quinta-feira, 3 de novembro de 2011

" Educação: 1966, 1967, 196..., Já Evoluímos, Viu "?


Olá, leitor!

Diante dos quase vinte anos atuando com o público infantil e adolescente, em escolas, pude notar o quanto é fascinante e providencial conviver com esses seres em plena evolução e que tanto nos ensinam com as suas descobertas maravilhosas e ações perspicazes. É claro e visível perceber que diante das qualidades apresentadas obviamente que os defeitos, equívocos e erros também existem, principalmente nesta fase de tantas dúvidas e incertezas. Mas como lidar com eles em uma escola arcaica, o que é bastante comum hoje em dia, por ser ela uma extensão de um país que tem como prioridade o CONSUMISMO e a CORRUPÇÃO?
Vamos ao texto abaixo, o qual achei interessante por se tratar de uma similaridade quanto ao que penso, e depois discutimos.



Mídias sociais facilitam interação com alunos e podem ser instrumento pedagógico, defendem especialistas



Agência Brasil

RIO - Escolas precisam experimentar o uso das mídias sociais para aproximar o conteúdo pedagógico da realidade dos alunos, apontaram especialistas em educação que participaram nesta quinta-feira de seminário sobre o tema, no Rio. Segundo eles, o ideal é testar várias tecnologias e ver qual se adapta às regras da escola e os recursos disponíveis aos alunos, aos professores e aos pais.
Ao apresentar casos bem sucedidos e problemas gerados pelo mau uso de redes sociais, o autor do livro Socialnomics: Como as Mídias Sociais Transformam o Jeito que Vivemos e Fazemos Negócios (na tradução livre), o norte-americano Erik Qualmn, disse que é preciso ousar na educação e não restringir as aulas ao método tradicional que se resume a palestras, sem interatividade.
- Precisamos prestar atenção nos alunos, ver com qual ferramenta ou equipamento eles estão mais familiarizados e dar o primeiro passo - disse Qualmn no seminário Conecta, organizado pelo Sesi/Senai. Ele sugeriu, por exemplo, que escolas passem deveres de casa que possam ser apresentados pelo Youtube e substituam livros pelos ipads – aparelhos que reúnem computador, video game, tocador de música e vídeo e leitor de livro digital.
- Em muitos lugares, existe o debate sobre o uso, pelas crianças, de telefones celulares - disse sobre a disseminação dos smartphones – celulares conectados à internet.
- As escolas precisam checar ao que é melhor para si. Na (Universidade de) Harvard, o ipad é permitido em algumas aulas. Outras aulas são dadas da mesma forma há cem anos - acrescentou Qualmn, que também é professor de MBS da Hult International Bussiness, nos Estados Unidos .
Em uma escola pública do município de Hortolândia (SP), Edson Nascimento, professor de educação física, deu o primeiro passo na adoção de novas tecnologias como instrumento pedagógico. Ele criou um blog para divulgar o conteúdo das aulas e conquistou alunos até de outras escolas. Nascimento diz que o principal desafio para difundir a tecnologia na escola é convencer os demais professores a aceitá-la como um recurso educativo.
- Isso não é uma coisa tranquila, não temos adesão de 100% dos professores. Pessoas entendem que se migrarem para a tecnologia não vão mais saber dar aula. Apegam-se ao giz e à lousa como se isso lhes desse controle da turma. Mas os alunos acabam prestando atenção em outras mil coisas - disse Nascimento, que dá aulas para uma escola de 500 alunos de ensino médio e fundamental.
O professor americano Qualmn acrescentou que o próprio uso da internet pode estimular debates sobre a veracidade de conteúdos disponíveis na rede, além de incentivar a produção de conhecimento de forma colaborativa, como o que está disponível no Wikipedia, uma espécie de enciclopédia online aberta, que aceita contribuições de qualquer usuário.
Pedagoga de uma escola particular do Rio, que criou sua própria rede social, Patrícia Lins e Silva relatou que a ferramenta ofereceu "ganchos" para que a escola discutisse tópicos como o uso de "palavrões" e a superexposição de ídolos de adolescentes na rede.

Notaram como as escolhas desse público devem ser respeitadas e orientadas por nós, para que o ser em desenvolvimento possa criar a sua personalidade? Pois então, o tradicionalismo é que atrasa e cria o "combate" entre o discente e o docente ao passo que o mais racional e inteligente seria entender o jovem enquanto jovem e respeitá-lo para depois inserirmos as regras e, se preciso, o corretivo, mostrando sempre as causas das suas ações. A partir daí estaremos "formando" o cidadão que irá dar rumo ao país e as sociedades em desenvolvimento, do contrário, a sociedade que será formada para as gerações futuras, continuarão cometendo os mesmos erros que nós por não terem a oportunidade de se expressar e criar. 
Foi-se o tempo em que estudar era repetir o que o professor nos falava e escrevia no quadro, as gerações atuais possuem informações rápidas e mais elucidativas por estarmos na era da informatização, o que nos poupa uma série de caminhos mais demorados como em minha época. Me recordo quando um aluno me perguntou se eu não daria a matéria da prova referindo-se as regras e tamanhos das quadras de jogo, foi o que eu queria para levantar uma discussão sobre a falta de atualização por parte da educação física escolar que vive querendo perder tempo em passar todas essas coisas, ora, isso ao que ele se referiu nós podemos, em meia hora, imprimir e ler pela internet, a proposta mais moderna seria uma interação com as questões práticas quanto a participação em atividades em grupo, conscientizar os jovem que ele precisa se mexer, entender como ele é por dentro e por fora, quais as suas possibilidades e limitações diante da sociedade e da família, bem como prepará-lo para o mercado de trabalho. Vou mais além: Questões que são "tabu" até hoje (religião, demônios, capitalismo, política...) deveriam ser mais enfatizadas. Seguindo: Porque não levarmos os alunos a conhecerem a câmara dos vereadores do seu município e discutir com eles como funciona, quais os seu direitos enquanto cidadãos, porque o seu município não investe em esporte publico, ensiná-los a calcular o quantitativo de pessoas por metro quadrado (densidade demográfica) para eles entenderem o quanto a população está crescendo e o que fazer para erradicarmos a fome e darmos mais educação ao povo, como elaborar um projeto que faça o governo gastar menos com problemas de saúde através dos investimentos em esporte e lazer... É, isso da trabalho e o salário do professor não possibilitaria a ele disponibilizar tempo para tal.
É pensar, como os grandes pensadores que colocavam em ação as suas ideologias, e "partir pra cima" dos retrógrados que transformam a educação em nosso país em uma verdadeira limitação do pensar para que continuemos anestesiados. Tocar o hino, firme, cobrir, entrar em forma, fora de sala, uniforme de terceira idade para adolescentes... Não resolverá em nada e muito menos colocaremos esses seres tão alegres "na linha", como diziam os mais velhos. Já dizia minha falecida avó, que não possuía nem o antigo primário: "Respeito não se cobra se não vier através do exemplo de quem educa". Parecia té que ela lia Kardec.

Abraço aos idealizadores!


Iran Damasceno.


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