer de falar sobre o projeto "SUDERJ em forma", desenvolvido no RJ pelo governo do Estado, o qual eu trabalhei por quatro vezes e, em nenhuma delas, percebi evolução e alcance dos objetivos. O grande "vilão" agora é o projeto esportivo "Segundo Tempo", que é desenvolvido pelo governo federal e está sendo investigado pela polícia federal quanto a participação em irregularidades por parte do Ministro dos esportes, Orlando Silva. 


Mas o que é o projeto? Vejamos: 

O Segundo Tempo é um programa idealizado pelo Ministério do Esporte, destinado a democratizar o acesso à prática esportiva, por meio de atividades esportivas e de lazer realizadas em horário complementar ao turno escolar. Tem a finalidade de colaborar para a inclusão social, bem-estar físico, promoção da saúde e desenvolvimento intelectual e humano, e assegurar o exercício da cidadania. 

O programa caracteriza-se pelo acesso a diversas atividades e modalidades esportivas (individuais e coletivas) e ações complementares, desenvolvidas em espaços físicos da escola ou em espaços comunitários, tendo como enfoque principal o esporte educacional. Em breve, uma parceria entre os governos federal e estadual trará o projeto para o Estado do Rio de Janeiro.

Vamos aos fatos: O que me chama a atenção é o fato de nenhum desses projetos atuarem de forma concreta, todos eles são extremamente ELEITOREIROS, falo isso através do meu conhecimento de causa por já haver trabalhado várias vezes, como citado anteriormente, sendo assim, eles são bem elaborados no papel, todavia, na prática, é uma grande ilusão. Se tivéssemos um ministério público mais atuante e menos comprometido, e olha que o que não falta é denuncia, eu mesmo já fiz duas e nunca recebi resposta, poderíamos estruturá-los melhor. Notem que falo sempre no plural devido a existirem dois aqui no RJ, pois o outro é o SUDERJ em forma que também é evidenciado sempre em anos de eleição e logo após a mesma terminar, eles acabam em quase 50% da sua totalidade porque, geralmente, os deputados que recebem os seus núcleos para distribuí-los em localidades que precisam ter uma votação maior, ou são eleitos e se mandam, como de costume, ou não são eleitos e perdem a força política. É nojenta essa prática tão antiga e, infelizmente, "eficaz" para eles.
Não há uma parceria com as prefeituras para que disponibilizem locais adequados e saem espalhando em qualquer pedaço de terra que chamam de campinho de peladas, falo isso, também, porque dos quatro em que trabalhei, em nenhum tivemos locais em condições, como disse, para desenvolvê-lo, era chegar pra dar treino e ter que antes retirar excrementos de animais com a ajuda dos alunos. Em período próximo a eleição eles espalham em todo o Estado, através dos municípios, em qualquer canto, vários núcleos para fazerem estardalhaços e depois não dão continuidade, informo que num deles o atual prefeito Eduardo Paes, à época candidato, marcou uma reunião em um restaurante na Tijuca e foi direto ao assunto, dizendo que seria candidato e contaria com o nosso apoio para que, em caso de eleito, daria continuidade. Obviamente que isso não ocorreu, aconteceu justamente o que eu já sabia.
Pra finalizar e, diante da minha experiencia, informo que se fossemos um pais de administradores altruístas e de um povo mais consciente das suas obrigações e deveres, certamente saberíamos a importância de um projeto permanente como esse e é por isso que fico com a concepção dos americanos, que dizem: "Podemos odiar o jogo, nunca os jogadores". É por isso que a situação está indo de mal a pior. Apresentei um projeto a secretaria de saúde de São João de Meriti sobre uma parceria que poderia ser realizada com a secretaria de esportes, objetivando uma queda significativa nas doenças como diabetes, hipertensão e obesidade e, pasmem, nem resposta me deram, por isso eu digo: Além de desinteressados e colaboradores com a  demência de um povo que só se interessa por pagode, funk e futebol, não perceberam que, se eles gastam, o nosso dinheiro, em torno de R$ 600.000,00 com essas doenças, poderiam diminuir em até 30% esse valor se aplicassem verba em esporte público, principalmente para idosos. Mas isso requer talento, trabalho e bondade o que justamente está em escasses por parte dos chamados POLÍTICOS PROFISSIONAIS.

Iran Damasceno

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