Querido leitor:
Voltamos a "estaca zero". Terminologia antiga, não? Assim falavam os mais velhos para designar intenção ou opinião a algo que não deu certo ou está incorreto, ainda em processo. No momento, as ONGs!
Diante dos absurdos que vem acontecendo no governo da presidente Dilma, em relação a liberação de verbas destinadas às ONGs, (prática essa que vem de longa data) podemos arriscar dizer que talvez essa metodologia está ultrapassada? Será que não seria interessante repensarmos o papel dessas instituições que estão em pleno vigor, como sempre estiveram na era moderna, para ver se não se trata de mais uma possibilidade de corrupção? Vale a pena pensar. Mas o que significa uma ONG?
As Organizações não governamentais (ONGs) atualmente significam um grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, caracterizado por ações de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações excluídas das condições da cidadania.
Será que estamos no caminho certo ao aceitarmos tais engendramentos utilizando como "desculpa" se tratar de uma instituição sem fins lucrativos? Não estamos tornando mais um segmento da sociedade em possibilidades de desvios de grana e enriquecimento ilícito, a pessoas desonestas? Vejamos o que o saudoso Betinho dizia em relação as ONGs:
Uma ONG define-se por sua vocação política, por sua positividade política: uma entidade sem fins de lucro cujo objetivo fundamental é desenvolver uma sociedade democrática, isto é, uma sociedade fundada nos valores da democracia – liberdade, igualdade, diversidade, participação e solidariedade. (...) As ONGs são comitês da cidadania e surgiram para ajudar a construir a sociedade democrática com que todos sonham".
Vocação política: Quem hoje em dia pode ser chamado de uma pessoa com vocação política, em sua real concepção? O Lindberg (atual Senador da república pelo Rio) começou assim, passou a líder estudantil, enveredou-se pelo caminho da política e, ao chegar à Nova Iguaçu como prefeito, cheio de promessas de revolucionar o município, abandonou a prefeitura no meio do seu segundo mandato porque queria ser Senador e, lembremo-nos que, antes disso, queria se candidatar a governador do Rio, o que não foi aceito pelo partido e colaboradores devido a sua pífia passagem por lá. Moral da história: Mais um engodo político de pessoas que iniciam suas trajetórias políticas através desse "trampolim" de tantas possibilidades que são as ONGs.
Na sua criação e concepção ela era pra ser um agente poderosíssimo quanto aos intentos e realizações, porém se transformou em mais um poder paralelo da corrupção, todo mundo hoje em dia quer ter ou fazer parte de uma devido às facilidades políticas e financeiras, como quase tudo que vem para beneficiar o crescimento do tão combalido Brasil. Mas tem jeito, só não sei ainda como isso irá se dar. Fiscalização seria a solução? Não sabemos, ao colocarmos o fiscal, se o mesmo se corrompe e colocamos o fiscal do fiscal que, diante das facilidades e da moral que está em falta, será corrompido e corruptível.
Entendo que o assunto está nos levando a outro paradigma: A resistência do povo em relação as ações da classe política e a cobrança de uma legislação mais rígida, MEXER SIM na constituição, reforma política, reforma no judiciário e no legislativo, rever os conceitos em relação a instituição carcerária... Essa, por sua vez, tem contribuído bastante para que logo não possamos mais sair às ruas devido ao crime se organizar de tal forma que os bandidos tomarão as ruas e nós seremos "presidiários" em nossas residências.
Voltando a ONG, espero que seja revisto essa tão aterradora liberação de verbas públicas para esses descalabros que são as ONGs e, de uma forma ou de outra, nem sabemos quem está por trás das ações assim como não sabemos quem está por trás do deputado federal Tiririca, aquele que o povo de São Paulo elegeu para montar um "circo" em Brasília, aliás, outra questão que deve ser modificada, ainda que tenhamos que modificar a constituição, é essa enfadonha condição de podermos nos candidatar a um cargo tão importante sem se quer termos nível superior. Já sei que muitos irão criticar a ideia pelo fato de sabermos que os maiores corruptos políticos tem nível escolar elevado, entretanto, vale quanto pesa, se as leis forem cumpridas certamente daremos um freio nessas ações tão nefastas e colocaremos, pelo menos, pessoas preparadas intelectualmente falando para darem rumos aos nossos passos em busca de um país VERDADEIRAMENTE globalizado, o que para mim está longe de acontecer, só estamos "antenados" com o mundo "superior" (entendamos Europa e EUA) através do que é inevitável: Informatização e uma certa tecnologia porque, os aspectos mais relevantes para que possamos crescer ainda estão em projetos, que são a educação e a melhora na distribuição de renda.
Acho engraçadíssimo quando nos vemos globalizados, se ainda nem conseguimos organizar um exame público nacional como o ENEM e o povo é educado a gastar seus rendimentos com Carnaval, futebol e viagens desnecessárias...
O Brasil é o país da contradição, mas não nos preocupemos porque as ONGs darão um jeito nisso, é só os governos liberarem grana que tudo estará resolvido. Que venham mais "projetos" segundo tempo e SUDERJ em forma em 2012 esqueceram que é ano de eleição?
Iran Damasceno.
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