segunda-feira, 10 de outubro de 2011

" A Banalização Dos Fatos Importantes "



Querido leitor:


Toda ação, quando em repetidas vezes é cometida e aceita por um grupo de pessoas, se torna cultura, porém, a culturalização dos atos pode vir a ser positiva ou negativa. A tempos podemos observar que no Brasil as diversas formas de cultura podem ultrapassar os séculos e até milênios devido a uma série de fatores que estão relacionados e atrelados como causa, sendo assim, quando a mesma é considerada negativa e não a mudamos, os caminhos trilhados podem ser os mais perniciosos possíveis, o que causa o atraso do desenvolvimento social, econômico, cultural, religioso... 
A indignação quanto a questões sociais nefastas só podem ser observadas e combatidas por aqueles que tem a noção do que é viver em sociedade, que partem do princípio que certas situações de comoção social devem ser compartilhadas e divididas em responsabilidades para que o bem se instale ou, em caso de negativas as ações, não se alastre e contamine a todos. A corrupção é, sem duvida, o pior mal que pode existir em uma vida de relação, ela é a causa das misérias, que são: miséria educacional, miséria cultural, miséria da falta de saúde, miséria econômica, miséria social, miséria moral... Mas porque o povo brasileiro não é adepto de ações contra males como esse, em relação a sua mobilização? Notamos que quando se trata de passeata gay participam milhões de pessoas, na marcha em favor da liberação da  maconha idem, estádios de futebol em dia de jogo, mesmo com filas enormes e desrespeito ao público, não há discussão e todos aceitam, em dia de eleição as pessoas fazem churrasco para comemorar não sei o que, e por aí vai...
Seria a Roma antiga a nos permitir aflorar os gostos pelo pão e circo? Não saberia dizer ao certo, todavia, me passa a impressão de estarmos contaminados inconscientemente e, ao nos depararmos com as situações, ficamos anestesiados e nos permitimos aceitar a tudo que é nefasto.

Vejamos as informações sobre a passeata contra a corrupção, segundo a materia abaixo.



Grupos contra a corrupção perdem força nas redes sociais



DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO

Grupos que se organizaram pelo Facebook planejam para o feriado em 12 de outubro novas manifestações anticorrupção em 11 Estados.
Os protestos, porém, devem ser menores que os vistos no Sete de Setembro.
Naquele, mais de 130 mil pessoas confirmaram presença no site. Agora, o número caiu para cerca de 40 mil.

Manifestantes fazem protesto contra corrupção na avenida Paulista no Sete de Setembro


Fora da internet, as manifestações de setembro tiveram baixa adesão, com exceção de Brasília, que reuniu cerca 12 mil pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.



Em São Paulo, 1.200 pessoas foram à avenida Paulista. À Cinelândia, no Rio, foram cerca de 50 pessoas.

Os grupos, que desta vez se uniram na organização dos atos, se dizem apartidários. Com ataques à classe política em geral, eles têm como bandeiras o fim das votações secretas no Congresso, a validação da Lei da Ficha Limpa e a transformação da corrupção em crime hediondo.
Para Lucas Lhamas, do Anonymous, o principal é a união dos grupos. "A questão do número de pessoas é um tanto relativa", disse.
Rodrigo Montezuma, do Brasil contra Corrupção, afirma que, se uma das reivindicações for atendida, o saldo das manifestações já é positivo. "Mas, não tenho perspectiva de a gente continuar fazendo protesto todo mês."
Já Ligya Fernandez, do grupo Caras Pintadas, acredita que o movimento está mais fortalecido. "As pessoas estão participando mais."

Observemos também o que disseram alguns parlamentares e autoridades:

Às vésperas da Marcha Contra a Corrupção, que mobilizou parlamentares e militantes em redes sociais, políticos e autoridades avaliam a eficácia de manifestações populares dessa natureza e a tomada de providências contra a corrupção. A lista inclui o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB), que denunciou o mensalão; políticos de oposição, organizadores do movimento e integrantes do governo.
"Tudo que se faz no sentido de combater a corrupção é extremamente válido, extremamente importante. É preciso que toda a sociedade brasileira se conscientize que uma das prioridades deve ser sempre a luta e o combate à corrupção. É preciso que a sociedade cada vez mais se anime dessa indignação contra a corrupção até para que isso possa repercutir dentro das casas legislativas", diz o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
A partir de fatos como esses devemos nos mobilizar e darmos início aos atos de liberação de um povo que está "travado" para o seu desenvolvimento global, através de uma mudança e erradicação da cultura negativa que a tempos nos impede de sermos mais felizes. Não podemos mais banalizarmos os fatos importantes.
Iran Damasceno.

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